Capítulo 32
Suspiro, observando as animadas e iluminadas ruas de São Francisco. Eu não poderia descrever uma cidade com um clima tão bom quanto esse. As decorações da cidade, as pessoas com aparência de ânimos e uma cultura extraordinária. Ainda me faz sentir falta do Brasil em alguns aspectos, mas... eu poderia morar facilmente aqui.
— Eu não quero aquele homem perto de você. — Murmura Pedro como se não fosse nada, me fazendo virar a cabeça em sua direção apenas para vê-lo concentrado no volante, dirigindo ao meu lado rumo a tal surpresa que ele estava preparando.
— Do que você está falando? — Questiono completamente confusa, já que não lembro de ter visto o meu chefe quando estávamos jantando no restaurante do hotel.
— Do gerente. Quando ele foi lhe cumprimentar... ele pensa que eu não vi a maldade no olhar dele quando você estava passando pela recepção?
Dou risada, sem conseguir acreditar que ele esteja falando sério, porque se for... sinceramente é demais para mim.
— Ele só veio me cumprimentar porque eu estava passando. Larga de ser louco!
Pedro não parece se importar com as minhas palavras, pois continua;
— Será que vou ter que dizer para ele que você é a minha mulher? — Questiona para si mesmo, como se estivesse considerando fazer isso.
— Olha, eu estou contente, será que você pode por favor não estragar a minha animação? E só para deixar claro... eu não sou sua.
— De quem mais seria se não fosse minha? — Questiona ele com um sorrisinho de canto, me olhando rapidamente como se estivesse me provocando, e isso me faz suspirar, virando a cara emburrada. — Ah, eu estou brincando, minha gatinha! Não precisa ficar irritada.
Ouço ele rir, segurando a minha mão em cima da coxa logo em seguida, como se para me acalmar. E sinceramente... não acho que ele estava brincando!
— Agora me diz... — Começa ele, levando o dorso da minha mão até os seus lábios para beijá-la, mantendo a atenção no trânsito. — ...o que achou do jantar?
Sinto um arrepio percorrer a minha espinha ao lembrar de suas carícias na minha coxa... Ele queria me provocar, ver como eu controlava minhas reações caso estivéssemos em público, porém ele já deveria saber... mesmo que eu morra de vergonha depois, não consigo consigo controlar meus gemidos e arfadas.
Desvio o meu olhar, não querendo que ele veja minhas bochechas vermelhas.
— O jantar estava ótimo. Apreciei bastante a comida, principalmente o toque culinário.
Ouço ele dar uma risadinha, apertando a minha coxa enquanto nos aproximamos de um condomínio de luxo.
— Sua safadinha...
— Por que estamos aqui? — Questiono quando começamos a passar por todas aquelas enormes e luxuosas casas, dignas de celebridades, como se não fosse nada.
Quer dizer, mesmo sabendo que ele é entupido de dinheiro... isso aqui não é demais?
Pedro me olha rapidamente, me lançando um sorriso como se me dissesse "você vai ver", e isso me deixa ainda mais ansiosa pois não consigo entender para quê tanto mistério quando odeio surpresas.
Pedro estaciona o carro em frente a uma casa que definitivamente se sobressai sobre as outras. Não sei dizer se pelo tamanho ou pela quantidade de iluminação, mas... eu até poderia pensar ser a casa de um deus.
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RENDIDA - PARTE 2 - CRIMINOSOS EM SÉRIE (Concluída)
Romance"Eu acho que vou sentir sua falta para sempre, como as estrelas sentem a falta do sol nos céus da manhã." Sem rumo e destruída; foi assim que me vi após fugir do único homem que fazia o meu coração palpitar, pois além disso, ele também era o motivo...