*Maria Júlia*
incapaz, vulnerável e inútil.
Era assim que eu me sentia e era exatamente o que o homem à minha frente queria que eu sentisse.
- Vai embora daqui, Henrique - digo tentando ser o mais firme que consigo no momento - Como você me achou e como entrou aqui? - perguntei.
- Todo mundo é capaz de fazer qualquer coisa por dinheiro e também não foi preciso de muito depois daquela sua cena ridícula com o ceo rodar em toda a Nova York - aproximou-se de mim e empurrou meu corpo contra a parede me enforcando.
- Me solta, por favor - eu tremia, tremia de medo, de dor, as lembranças do passado estavam vindo a todo vapor e eu me sentia uma fracassada, fracassada porque treinei muito para saber me defender, mas no fim, eu sempre abaixava a cabeça.
Lágrimas rolavam por todo meu rosto e eu me sentia uma completa zero à esquerda, Henrique é o meu ex-namorado que fez todo esse estrago emocional em mim e, como podem ver, isso ainda me afeta muito. Sempre que eu estava bem ele me procurava e me deixava no fundo do poço, mas fazia anos que ele não aparecia e eu realmente achei que estivesse livre das suas garras dessa vez.
Ele aproximou seu rosto ao meu quase me beijando e começou a rir.
- Você é patética se acha que esse cara não vai te trocar pelo primeiro par de olhos azuis que ele encontrar - aproximou sua boca ao meu ouvido - assim como eu fiz.
fechei meus olhos afim de querer tentar sumir dali, ao menos por um momento..
- Quando você vai entender que mulheres como você não nasceram para serem amadas? até quando vai se permitir se iludir com uma vida que você nunca terá? garota estúpida - tirou sua mão do meu pescoço e meu corpo tombou para frente um pouco mas ele me pressionou contra a parede novamente.
Eu chorava feito uma criança, eu queria fugir, eu queria conseguir ir para longe daqui e ir para o colo da minha mãe, mas como? se ela já não está mais comigo, eu não tenho ninguém.
- Ele nunca vai amar você, ele pode curtir com você, mas amar você, pensar em construir uma família e ter uma vida ao seu lado, ele não vai querer isso, não se ele quiser ter a família perfeita.
- CALA A BOCA CALA A BOCA!! - Gritei em meio aos soluços tampando meus ouvidos.
- A verdade dói, Júlia. Entenda isso de uma vez por todas, você ainda pode ser minha amante se quiser, você não é isso tudo mas é o melhor que pode ter - por impulso empurrei seu corpo para longe de mim.
- Você nunca mais vai me ter, você me dá nojo - gargalhou como se tivesse ouvido a piada do século.
- A única pessoa que enoja os outros é você, patética, até mais, Júlia. Espero não ter que voltar para lhe lembrar do seu lugar e do que você merece.
Ele saiu porta a fora e corri a trancando e me encostei nela deslizando meu corpo e caindo no chão deixando as lágrimas tomarem conta de mim.
porque as pessoas são tão cruéis?
Meu corpo, coração e alma doíam, eu sentia como se meus pulmões estivessem parando de trabalhar, as mãos trêmulas e o corpo quente, era como se alguém tivesse me abrindo ao meio e arrancando meu coração para fora do corpo.
Abaixei a cabeça apoiando nos meus joelhos e me permiti chorar, por para fora toda a dor que eu havia segurado e prendido à anos e flashbacks surgiam na minha mente a todo vapor.
flashback on
- o que você estava fazendo com aquela mulher? - perguntei a Henrique - eu não gosto dela, já avisei isso à você
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Meu verdadeiro amor - Livro 1 da saga: Os cavalheiros
RomansaTodo mundo merece a chance de viver um amor clichê como nos livros, todos merecem uma nova chance de ser feliz novamente. Mas será que Maria Júlia Romano conseguirá se entregar ao amor depois de tantos traumas? ela será capaz de deixar o passado de...