Todos os seres vivos nascem, crescem e morrem. Alguns mais rápido do que outros, mas não deixam de seguir essa sequência, mesmo que às vezes curta. Apesar de termos o mesmo desfecho, cada história deve ser respeitada por ser única e exclusiva. Mas cabe a cada um ditar quem se tornará para quem ama e como reagirá a este desafio chamado vida.
O amor é, de fato, um princípio fundamental para viver. É com ele e por ele que lutamos por quem somos e por quem amamos. É por causa dele que sobrevivemos.
Sem amor, não há vida e, infelizmente, o mundo tem se tornado raso de sua quantidade.
Existem vários tipos de amores em vários círculos sociais. Existe o amor que encontramos, ou devíamos encontrar, na família, outro entre amigos, outro em romances, outro em algo que admiramos e por aí vai. Ele é um sentimento e podemos sentí-lo por alguém, por algo, por um momento ou um lugar.
A vida é cheia de amores a serem descobertos, mas a questão é: como deveríamos agir ao sentí-lo e o que fazer quando ele acaba?
Quer dizer... o amor acaba ou apenas o que confundimos com ele?
- Eu queria saber quando é que você ia me contar isso. - Sophia falou claramente se segurando para não começar outra briga com Taehyung após ele contar sobre o plano com seu tio. - Fazia parte da sua estratégia eu simplesmente não estar ciente do que ambos iam aprontar? Sabe que isso é a coisa mais burra que poderia fazer, certo?
- Olha - Taehyung começou a falar reconhecendo os próprios vacilos. - Eu não sabia, Sophi, que as coisas iam mudar tanto em menos de vinte e quatro horas. - Ele também podia argumentar que desde o início demonstrou o seu descontentamento com a companhia da amiga nesse encontro, mas preferiu não colocar mais lenha na fogueira. Sophi suspirou ao seu lado.
- Às vezes você me preocupa bastante. - Falou enquanto olhava para a janela do carro. - Você claramente planejou algo de ruim para fazer hoje, mas mudou seu objetivo por minha causa. - Ela se voltou para Taehyung. - Você não deveria se lembrar de quem é só quando está com alguém, Tae. - As suas palavras o pegou em cheio e o mais velho teve que se esforçar para manter o pensamento na pista, já que agora ele vagava por toda a sua vida reconhecendo o porquê de não ter se tornado como seu pai... "Jeon Jungkook", ouviu sussurrar para si mesmo no fundo de sua mente.
- O que vai fazer com o seu tio agora que mudou seu plano? - Sophi perguntou gatilhando o amigo. Ele não fazia ideia e tinha certeza de que o tio surtaria ao ver o seu pai. Talvez para a sua dupla o plano ainda estava de pé.
- Eu não faço a mínima. - Falou jogando a cabeça no banco cansado com tanta preocupação.
Sophia passou a mão pelo cabelo cortado do amigo o analisando enquanto o mesmo dirigia. Um arrepio subiu pelo corpo de Tae no mesmo instante. As mãos de Sophi eram tão macias quanto as de sua mãe quando lhe fazia cafuné e, por um momento, ele lembrou há quanto tempo que não recebia um toque como aquele.
- Até que ficou bonito. - Sophi disse com um sorriso orgulhoso pelo seu primeiro corte de cabelo. Agora Taeyung estava com seus cabelos pretos cortados em uma versão de undercut bastante autêntica. Taehyung conferiu como estava no retrovisor. De certa forma, para ele, seu cabelo nunca tinha ficado tão bonito. Não somente pela estética, mas por carregar um significado e uma lembrança.
- Acho que nada fica realmente ruim em mim. - Brincou recebendo um tapinha no ombro.
Passaram alguns minutos e ambos permaneceram daquele jeito, em silêncio e olhando a estrada. Na mente de Taehyung passavam mil e uma preocupações, enquanto Sophi apenas tentava entender a complexa mente do amigo e em quantas furadas ele poderia se enfiar em tão pouco tempo sozinho.
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Blood Color | Kim Taehyung
FanficNem todo passado é tranquilo e fácil de superar, o de Kim Taehyung é um exemplo. Antes mesmo de ser apresentado ao amor, ele conheceu o ódio e isso desalinhou seus pensamentos construindo em suas lembranças ao invés de pessoas, demônios. No entanto...