Histórias da Rainha com alguns famosos que você já shippou e outros que só vieram a minha cabeça.
¹ Se não gosta de alguém, não leia o capítulo.
² As histórias podem se passar em universos alternativos.
³ No título sempre será avisado quem será o ou...
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Marília Mendonça,Point Of View
31 de Dezembro de 2021 Terra Prometida, Porto Nacional, TO
Já percebeu que quando você quer evitar uma pessoa mais ela aparece na sua frente? Que quanto mais você tenta esquecer mais a pessoa entra na sua mente? Não era pra você lembrar isso, mas até o cheiro dela você já tinha gravado? Que só de pensar nos olhos dela você já viajava e quando via eles pessoalmente, meu Deus, viajar era pouco, eu ficava completamente hipnotizada!
Esse ano uma coisa rara estava acontecendo na WorkShow. Boa parte dos cantores teriam o Natal ou o Ano Novo de férias.
Era Ano Novo e o Henrique e o Juliano haviam convidado algumas pessoas para ficarem na fazenda e claro que eu estava inclusa nisso. E na real, não tinha nenhum problema nisso, além de eu estar evitando a mais de um mês o Henrique.
Eu percebi que todo aquele ciúme que sentia dele, que os choques e arrepios que eu sentia quando ele me tocava, que a repentina aceleração do meu coração quando eu via ele eram um sentimento muito conhecido e negado por mim, paixão. Eu estava apaixonada por ele, mas eu não poderia falar isso, porque eu sabia que ele não sentia o mesmo.
Eu estava desde ontem aqui, foram poucas palavras que nós trocamos e chegou um momento que ele desistiu de falar comigo. Agora tudo o que eu recebo dele são olhares distantes e alguns são tão profundo que ele parece ver a minha alma e ler alguns sórdidos pensamentos que acabavam passando pela minha mente.
Se eu pudesse eu evitaria ele para sempre, ou pelo menos até esse sentimento ir embora. Mas cada vez mais que eu tentava evita-lo, mais ele parecia entrar na minha mente de uma forma louca e não parecia sair.
Já eram 21:30 da noite e eu estava terminando de me arrumar pra passar o Ano Novo. Até dar a tão esperada 00:00, nós iríamos fazer o que mais amamos beber, conversar e cantar, já que algum maluco inventou a desnecessário tradição de esperar até o outro dia para comer, quer dizer, isso é no Natal, mas nós faríamos as coisas um pouco... misturadas.
Desço as escadas do segundo andar e chego a sala. Olho pro homem maravilhosamente lindo sentado no sofá e acabo sorrindo. Eu fico deslumbrada com ele, e nem precisa de muito pra isso acontecer. Fiquei em dúvida se falava com ele ou não, até porque ele também parecia estar me evitando.
-Você tá... linda. - ele diz e levanta ficando na minha frente.
-Hum, obrigada. Você também está muito bonito. - eu queria falar muito mais, mas o medo de deixar meus sentimentos transparecerem falou mais alto me impedindo.
-Tô mesmo? - balanço a cabeça afirmando e vou até ele.
-Só uma coisinha. - arrumo a gola de sua blusa social branca e abro o primeiro botão da mesma. - Agora sim. - repouso as mãos em seu peito.
-Obrigado. - ele me olha e sorri.
-Só tem você aqui? - pergunto quando olho a sala e a mesma estava vazia.
