Todas as lágrimas que não chorei e todas as palavras que não falei

me ousei a ser quem sou

Fazendo de tudo para estar aqui.
Fazendo de tudo para continuar com meus imensos desejos e minhas extremas vontades de fazer tudo.

Eu tô fazendo de tudo para não abandonar nada disso.
Algumas coisas fogem do controle e eu não impeço.

Voltei á estaca zero.
É mais fácil não se conter e ser quem você realmente é.
Prático demais você ousar a se rebelar contra si mesma.

Nos olhares de outras pessoas eu estaria maluca, mas a pergunta é: quem não está?

O ciclo constante entre acordar, viver e voltar a dormir.
Mas quando eu tive coragem de ser quem eu sou, me impediram.

Olha só que ironia do destino, não ser uma, nem outra.
Tive audácia o bastante para causar uma rebelião dentro de mim.

Liguei todos os pontos que me faziam ferver, que me causavam dores de cabeça, todos os que me deixavam extremamente aflita e arrependida por não ter feito isso antes.

Organizei todos os pontinhos dentro de mim.
E assim o fiz. Eu fiz o que queria que eu não fizesse.

Eu me movi demais.
Ignorei tudo e todos.
Eu não ligava mais, não como antes.
Quebrei todos os móveis e pude enfim GRITAR.

Pude por para fora tudo o que me matava por dentro.
E depois eu escrevi inúmeras cartas, onde deixei todo o meu sentimento.

Ao meu redor todos sabiam disso e não se importavam.
Que mal eu tinha feito? Talvez o mal fosse eu.
Talvez fosse tudo o que eu escondia e me recusava a aceitar.

A poeta geralmente descreve o que sente em cada palavra, seja ela solta ou não.
Interprete da forma que quiser e de como isso servirá para você.

O que te causa tanta dor, que você quebraria os móveis e gritaria para colocar para fora esse sentimento?

A dor é sentida de várias formas.
Cada um sabe como sentir e como cuidar.

Alguns se vão.
Alguns decidem ficar.
Alguns decidem se esconder.

No fim do dia os que se vão deixaram algo para contar.
Os que decidem ficar vão ter algo para contar e os que decidem se esconder, acham que assim é melhor.