Horas passam, e a noite chega novamente. Realmente é desesperador não ter notícias do mundo lá fora, e perguntas como: estão nos procurando? Vão nos tirar daqui? São feitas interiormente por causa um deles várias e várias vezes. Nas últimas horas a água tem abaixado, mas nada significativo.
Malcolm volta ter febre, e Sophi tosse muito, o ambiente úmido e frio piora os sintomas. A fome dói, a sede também. Com receio da água não ser boa o bastante pra consumo, apenas umedecem a boca.
Na maioria das vezes ficam deitados, as vezes sentam, em pé, jamais. A altura da caverna não permite. É com a fraqueza por não se alimentarem e forte.
As primeiras luzes do dia passam pelas frestas do teto da caverna. Amanhece o terceiro dia. Malcolm Já se acostumou com a dor latente em seu joelho inchado.
— Malcolm, hoje é segunda ou terça?
— Humn... Entramos aqui no sábado, então hoje é segunda.
Sophi está sentada abraçada com seus joelhos. Enquanto Malcolm olha a foto guardada em sua carteira.
— Sua mulher e sua filha?
Malcolm a olha.
— Sim.
— Posso ver?
O professor entrega a foto gasta do tempo pra Sophi.
— Essa é Alicia, tinha quatro anos, minha princesinha.
Ele sorri ao lembrar de sua pequena correndo pela casa.
— E esta, Amber.
Apenas alguns segundos em silêncio, enquanto Sophia olha para a foto.
— Alicia parece muito a mãe, mas tem os mesmos olhos que os seus, muito expressivos.
Sophi devolve a foto. Malcolm a dobra, sobre as mesmas marcas antigas, e a guarda novamente em sua carteira.
— Já pensou em fazer uma família? casamento, filhos.
Sophi joga algumas pedrinhas na água a sua frente, enquanto pensa na resposta.
— Sim, uma família bem grande.
Ela dá uma grande sorriso.
— Sério?
Malcolm a pergunta surpreso.
— Porque não seria? Bem, eu não penso em cerimônias de casamento, essas coisas tradicionais. Mas...
Ela joga a última pedra na água, e se volta para seus joelhos.
— Quero uma casa cheia de filhos, e envelhecer em uma casinha simples , com uma pessoa que eu ame, e possa me amar.
— Criança da trabalho ein.
— Tudo bem, eu posso lhe dar com isso.
Eles riem, em seguida Sophi começa uma crise de tosse. Malcolm se preocupa, com ela.
— Beba um pouco de água, vai ajudar.
Ele a entrega a garrafa de água.
— Obrigada.
Sophi se deita, sobre seus braços, mais uma vez encarando o teto de rochas.
— Já pensou em ter uma nova família professor?
— Não.
Ele responde sem demora.
— Posso entender.
— Mas as coisas mudam Ellen. Antes não poderia imaginar gostar de viver em Brighton, me adaptar. Não achei que poderia voltar a amar dar aulas. Eu estava errado.
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O Professor e Sophi.
RomanceEla garota de programa, ele professor Universitário. Ela quer um recomeço e deixar sua vida difícil para trás, e ele morrer, por não superar a dor de sua perda. As coisas ficam confusas, após um encontro por acaso.