;maldito simulado - akaren

.akaza

O garoto de madeixas loiras se surpreendeu ao ver a sua nota de química no portal de notas do colégio. Ele, o aluno exemplar, todas as notas perfeitas, todas exceto química. Kyoujurou rengoku, era um excelente aluno do ensino médio, sempre tirava notas incríveis… menos em química.
Era péssimo em química, não entendia nada que o professor explicava. Agora lá estava ele, dependendo de um pontinho da última prova que teria, o tão temido simulado. O rapaz estava definitivamente fudido, teria que gabaritar o simulado de química de um jeito ou de outro.
Estava na sala de informática do colégio conferindo as notas parciais que eram lançadas na plataforma digital que a escola usava para publicar notas, avisos, entre outros - facilitava muito a vida dos alunos, agenda digital era uma maravilha na terra -.

–Puta merda, eu tô fudido. Meu pai vai me matar e cuspir na minha cova se eu ficar de recuperação - reclamou baixinho para si mesmo, mas um estudante aí seu lado escutou os protestos do infame "aluno exemplar".

–Cara, cê' tá legal? - perguntou um rapaz de madeixas loiras e olhos coloridos. Era um estudante do segundo ano, não era um dos mais exemplares, ele é o tipo de aluno que faz visitas diárias na coordenação. Douma, o nome do rapaz, era um capetinha que só fazia merda, como agora, estava enchendo os computadores com vírus e porno de peitudas asiáticas.

Kyoujurou virou o rosto vendo a entidade o qual conhecia muito bem. Aquele rapaz loiro sempre fazia merda e geral tomava de tabela com as merda que fazia. Quando viu a silhueta daquele cujo nome não podia ser dito pois era amaldiçoado, - uma lenda na escola: se dizer o nome "douma" três vezes, você toma no cu porque vai tomar de tabela das merda que ele faz - sentiu que estava fudido.
Era hoje que ele chegaria em casa com o boletim manchado por causa de uma fodida nota de química e de brinde uma suspensão por causa do segundanista encapetado.

–Puta que pariu, agora fudeu de vez… - sussurrou para si mesmo. Suspirou profundamente e forçou ao máximo para sorrir sem parecer que estava nervoso – oh, Douma! Que surpresa desagr- BOA! - disse sorrindo e o jovem sorriu mais ainda.

–Está vendo as notas? - perguntou e Kyoujurou concordou – nossa cara, eu tô fudido. Certeza que vou pegar recuperação em história por causa do arrombado do Muzan, aquele professor fudido - fez uma careta ao lembrar do professor zumbie que mais parecia um defunto mal encarnado do Michael Jackson.

–Mas cê' tá ligado que ainda tem o simulado? Acho que se conseguir gabaritar cê passa - tentou dar esperanças para o louro, que estava mais fudido que si mesmo.

–Realmente, tenho que gabaritar essa merda. O diretor disse que se eu ficasse em recuperação em uma matéria, eu seria "convidado a me retirar" - sua expressão mudou para uma triste instantaneamente. A palavra "convidado a se retirar" era uma forma bonita e formal de dizer "você vai ser expulso, seu fudido". Definitivamente, Douma estava numa situação de merda.

Rengoku não era muito chegado a Douma, todas as vezes que estava próxima daquele cara de fudia pelas merda que aquele cuzão fazia pela escola. Entretanto, gostava daquele idiota e ficaria com a consciência pesada se não conseguisse ajudar o loiro capetinha, não iria deixar que ele fosse expulso até que jogasse um balde de violeta genciana em Kibutsuji.
Pensou várias e várias vezes até ter uma ideia brilhante.

–Michikatsu é da sua turma, né? Ele é muito bom em história, ele até deu algumas aulas para meu irmãozinho. Você pode tentar pedir ajuda a ele! - disse e o outro riu.

–Kyoujurou, eu joguei uma torta de maçã na cara dele na cantina semana passada e ontem desenhei um rolão na capa do caderno dele com caneta permanente. Ele deve me odiar, quando eu for expulso ele vai comemorar e vai fazer festa junto com os professores - lembrou-se das outras milhões de coisas que aprontou. Estudava com Michikatsu desde o quarto ano, dês então tem incomodado o pobre rapaz.