31_ Até amanhã, Jennie.

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O resto daquele dia maravilhoso se resumiu em nos três assistindo filme no cinema enquanto comíamos várias besteiras. Depois que o filme acabou, passeamos um pouco mais pelo shopping antes de percebemos que estava tarde demais e precisávamos voltar para casa que amanhã teríamos mais um longo dia de gravações.

Agora estávamos na frente do hotel Four Seasons, onde a Seo-yun morava, esperando que ela saísse do carro para entrar naquele grande hotel maravilhoso e que custava o meu rim.

ㅡ Ai, gente, eu adorei o nosso dia. ㅡ Seo-yun. ㅡ Pena que acabou, e amanhã teremos mais um dia de gravação.

ㅡ Ihh, sem cara amarrada. ㅡ Sorri para eles. ㅡ Estou ansiosa para as gravações de amanhã. Vocês sabem o cronograma?

ㅡ Arg... ㅡ Andrew revirou os olhos. ㅡ Você é tão concentrada e organizada. Organiza também o tempo que respira?

ㅡ Não viaja, Andrew. ㅡ Dei um leve tapa em seu braço fazendo o mesmo ri. ㅡ Boa noite, Seo-yun. Até amanhã.

ㅡ Até amanhã. ㅡ Ela sorriu pegando a sua bolsa e abrindo a porta do carro. ㅡ Juízo vocês dois, em. ㅡ Seo-yun piscou o olho antes de sair do carro me fazendo ficar confusa.

ㅡ O que ela quis dizer com isso? ㅡ Perguntei voltando a posição normal.

ㅡ Ela quis dizer aquela famosa frase; " Não façam nada que eu não faria. " ㅡ Andrew riu começando a dirigir para começarmos a sair daquele hotel irmos em direção ao meu. ㅡ Você se acostuma.

ㅡ Hm... ㅡ Murmurei juntando as minhas mãos na frente do meu corpo olhando para a janela evitando ao máximo olhar para o Andrew depois que eu lembrei do que a Seo-yun falou mais cedo. Eu ainda me recusava a acreditar que eu poderia está me apaixonando pelo Andrew.

Em questão de segundos, o toque do meu celular soou alto demais me fazendo tomar um pequeno susto.

ㅡ Você está bem? ㅡ Andrew perguntou me olhando.

ㅡ Estou... estou sim. ㅡ Assenti abrindo a minha bolsa e pegando meu celular, vendo que quem me ligava era a minha querida mamãezinha.

Jennie- Mãe?

Mãe- Oi Jennie. Está voltando para casa?

Jennie- Sim, mãe. Estou no carro com o Andrew.

Mãe- Ai que bom! Preciso te contar como foi as coisas com o Doug.

Jennie- Você não fugiu dessa vez, né?

Mãe- Não, querida. Eu não fugi.

Jennie- Acho bom. Beijo, mãe!

Mãe- Beijo!

Desliguei a ligação e coloquei o meu celular de volta na bolsa, em seguida percebi que o Andrew me olhava.

ㅡ O que foi?

ㅡ Nada. ㅡ Ele negou. ㅡ Posso saber um pouco da sua vida misteriosa, Jennie?

ㅡ O que você quer saber, Andrew?

ㅡ Você veio para Los Angeles com a sua família? Irmãos? Primos?

ㅡ A minha família se resume em apenas a mulher maravilhosa que é a minha querida mãe. ㅡ Respondi. ㅡ Bom, eu sou filha única, então você tem a noção do quanto a minha mãe resumiu o tempo dela em mim. E o meu pai... ㅡ Abaixei um pouco meu olhar. ㅡ Foi morar na Inglaterra.

ㅡ No Reino Unido? E por que? É um pouco longe. ㅡ Andrew resmungou.

ㅡ A minha mãe e ele se separaram, e não foi uma das melhores coisas que aconteceu na vida deles dois. ㅡ Respondi mechendo em meus dedos me lembrando do quanto foi doloroso ver os dois se separarem daquela forma. ㅡ Ai então o meu pai decidiu morar na Inglaterra.

ㅡ E como você se sentiu?

ㅡ Ah... ㅡ Dei de ombros. ㅡ No começo foi meio estranho estar na minha casa sem o meu pai, mas com o tempo eu passei a me acostumar com a ideia de ter ele longe. Nos feriados, nos meus aniversários ele sempre dava um jeito de ir. Ele foi um pai presente mesmo estando a 7.788 km de mim.

