Capítulo 3

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— “TENTA LUTAR PELO QUE VOCÊ AMA, TENTE ATÉ PERDER AS SUAS FORÇAS, E MESMO QUANDO FICAR SEM FORÇAS, TENTE NOVAMENTE!” – SR. BEBECA
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— Como assim? O que ele fez Ju?! — Perguntou Marília e a Justina começou a contá-las.
...
— Wey Silvio! — Disse Adão, seu colega e amigo. Ele tinha acabado de chegar na escola, estava prendendo a sua bicicleta numa árvore quando Adão o chamou.
— É como Numa, estás fixe né? — Disse Sílvio e de seguida se cumprimentaram e começaram a andar em direção a sala de aula.
— Ya wey, chegaste atrasado porque?
— Foi numa banda... já entrou professor na sala?
— Ainda... foste aonde?
— Na cidade!
— Humm, foste lá fazer o que?
— Foi dar uma volta na escola do Almiro.
— E te deixaram mesmo entrar?
— Ya!
— E assim fizeste lá o que?
— Fiz o que qualquer bom aluno faria... estar na sala e participar na aula. — Ele respondeu com um sorriso no rosto
— Humm você mais!
— Eu mesmo! — Disse Sílvio e eles entram na sala.
...
—... ele estava me desafiando na aula de matemática! — Disse Justina ainda contando para as amigas
— Ele o que? — Indagou Marlene
— Isso mesmo amiga ele me irritou de uma maneira que eu quase não me controlava.
— Éh amiga, você deixou que um cara daquele tipo te fizesse isso? — Disse Marília
— Eu fiquei assustada amiga, mas coloquei ele no seu lugar, para aprender que rico é rico e pobre é pobre e cada um para o seu canto.
— É isso aí amiga, não podemos se misturar com pessoas assim, ainda mais infantis. — Comentou Marília
ALGUMAS HORAS DEPOIS:
— Boa noite mãe! — Disse Sílvio saudando a sua mãe. Ele tinha acabado de chegar em casa quando encontrou a sua mãe a varrer no quintal e a saudou.
— Boa noite filho! — Respondeu Albertina, sua mãe.
— Boa noite mano! — Disse Silvio saudando o Almiro assim que ele entrou em casa e o encontrou sentado à mesa a estudar.
— Boa noite! — Respondeu Almiro e eles apertaram se as mãos
— Então, estás a estudar muito ahn! — Disse Sílvio
— Nada, nem por isso, até que já estou até mesmo a terminar.
— Vais fazer prova amanhã?
— Não, só na próxima semana.
— Está fixe, me encontra no quarto.
— Para que?
— Para a gente conversar!
— Ahn ok eu também preciso mesmo conversar com você.
— Tá fix — respondeu Silvio e foi ao quarto de seguida
— Ya wy qual é a ideia? — Disse Almiro ao Silvio, quando entrou no quarto e ambos se sentaram na cama
— O Adão pediu que para você ir na casa dele, tem novidades!
— Novidades!? — Exclamou Almiro se deitando na cama
– Ya parece que ele compôs uma música e gostaria de mostrar para você
— Ahn ok..., mas o que você queria conversar comigo?
— Era só isso!
— Só rsrs, me chamaste para conversar só mesmo para dizer isso?
— Ya!
— Rsrs, você é maluco ya... me fala ainda, foste na minha escola por que?
— Nada além da curiosidade de saber como é o ensino médio.
— Rsrs, você com essa tua curiosidade um dia vão te matar.
— Rsrs, nada disso mano, a curiosidade matou o gato, não a mim!
— Depois desafiaste mais a Justina, eh... o quê que você tem na cabeça hein?
— Miolos mano, miolos... A Justina, apenas lhe tratei como ela me tratou e nada mais que isso.
— Você quase foi expulso da escola, já imaginou se ela te queixasse?
— Não e também não quero imaginar, porque isso não aconteceu e de certeza não vai acontecer, pois eu já não vou precisar ir a sua escola novamente.
— Humm, como assim já não vais precisar?
— Eu sou o Vírus mano, não tem como deixar de ser aquilo que eu sou.
— Esclareça Silvio!
—... é o seguinte, quando fui saudar a Justina logo depois de você me dizer quem era, eu já sabia que ela não aí correr bem, mas para ser sincero ela reagiu pior do que eu esperava... então, como ela me tratou mal quando fui lhe pedir desculpas eu decidi invadir a mente dela.
— Invadir a mente dela!?
— Ya, isso mesmo, eu sou um vírus, esqueceu?! E como um bom vírus, vou invadir o sistema cerebral dela e me instalar na sua memória, quando ela perceber ou notar por mim, já estarei dentro, bem na sua mente e como não há como reiniciar a mente humana ela não terá como se livrar de mim, felizmente!
— Ahn tá...rsrs! — Exclamou Almiro, sorrindo — E como você pretende fazer isso? — Perguntou Almiro
— Não só pretendo, como também já fiz! — Respondeu Sílvio
— Como assim já fizeste?
— Oh e você acha que aquilo tudo que eu fiz na tua sala foi à toa?! Nada mano, não fiz aquilo por acaso.
— Então me conta!
— Tá bom é o seguinte, como já te disse, o que eu pretendo é entrar na mente da Justina e pra isso criei uma série de situações que a farão lembre-se de mim de modo a impedir com que ela se esqueça de mim tão depressa... Amanhã as suas colegas vão comentar sobre mim, ela vai ouvir e vai lembrar de mim, na próxima aula de matemática que vocês tiverem a vossa professora vai perguntar por mim, por que depois forma como eu participei na aula dela, com certeza ela não se esquecerá de mim tão rápido e vai perguntar por mim e vocês obviamente não dizer que não vim, a Justina vai estar lá, vai ouvir e vai lembrar de mim... A vossa professora com certeza vai perguntar por mim várias vezes, o que facilitará a minha entrada na mente da Justina fazendo com que ela sempre se lembre de mim.
— E se ela decidir contar para a professora que você não é estudante daquela escola?
— Então que conte!
— Não acha que eu terei problemas caso a professora descubra que você é meu irmão?
— Tranquilo, ela não terá como provar isso
— Tem certeza?
— Claro, fica tranquilo...
— Eu estou tranquilo!
— OK, mas esse que te contei foi só o primeiro passo, espera até você ouvir o segundo.
—... Espera aí, segundo passo! Isso quer dizer que além de fazer com que ela se lembre de você, fizeste mais alguma coisa?
— Claro, eu não pude confiar no primeiro, então teve que implementar um outro passo dentro daquele que foi o primeiro.
—... O que você fez?
—... me esforcei o máximo para deixá-la ainda mais irritado comigo, de modo a fazer com que ela queira desabafar com alguém, para acalmar os nervos... E, logicamente é com as amigas que ela vai falar primeiro.
— Rsrs, você queria que ela ficasse tão irritada para depois desabafar, certo?
— Certo!
— E o que é que isso tem a ver com o segundo posso?
— Ela vai falar de mim!
— Ahn!
— Ah Almiro, ainda não entendeste?
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To be continued... (CONTINUA)

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