A luz da lua cheia cintilava no céu negro carregado de estrelas...
Nós estávamos deitados em um campo gramado, debaixo de uma arvore ancestral com galhos e folhas extensos, ainda assim éramos banhados pelo luar envolvente.
A pele clara dela refletia o astro brilhante no céu, os cabelos castanhos jogados no chão, espalhados e misturados com o verde da natureza, seus olhos se fecharam, mostrando a tranquilidade que ela tinha de estar ao meu lado. Sem nem imaginar o que se passava na minha mente e no meu corpo.
Eu estava ali, olhando-a maravilhado, contendo todos os meus impulsos, meu desejo selvagem de atacá-la, controlando até mesmo meus olhos, quando se tornavam muito sedentos, eu os fechava e pensava em coisas aleatórias, ela realmente era inocente, não sabia o perigo que era estar ali comigo, principalmente em uma noite como essa, onde a lua torna tudo mais atraente. Meu amor queria correspondê-la, já que se sentia totalmente segura ao meu lado, mas a fera, estava totalmente pronta para atacá-la.
Vou parar de olhar...
Volto meus olhos para a lua, tentando me distrair, ela se movimenta, e recosta a cabeça sobre meu braço, traz todo o seu corpo para perto do meu, estou sentindo o calor que emana dele, todo o pouco controle que eu tinha está se perdendo, meu coração está acelerado, estou suando, mas não quero e não consigo afasta-la, meu corpo se move, me viro para ela, estamos de frente, ela está calmamente me olhando nos olhos, enquanto tudo dentro de mim está explodindo, ela parece serena e doce, por um instante aquela visão me acalma, mas isso se desfaz em milésimos de segundo, quando ela se aproxima e sela nossos lábios, enquanto afasta os lábios dos meus, eu ainda estou imóvel, me agarrando ao último fio de sanidade que me resta, mas nos olhos dela, já não havia mais só doçura, havia um consentimento aos meus impulsos, era como se com aquele beijo ela tivesse me dado permissão para avançar, eu podia toca-la, seu corpo grudado ao meu, era um convite, eu podia beija-la, ela sabia o que eu estava sentindo, e com aquele olhar ela me deu permissão para fazer.
Eu voltei a beija-la, mas desta vez não em um simples selar, intenso, logo estávamos ofegantes, a respiração dela era música, eu estava inebriado, o sangue fervendo, quando percebi já estava sobre o corpo dela, minhas mãos embaixo do vestido fino, meus dedos marcado sua pele macia, nossos corpos já estavam se movendo por conta própria, um ritmo intenso e sincronizado, eu já não conseguiria mais parar, mas eu precisava que ela falasse em voz alta, então ainda ofegante, meus lábios nos seus ouvidos eu pedi:
-Você tem certeza, devemos continuar?
- Sim.
Foi a resposta dela, sem nem pensar, as mãos dela que estavam por baixo da minha camiseta em seguida fizeram um movimento para retirá-la. A lua cheia iluminou nosso amor, e o intensificou, somos um do outro, totalmente.