A coisa na Floresta
O verão chegou e com ele os desaparecimentos, duas garotas sumiram e os desaparecimentos abalaram a pequena cidade de Asotell.
Trabalhei no caso das desaparecidas e nada ligava uma a outra, aparências diferentes, estilos diferentes, idades, nada em comum, exceto que ambas sumiram na biblioteca de Asotell.
Estávamos sem pistas, ninguém havia visto as meninas saírem da biblioteca, era como se elas tivessem evaporadas no ar. Colhemos depoimentos e todos tinham um álibi, começamos a pensar na hipótese das meninas terem saído pelos fundos da biblioteca e algo ter acontecido a elas, mas, não tínhamos certeza.
Passado algumas semanas, outra garota havia desaparecido, começamos a investigar como crimes em série, de algum maníaco. Agora a vítima desaparecera num parque da cidade, a única pista que tínhamos era que ela havia sumido duas horas após ter chegado ao parque, novamente colhemos depoimentos e desta vez alguém a viu indo em direção a reserva florestal.
Criamos equipe de buscas, precisávamos dar respostas a comunidade de cidadãos furiosos, depois de muitas perguntas e sem respostas, pensei em deixar o caso por conta de toda a pressão.
As equipes de buscas dividiram-se para cobrirmos uma área maior, eu fui em direção ao lago, só conseguia pensar o quanto eu queria que a menina estivesse bem.
Depois de algumas horas percorrendo a margem do rio, achamos uma clareira próximo às margens, os meus companheiros não aguentaram ver o cenário, no meio da clareira havia uma pedra enorme que ficava de pé como um poste, era como se fosse uma espécie de altar, haviam correntes, alguns pedaços de madeira queimado, como uma fogueira do lado do altar, haviam também vísceras em decomposição, muito sangue já coagulado e o odor era insuportável.
O odor das vísceras em decomposição era tão forte, moscas voavam por toda parte. As larvas, as moscas, o odor era como se fosse um abatedouro abandonado.
A clareira ficava afastada da cidade então ninguém tinha ideia do que havia acontecido ali, toda a cena era como se fosse uma espécie de santuário, foi constatado que as vísceras eram humanas, talvez de algumas das meninas que haviam sumido.
Mas como as garotas que sumiram na biblioteca foram parar no meio da floresta? Ou melhor suas vísceras.
Reuni a equipe de investigadores para vermos como podíamos proceder, então decidimos não divulgar o achado na esperança de alguém aparecer no local, para limpar ou quem sabe fazer novamente o que tinha feito.
Meu parceiro e eu ficamos encarregados de vigiar o local durante a noite, estávamos apreensivos. A clareira era escura, somente quando a lua atingia o seu ápice era que a clareira ficava prateada com a luz do luar.
Ficamos a noite toda e ninguém apareceu.
No dia seguinte outra menina havia desaparecido, os pais disseram que ela havia saído para caminhar, mas não retornou, mesmo com a cidade em pavor as pessoas continuavam sendo imprudentes. Agora tínhamos quatro desaparecimentos e nenhum suspeito ou pista.
Já havia passado uma semana, eu não sabia o que fazer ou qual linha de investigação seguir.
Deitado sem conseguir dormir, decidi caminhar, era uma noite de luar e a rua estava calma e vazia.
Ninguém se atreveria a ficar passeando a noite devido aos acontecimentos.
Eu estava na rua 8 quando vi, dois carros pretos parados na porta da igreja de Asotell.
Decide investigar, os carros tinham placas de outros estados, era incomum a igreja está aberta até tão tarde da noite, principalmente depois de todos os acontecimentos
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A coisa na floresta
HorrorAlgumas coisas não tem explicação e outras você não acreditaria se eu contasse