Sentidos do Coração / ZeeNunew / Omegaverso

" Parabens Zee "

 O objeto lhe atingia com força, até surpreendendo o beta, mas ele já imaginava que o amigo ficaria puto quando recordasse sobre o dia anterior, desistindo do travesseiro que era usado como arma, Nunew se senta na beira da cama suspirando alto — Como vou olhar pro senhor Pruk agora !? – a voz do omega era baixa e quase chorosa
— Hoiii bebe relaxa, ele não parece ter se incomodado – abraçando o menor por tras Nat sorria safado lembrando de tudo sobre aquele dia, mas recebeu um tapa no braço — Seu… seu, nem todo mundo é pervertido como você – o beicinho com lagrimas no olhos era tão fofo que Nat não teve coragem de contar ao amigo o que tinha acontecido na sala do apartamento, o beta apenas puxa o garoto pra seus braços o abraçando apertado sem poder se conter diante da fofura que era o amigo — Eii relaxa Nunu, ele não vai pensar nada estranho sobre você. E se ele fizer eu lido com ele – Nu não podia ver mas o sorriso ladino do amigo causaria arrepios de medo no menor. 

Mais uma aula chegava ao fim, dando início a hora do almoço, e Nu dava graças a deusa, seu estômago estava colando nas costas, devido a todo caos de imagens que surgiam em sua cabeça, o garoto não conseguiu comer nada no café da manhã, não que os ovos feitos por Nat estivessem muito convidativos, mas tudo que ele queria agora era um delicioso Khao Pad¹ bem quentinho, juntando suas coisas ele já saia serelepe da sala, até seu rosto se chocar contra algo sólido, franzindo os olhos e esfregando o nariz ele pisca encarnado o dono do peito firme ao qual bateu — Eii delicia se estava com saudade era só falar – as mãos de Max já se enrolavam  em sua cintura colando seus corpos, o sorriso do alfa era realmente lindo, mas deixava mais do que explícito que o dono do mesmo não prestava — Na… não é esse o caso, eu juro, só estava distraído – Nu gagueja ao se explicar, ele não sentia os feromônio do alfa, mas o calor de seu corpo era bem vivido contra sua pele
— Ah qual é, sei que me deseja secretamente e só não me procura por que é tímido. Mas não se preocupe eu não tenho um pingo de vergonha — o homem já se aproximava de seu rosto quando uma mão lhe agarrou o ombro — Tenha decência Rujeera –  a voz que chama o amigo pela abreviação do sobrenome impornunciavel  invade seus ouvido e lhe cora a bochecha
— Mas ele é tão fofo Zee eu não resisto,   quero devorá-lo inteiro – a voz rouca do homem arregala os olhos de Nu, deixando o garoto ainda mais envergonhado.

Não soube exatamente porque mas pode sentir o corpo de Max arrepiar, antes de seu corpo ser puxado pra trás — Controle esse fedor Max, está assustando o garoto – finalmente Nu estava livre do aperto do mais velho
— Que ? Não estou liberando feromônios, sabe que não sou desse tipo – Max fraze as sobrancelhas sem entender a que o amigo se referia — Eu sei, estou falando do cheiro de pervertido que exala de você – sorrindo debochado Zee se coloca entre o alfa e omega, afastando ainda mais os  dois. O alfa 'ofendido' da de ombro sem poder negar a verdade que o outro explana, o diretor envolve o braço nos ombros de Nunew, já lhes guiando pra fora da sala — Eii qual é, não rouba meu omega – Zee se interrompe por um momento em seu caminho pra fora da sala — No dia que ele for seu, eu me torno omega – sorrindo ele libera um pouco de seus feromônios, o mesmo toque que ele sempre usava pra provar o amigo
— Eca seu fedido –  o amigo resmungava claramente mentindo, já que desde que se conheceram o maior elogio que Max já havia lhe dado foi referente a seus feromônios, e que não gostaria daquele forte e doce aroma de café com chocolate 

— Me desculpe, te arrastei até aqui e nem pedi sua opinião, peço perdão – agora parados do lado de fora do corredor ppr sorte vazio, Zee se sente envergonhado com sua atitude — Ah na…não tudo bem, na, na verdade devo lhe agradecer – Nu não conseguia encarar aquele homem, seus olhos se mantinham fixo no chão — Não se preocupe, Max tem esse jeito atrevido, mas jamais lhe faria mal – o pequeno omega percebe o mal entendido, mas ainda não consegue erguer os olhos em direção ao mais velho — Oh, não eu. Eu sei que ele mais fala do que faz. Na verdade eu, eu me refiro a… ontem – o ômega queria se encolher e afundar o rosto que pegava fogo entre os próprios braços, o silêncio do alfa só transformou seu nervosismo em pânico — Você… Gostaria de almoçar comigo ? – o convite feito de repente surpreendeu mas quebrou o constrangimento do garoto que sem controlar a empolgação apenas joga sua resposta no colo do alfa — Sim !!... digo, adoraria.

Ainda que soubesse o básico de etiqueta Nu sentia que a qualquer momento iria escorregar e cair com a cara no prato, o restaurante era muito bonito, tudo simples, mas dava aquele ar de riqueza ao lugar, mas nada causaria maior intimidação ao garoto do que o olhar do alfa a sua frente
— Nunew você sabe o que é prosopagnosia ??  – a pergunta feita tão seriamente fez com que o garoto engolisse em seco e olhasse o mais velhos nos olhos — Hum, nada muito científico, só sei que quem tem essa condição sofre dificuldade pra reconhecer a si mesmo ou outras pessoas – mordendo o interior da bochecha Nu responde a perguntar nada convencional daquele homem.

Zee sorri, pela primeira vez alguém usa o termo 'condição' ao invés de doença, essa pequena diferença acalenta o coração do mais velho — Extamente em termos mais simples é isso mesmo. Tenho essa condição desde a adolescência quando sofri um acidente de carro, desde então os rostos foram apagados de minha memória, amigos, parentes… amantes, nenhum deles era relevante, nada além de seus fermonios me fazia reconhecê-los – o pequeno o encara surpreso, sentindo um aperto no peito, pronto pra expressar um 'sinto muito' ele é interrompido pelo alfa que volta a falar — Tenho vivido assim, me acostumando e visando outras características onde me agarrar pra reconhecer as pessoa, Max além de seu feromônio marcante de limo, que apesar de não  parecer você deve concordar que, por mais estranho que seja é até agradável – ele interrompe o segmento da conversa apenas pra expressa uma singela e encantadora risada, achando que o garoto compartilha tal conhecimento — Eu reconheço pela voz, aquela marra que ele tem é inconfundível pra mim, apesar da diferença de idade somos amigos desde de a infância, porém seu amigo  sendo beta, não possui feromonios, mas sempre percebo um perfume peculiar, algo como talco misturado com jasmim –  New ouvi atento a descrição das características  dos outros, já que nunca pode diferenciar nem o próprio cheiro,  levado pela empolgação ele resolveu tirar a dúvida sobre a curiosidade a qual nunca teve coragem de expressar a ninguém — Eu, eu cheiro… como? – a pergunta feita com constrangimento, lhe deixa ainda mais envergonhado quando Zee franzi as sobrancelhas diante de sua pergunta — Você não sabe como são seus feromônios ? – o homem de fato se surpreende com tal ideia, afinal tal conhecimento é ensinado na infância, afim de ajudar os omegas e alfas a reconhecer seus cio e os de possíveis companheiros, pra evitar situação perigosas — Eu… eu também tenho uma condição – o menor parecia desconfortável com a conversa — Não se sinta pressionado a dizer nada, lhe deixar constrangido, está longe de ser minha intensão – Nunew sorri escondido diante da fala do mais velho, em geral quando sua peculiaridade vinha a toda, a chuva de perguntas era quase sufocante, mas ele já devia saber que Zee era diferente, o alfa era um cavaleiro — Tudo bem eu… não me importo. Eu sofro de anosmia³ desde o nascimento – olhando o alfa agora ele espera por qualquer cara feia, julgamento ou as coisas típicas que os outros faziam quando descobriram que ele como omega não podia sentir feromônios — Isso explica muita coisa. Deve ter sido difícil pra você – completamente chocado ele desvia os olhos mas concorda e sorri pro homem
— Bom, talvez por também ser alguém especial, você vá entender minha situação. Nunew acontece que – sua frase é interrompida quando o celular do garoto toca, pedindo desculpa o pequeno omega atende o aparelho 

" Alo "

" BEBÊÊÊÊ, onde você está?" 

A voz de Nat soou do outro lado, mas tão alto que deixa Nu envergonhado pelo apelido não autorizado — Bebê o caramba seu maluco, tô fora do campus o que houve? – New só queria desligar urgente, e continuar sua conversa com Zee, mas a notícia dada pelo amigo lhe arregalou os olhos e acelerou o peito
— O professor alterou os horário, sua aula de música começa em … 5 minutos – se o peito já não tivesse extremamente acelerado por estar na presença daquele alfa, agora ele parecia prestes a sair do peito graças aquela notícia — A pela Deusa, chego em 3 – juntando a mochila e socando celular no bolso ele se desculpa com o alfa — Oh senhor Pruk me perdoe, mas preciso voltar, se me atraso mais uma vez serei punido pelo professor, agradeço pelo almoço, retribuo na próxima – Zee se levanta para se despedir mas nem teve tempo, os cabelos castanhos escuros do menor já sumiam porta a fora, após esbarrar no garçons e corar pedindo desculpas. O alfa com a mãos ainda meio erguida no ar, ensaiando alcançar o garoto, solta o corpo, sentando novamente na cadeira ele suspira fundo, extravasando o pequeno discurso que havai sido ensaiado — Então Nunew o que gostaria de dizer é que você é o único rosto que tem sido gravado por minha memória em anos, não acho que isso seja coincidência, te acho encantador e gostaria de saber se aceita sair comigo – suspirando mais uma vez o alfa remexe nas mechas escuras de seu próprio cabelo — Parabéns Zee, você se apaixonou por uma criança que não pode ser seduzida.