The Boy And The Beast

III

• O que estão achando? :)

Castiel havia acabado de colocar Lúcifer para fora, e ainda fervia de raiva.

O moreno saiu de sua casa e depois da vila, pegou uma trilha que levava para entre algumas árvores. Ele caminhou pelo meio da floresta por alguns minutos, até finalmente chegar em uma enorme clareira, onde ele sempre ia para esquecer de todas as coisas que atormentavam ele. Castiel era o único com conhecimento daquele lugar, e ele ficara orgulhoso por descobrir sozinho. A clareira era linda, vários tipos de flores cobriam todo o espaço daquele lugar, fazendo Castiel ter de prestar atenção por onde andava, para não pisar em nenhuma flor. Em um canto, havia um pequeno espaço sem flores, somente a grama verdinha, onde ele gostava de se deitar para pensar, e até mesmo ler. Era um lugar calmo e aconchegante, os únicos sons que se podiam ouvir eram as folhas das árvores que balançavam com a leve brisa e o canto dos pássaros que viviam nas árvores ao redor da clareira. Era o lugar favorito de Castiel.

O moreno chegou no pequeno espaço de grama e se deitou, observando as nuvens. Agora, em um lugar calmo e tranquilo, ele poderia refletir direito sobre tudo o que acontecera. Lúcifer realmente o pedira em casamento? E tão descaradamente? Como Castiel poderia aguentar ele quando já estava o atormentado com coisas tão sérias como o casamento?

Lúcifer não fazia ideia de como um casamento deveria funcionar. Para ele, a pessoa que estiver do seu lado é só mais um mero objeto para se exibir, como ele faz com todas as suas mais grandes caças. Mas não é assim que Castiel pensa, não é assim que o moreno quer. Um companheiro, uma pessoa para confiar, para ter nos melhores e piores momentos, é isso que o moreno deseja. Ele quer amar e ser amado na mesma intensidade! Ele merece isso, com certeza ele merece!

Perdido em meio a todos esses pensamentos sobre como deveria ser o seu companheiro, nem percebeu quando acabou adormecendo.

Algumas horas depois, Castiel acordou assustado, percebendo que já era tarde, o céu já estava começando a ficar alaranjado, indicando o fim de tarde. O moreno se levantou da grama, passou a mão em sua roupa para tirar alguma sujeira e depois seguiu o caminho de volta para casa.

Castiel arregalou os olhos assustado quando Angel, a égua que havia saído com sua mãe à algumas horas, agora estava parada em frente a sua casa, um tanto agitada. Castiel correu até ela e fez um carinho em seu pescoço, fazendo ela se acalmar um pouco.

- Onde está a mamãe? – a égua fez sinal com a cabeça, apontando para a estrada de onde ela saiu mais cedo, Castiel entendeu na mesma hora. Ele foi até a casa, pegou seu sobretudo bege, colocou o mesmo com pressa. Saiu de casa, trancou a porta e correu para a égua, logo montando na mesma. – Vamos! Me leve até a mamãe!

...

Depois de algumas horas galopando, Castiel finalmente conseguiu avistar um grande portão à sua frente. Ele era enorme. A medida em que o moreno e a égua iam se aproximando do grande portão, Castiel pôde ver um jardim, e após ele, um enorme castelo. O moreno desceu da égua e puxou a mesma pela rédea, para passar pelos portões. Angel relinchou, querendo voltar, mas Castiel faz carinho nela, sussurrando palavras de incentivo, para que ela aguente mais um pouco. Os dois atravessaram o grande jardim, cheio de rosas, o que deixou Castiel encantado. Quando eles chegaram próximos aos degraus que levavam a porta de entrada do castelo, Castiel pediu a égua que esperasse por ele ali.

Quando Castiel chegou perto dos degraus, percebeu estar sem nada para se proteger, então olhou em roda e avistou um galho no chão, pegou o mesmo e o posicionou acima dos ombros. Ele subiu as escadas e nem sequer bateu na porta, pois se sua mãe estava ali, não queria perder tempo.

O moreno abriu e entrou, logo percebendo estar em um enorme saguão. Algumas velas davam pouca iluminação ao lugar. Castiel deu alguns passou para dentro, olhando em todas as direções e logo seus olhos se acostumaram com a escuridão. Ao longe, ele pode ouvir alguns sussurros, que aumentavam e diminuíam, quando enfim, ele ouviu uma voz dizer, em um tom alto e claro: