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Heitor estava no parque atrás da rua de sua casa, levando seu cachorro para passear. Era o primeiro dia de primavera, os casais do namorado circulavam de mãos dadas, pais levavam seus filhos para passearem, e assim como ele, haviam que estavam lá com seus pets. O moreno até viu Nick e Charlie por lá, passeando com Nellie, ele acenou pra eles.
- Vem Wolfs, hora de ir embora.
Heitor se abaixa para fazer carinho nas orelhas de seu bebê, quando levanta o olhar, ver a visão mais linda e etérea do mundo. Mãe Hécate, aquele seria o Elísios ? Ou talvez o famoso céu cristão, porque aquela bela criatura certamente só poderia ser um anjo. A pessoa usava um belo vestido rosa, com estampas de morangos, na cintura e abaixo no peito, uma fita formando um laço. As mangas, a barra da saia e o decote tinham babados mas mesmas cores da peça, que ia até acima abaixo dos joelhos. A pessoa usava fones de ouvido, e se balançava num ritmo que só ela podia escutar, camadas de chiffon rosa girando em torno de suas pernas enquanto se movia, cabelos despenteados pelo vento. Deuses...que coisa mais linda, dava pra sentir as boas energias daquele ser dali onde estava. Era mais pura que as flores desabrochando, mais radiante do que o sol acima.
Heitor nunca parou pra pensar sobre amor a primera vista, nem sobre o amor no geral. Mas ele estava começando a considerar. Enquanto estava distraído olhando a beleza da pessoa bonita, o moreno afrouxou o aperto na guia de Wofs, que aproveita a oportunidade, e corre em disparada até a beldade de vestido bonito.
- WOLFS, VOLTA AQUI.
Era tarde demais, seu cachorro já havia derrubado o estranho no chão, que ria alegremente, ao ter seu rosto lambido.
- Ah, oi. E quem é você, coisa fofa?
O coração de Heitor se aqueceu, ao ver o ou a estranha, tratando bem seu cachorro, que havia acabado de lhe derrubar. O belo estranho fazia carinho no cão, que se derretia todo.
- Seu malcriado, quem vê pensa que eu não te dei educação. Mil perdões, eu não sei o que deu dele, ele não faz isso quando acaba fugindo.
Olhos verdes brilhantes se ergueram, e Fortescue podia jurar, que seu coração havia falhado uma batida.
- Tudo bem. - A voz do ser desconhecido era doce e melodiosa. - Eu adoro animais, mas meu avô é asmático, então não posso ter.
Heitor balançou a cabeça, ainda meio encantado com a imagem em sua frente. Um latido de Wolfs, o trás de volta a realidade, ele se enclina e estende a mão, para ajudar o desconhecido a se levantar. A pessoa de olhos verdes aceita, tinhas as mãos macias, dedos finos e delicados. Quase parecia, que as mãos de ambos foram feitas sobre medida, para encaixar uma na outra. O moreno puxou green eyes pra cima.
- Eu uh...sua vestido está bem ? - O estranho riu. - Não, não, não é isso...você, você está bem?
- Sim, eu estou bem, meu vestido também está. Agrademos a preocupação, uh...