ㅡ Pelo menos o seu foi. ㅡ Ele resmungou. ㅡ E agora?

ㅡ A gente continua o mesmo, ue. Temos uma relação ótima mesmo estando a mais quilômetros do que o normal. ㅡ Dei de ombros novamente. ㅡ Só que é meio estranho ainda.

ㅡ E a sua mãe?

ㅡ Minha mãe? Aquela mulher é o exemplo de que não tem idade para aproveitar a vida! ㅡ Ri. ㅡ No primeiro dia em Los Angeles ela já arrumou um contatinho.

ㅡ Ela precisa da algumas dicas para a minha mãe. ㅡ Andrew riu olhando pela janela parecendo está olhando em volta, em seguida estacionou o carro. ㅡ Chegamos ao seu destino.

ㅡ Ah, finalmente, estou morta! ㅡ Resmunguei colocando a bolsa sobre meu ombro, em seguida voltei a olhar para o Andrew. Que naquele momento estava um pouco perto demais. ㅡ Obrigada, Andrew. O dia foi maravilhoso! Eu nunca me diverti tanto quanto hoje. A minha... a minha vida sempre foi tão regrada, mas hoje eu esqueci completamente dela e só aproveitei o momento. ㅡ Levei a minha mão até a dele e o olhei com um sorriso. ㅡ Obrigada mesmo.

ㅡ Eu que lhe agradeço. ㅡ Andrew sorriu levando a sua outra mão para o meu rosto, e acariciando aquele lugar. ㅡ O seu sorriso fez com que o meu dia melhorasse. ㅡ Ele falou antes de começar a aproximar seu rosto do meu lentamente.

Em outras circunstâncias, eu até pensaria que eu poderia simplesmente gritar dizendo que não e sairia do carro correndo antes que ele tentasse explicar. Porém, naquela hora a única coisa que eu fiz foi ficar parada no mesmo lugar me perguntando se eu queria aquilo.

Tipo, em anos a minha vida só foi estudar mais sobre a atuação e conseguir pelo menos um teste de filmes internacionais que eu pouco me importei com essa coisa de namoros adolescente. E desde então eu me fechei a isso e só foquei no meu sonho, nada além dele. Para mim não fazia sentindo nenhum me relacionar com alguém naquela época, e agora... eu me peguei em uma situação completamente diferente.

Naquele momento, sem pensar em nada, eu simplesmente deixei que aquele momento continuasse normalmente sem atrapalhar. Porém, para a minha surpresa, o Andrew se aproximou do meu rosto e antes que os nossos lábios se tocassem ele ergueu o rosto e beijou a minha testa. Sim, a minha testa.

Antes que eu emitisse uma reação, ele voltou a sentar normalmente no banco do carro e me olhou com um sorriso.

ㅡ Até amanhã, Jennie? ㅡ A sua voz soou me fazendo sair do transe e olha-lo ainda surpresa.

ㅡ Até... até amanhã. ㅡ Sorri para o mesmo abrindo a porta do carro e fechando a mesma em seguida depois que eu saí. Suspirei andando rapidamente até o hotel antes que eu tivesse um mini surto depois do que rolou.

O que foi aquilo???? Eu, simplesmente, esqueci da minha regra e deixei que o Andrew se aproximasse de mim para me beijar??? E, pior, ele não me beijou. Ele me deu um beijo na testa! NA TESTA!

ㅡ Arg... ㅡ Bati na parede após começar subir a escada, que não era muito grande. Após chegar no meu andar peguei a chave, abri a porta, e entrei em casa num ato rápido. Fechei a porta atrás de mim e me encostei na mesma. ㅡ Mãe? ㅡ Chamei-a me desencostando da porta e joguei a minha bolsa no sofá.

ㅡ Oi Jennie! ㅡ Minha mãe saiu da cozinha com um pijama extremamente grande e com uma vasilha cheia de Whoopie pies. ㅡ Finalmente chegou, né. Onde estava?

Eu não respondi. Sem dizer nada fui até a mesma e puxei ela para o sofá, em seguida coloquei a minha cabeça em seu ombro.

ㅡ Mãe... ㅡ Peguei em sua mão. ㅡ Tem 98% de chances da sua filha ter quebrado a regra mais importante.

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Regra Número Um | Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora