Capítulo Único

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O ômega chorou baixinho, sentindo seu coraçãozinho doer no peito. Ele olhou sentido para o alfa ao seu lado, que dormia de maneira pacifica. Com as mãozinhas tremulas, ele chacoalhou o ombro do alfa, na intenção de acordá-lo.

- Alfa. – Chamou baixinho, soluçando. – Alfa.

- Hm. – Resmungou o alfa, franzindo o cenho incomodado. Ele sentia a marca em seu pescoço ardendo o alertando que algo estava errado com seu ômega.

Por causa disso, o alfa abriu os olhos atordoado, sentindo mãozinhas pequenas em seus ombros. Ele se inclinou um pouco, ligando a luz do abajur podendo ver a face chorosa do seu ômega.

- Meu amor, o que aconteceu? – Perguntou o alfa preocupado, puxando seu companheiro para seus braços. – O que houve, neném?

- Eu não sei... eu não me sinto bem. – Respondeu o ômega choroso, segurando a blusa do alfa com força, sentindo seu estomago revirar. – Alfa, por favor...

- Calma, meu bem. Eu estou bem aqui. – Falou o alfa, acariciando a cintura do ômega com carinho liberando seu cheiro no quarto, sentindo o pequeno ficando mole em seus braços. – Conta para mim o que você está sentindo?

- Minha barriga dói, e eu quero vomitar... – Falou o ômega, afundando o rosto no peito do alfa, sentindo o cheiro forte que emanava do macho maior.

O ômega respirava fundo, tentando controlar a ânsia que o dominava. Ele agarrou com mais força a blusa do alfa, pedindo silenciosamente por ajuda.

- Vamos no banheiro primeiro. – Falou o alfa preocupado, pegando seu ômega nos braços, saindo da cama o levando para o banheiro com pressa.

O alfa ajudou o ômega, segurando em sua cintura enquanto o outro vomitava até o que não havia em seu estomago. O ômega sentiu a bile em sua boca, franzindo o cenho pelo gosto amargo que dominou sua boca.

Depois de vomitar, o ômega se apoiou no alfa, chorando baixinho. O alfa sentiu sua marca arder ainda mais, e ele abraçou o ômega com mais força se sentindo impotente.

O alfa o segurou com carinho, acariciando as costas do ômega de forma reconfortante não gostando de ouvir seu companheiro chorando daquela forma.

- Vai ficar tudo bem, amor. – Sussurrou o alfa, lambendo a glândula aromática do ômega querendo passar conforto para ele. – Vamos limpar a boquinha, ok?

- Uhum. – Resmungou o ômega, fungando baixinho. Ele afundou o rostinho no peito do alfa, o segurando para conseguir se manter de pé.

O alfa se levantou apoiando o ômega que sentia suas pernas moles e tremulas. O pequeno mal conseguia se manter em pé, por isso o alfa o pegou no colo estilo princesa indo até a pia.

Ele segurou o ômega enquanto esperava pacientemente que ele limpasse a boca.

- O que mais você está sentindo, meu amor? – Perguntou o alfa, colocando o ômega sentado na pia, segurando o rostinho pequeno com delicadeza.

- Frio. – Respondeu o ômega com a voz rouca, com corpo tremendo levemente.

O alfa removeu sua blusa, enquanto puxava seu companheiro para seu peito, passando seu calor corporal para ele. O ômega ronronou manhoso, sentindo a quentura do alfa, diferente de sua pele que estava fria.

O macho maior esfregou as costas do seu companheiro, enfiando as mãos por debaixo da blusa sentindo a pele gélida em sua palma, franzindo o cenho incomodado.

- Vamos voltar para o ninho. Eu preciso aquecer você, antes que você fique pior. – Falou o alfa carinhoso, beijando a bochecha gorducha do seu companheiro.

- Hm. – Resmungou o ômega, abraçando o pescoço do seu alfa ao ser pego no colo.

O cheiro do alfa estava por todo o quarto, fazendo o ômega se sentir um pouco melhor.

Ele foi carregado para o quarto, sendo colocado no ninho com cuidado. O alfa puxou as cobertas, enrolando seu companheiro o transformando em um bolinho de cobertas.

Ele queria ter a certeza que seu ômega estaria aquecido o suficiente, não gostando de sentir a pele fria. Enquanto o ômega se aquecia, o alfa voltou ao banheiro, pegando a caixinha de primeiro-socorros pegando o remédio do seu companheiro.

O alfa voltou para o quarto, pegando um pouco de água para seu companheiro e foi para perto do menor. Ele estendeu sua mão, mostrando o comprimido para seu companheiro que franziu o nariz, fazendo beicinho.

- Eu não quero, alfa. – Resmungou o ômega teimosamente, virando rostinho para o lado, se arrependendo quando sentiu uma pontada em sua cabeça.

- É para o seu bem, amor. Eu sei que você não gosta, mas é preciso, amor. – Falou o alfa de maneira persuasiva, sorrindo de maneira reconfortante para o ômega que o olhou com os olhinhos lagrimejantes.

- Alfa. – Balbuciou o ômega, tirando a mãozinha do casulo, pegando o comprimido. Ele fechou os olhinhos fortemente, jogando o comprimido na boca, pegando o copo com água que seu alfa o entregava.

Ele rapidamente engoliu o comprimido, mostrando a língua para seu alfa, mostrando que tomou o remédio mesmo a contragosto. O macho maior sorriu, pegando o copo vazio o colocando na cômoda antes de se aproximar de seu companheiro e puxá-lo para seu colo.

- Vai ficar tudo bem agora, meu amor. – Murmurou o alfa, beijando a testa do ômega que acenou com a cabeça.

O alfa o abraçava com carinho, dando beijinhos na testa do companheiro ocasionalmente, se sentindo feliz internamente quando sentiu a pele ficando aquecida.

Sentindo o cheiro do alfa pelo quarto, mais o abraço quentinho fez com que o ômega se sentisse relaxado o suficiente para ir fechando os olhinhos devagar, ronronando baixinho.

- Alfa. – Balbuciou o ômega, chamando a atenção do alfa para si, que estava perdido em pensamentos.

- Oi, bebê. – Respondeu o alfa carinhoso, olhando para seu companheiro com um sorriso pequeno. – Está se sentindo melhor?

- Uhum, graças a você. – Falou o ômega, afundando o rostinho no pescoço do alfa, perto de sua glândula aromática, ronronando dengoso. – Obrigado, alfa.

- Não precisa agradecer, meu bem. – Falou o alfa, beijando o pescoço branquinho, apertando seu companheiro nos braços. – O que importa é que você está bem agora.

- Hm. – Resmungou o ômega, fechando seus olhinhos.

O alfa manteve seu companheiro colado consigo até que o ômega dormiu. O alfa olhou para o rostinho pacifico do seu companheiro, respirando aliviado e o nó em seu coração se desfazendo lentamente.

Quando acordou e viu o rostinho choroso do seu companheiro, o alfa entrou em pânico internamente, mas por fora mostrou um rosto calmo apenas para não piorar a situação do seu companheiro.

Mas por sorte, estava tudo bem agora e o alfa podia respirar aliviado. Felizmente, tinha sido apenas um mal-estar passageiro. O macho maior olhou para seu companheiro com amor, beijando a testa desejando boa noite para seu companheiro antes de se deitar com seu pequeno em cima de si.

[...]

Desculpe pelos erros. :P 

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