I - Déjà-vu

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  Era mais uma terça-feira comum na vida da jovem Marinette, ela estava sentada na frente de sua escrivaninha assistindo Crepúsculo enquanto tomava sorvete de morango. Ela tinha acabado de almoçar e gostava de assistir filmes clichês quando não tinha o que fazer, gostava ainda mais quando o tema tinha algo relacionado ao sobrenatural.

  Marinette tinha 21 anos e sonhava em ser designer de moda, havia se formado em uma faculdade de moda a pouco tempo e já estava ansiosa para começar a trabalhar em alguma empresa. Torcia para que fosse aceita na Bourgeois, empresa da grande estilista Audrey Bourgeois, mãe de Chloé, que era grande amiga da azulada.

  A loira sempre falava sobre a amiga para a mãe, tentando a convencer de contratar Marinette para a empresa. A mestiça era muito grata pela ajuda da amiga, sabia que sem esse esforço de Chloé seria bem mais difícil de seu currículo ser analisado pela empresa.

  Após seu sorvete acabar e o filme já ter passado da metade, Marinette checou o horário e foi se arrumar. Ela iria ao shopping com Chloé e Alya, e de tarde passaria no trabalho de seu namorado para buscá-lo.

  Marinette e Luka já estavam namorando desde o último ano do ensino médio da azulada, os dois tinham uma conexão incrível e várias coisas em comum. O rapaz trabalhava em uma mecânica de carros para juntar dinheiro enquanto não conseguia viver de sua música, o que era seu sonho. Luka sempre aparecia com uma música nova para mostrar para a namorada, que adorava ouvi-las e se sentir dentro delas.

  Com o tempo o guitarrista começou a ter mais clientes e ficava o dia todo na mecânica, o que fazia com que ele e Marinette passassem pouco tempo juntos. Por conta disso, quando podia, a azulada ia visitar o namorado no final de seu expediente e o deixava em casa. Mas às vezes parecia que eles nem tinham mais o que fazer juntos.

– Mãe! – a azulada chamou a mais velha quando foi até a sala, ela ainda morava com os pais. – Tô indo, devo voltar bem de noite.

– Ok querida, se cuida. – Sabine disse beijando a filha na bochecha.

  Marinette desceu as escadas e foi até a padaria onde seu pai estava.

– Tchau pai, até mais tarde.

– Tchau, juízo hein! – Tom disse e os dois riram.

  A azulada foi até seu carro e dirigiu até a casa de Alya enquanto ouvia sua playlist diária, chegou no primeiro destino e cumprimentou a amiga que já estava do lado de fora de casa.

– E aí, gata? – Alya disse ao entrar no carro.

– E aí? Pronta pra aguentar uma Chloé querendo comprar tudo o que vê? – Marinette falou dando partida no carro.

– Ela sempre faz isso, mas quem somos nós pra julgar? – as duas riram.

  Passaram o caminho conversando sobre assuntos cotidianos até chegarem ao shopping, estacionaram o carro e caminharam até a loja da Chanel, onde combinaram de se encontrar com Chloé.

– Finalmente vocês chegaram! – a loira reclamou ao ver as duas se aproximando. – Já tava achando que aquele carro velho da Marinette tinha quebrado de novo.

– Ei, o conserto do Luka fez um milagre no meu carrinho, e não fala dele assim. – a azulada respondeu fingindo estar magoada enquanto Alya riu.

– É melhor você trocar esse carro assim que você ganhar o primeiro salário na empresa da minha mãe.

– Espera, ela disse alguma coisa em relação a me contratar? – Marinette perguntou esperançosa.

– Não, ela não gosta de ler currículos. Mas pode ter certeza que ela vai te contratar, eu vou garantir isso. – Chloé respondeu.

blood and fangsOnde histórias criam vida. Descubra agora