Apenas uma vida normalmente ruim.

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Em Salt Lake City, a famosa capital de Utah, nasceu uma garota chamada Luna Davis Lewis, no dia 19 de outubro de 2006. Esse foi o dia mais feliz de seus pais, Oliver Davis e Mary Lewis.

Desde criança, ela sempre foi bastante brincalhona, divertindo-se muito com sua família e seus amigos da escola.

No quinto ano, quando tinha 10 anos de idade, aconteceu algo que marcou muito sua vida. Foi no dia 9 de junho de 2017, em uma sexta-feira, quando foi até a cantina como todos os dias. Antes de chegar lá, avistou uma pulseirinha de elástico roxa e preta caída no chão do corredor. Ficou muito feliz, pois sempre achou essas pulseiras muito bonitas, então colocou-a em seu pulso, seguindo para encontrar seus dois amigos com quem sempre andava.

Ao se aproximar deles, notou que estavam agitados. Perguntou o que havia acontecido e sua melhor amiga, Sarah, contou-lhe que alguém tinha roubado sua pulseira, a pulseira que ela mais usava. Nesse instante, enquanto falava sobre o roubo, Sarah notou na mão de Luna a pulseira que havia dito. Imediatamente, tirou a pulseira à força do seu pulso, arranhando Luna e gritando para todos que ela havia roubado a pulseira, fazendo com que todos olhassem para ela.

Luna, sentindo-se muito mal por todos estarem olhando para ela e a julgando com os olhos, correu em direção à parte da escola que dava para uma floresta cujas trilhas eram visitadas por algumas crianças mais velhas que brincavam lá. Enquanto seguia o caminho da trilha, ia chorando e culpando-se (mesmo não sendo culpada de nada).

Em algum momento, chegou em uma pequena clareira onde viu uma espécie de rochas como ruínas. À medida que se aproximava, as ruínas se empilharam umas sobre as outras e criaram um arco em formato de um anel com uma luz magenta clara estranha que brilhava de dentro dele, e em cada uma daquelas rochas havia linhas e pontos.

Ficou parada, confusa e chorando um pouco, até que saiu de dentro da luz roxa um pequeno coelho laranja com tons azulados de quinze centímetros de altura, um coelho que reluzia e saltitava em sua direção. Ele tinha uma coleira na qual estavam algumas linhas e pontos como se fosse algo escrito, iguais às das rochas do anel.

Ao ver que ela estava chorando, o coelho foi até ela para tentar acalmá-la, deixando que a garotinha o cativasse. Luna ouviu um barulho vindo de dentro da luz roxa, como um estrondo, mas alto o suficiente para assustar o pequeno coelho, que subiu em seu colo para se proteger. Vendo seu espanto, Luna pegou um anel de prata com alguns detalhes de chamas na cor preta, que ela gostava, e entregou-o nas patinhas do coelho.

- Não precisa ficar com medo! Você está seguro. E se ficar com medo, esse anel vai te proteger! - disse Luna com sua voz doce e inocente enquanto colocava-o em uma de suas patinhas como um bracelete.

O coelho deu um pequeno carinho com seu focinho na mão da garota como uma despedida e foi em direção do anel de rochas, parando em sua frente e olhando para a garota sentada no chão a alguns centímetros de distância dele. Então, ele encarou novamente o anel de rochas que tinha mais de quinze vezes o seu tamanho, e tomando coragem, entrou no meio daquela luz magenta que fluía dentre as rochas e desapareceu, voltando para o lugar de onde veio.

Assim que ela o viu desaparecendo, levantou e voltou pela trilha que tinha vindo. Quando se afastou daquele anel de pedras, ele se desmanchou e voltou a ser ruínas. Na trilha, dessa vez, ela não estava mais chorando, mas contagiada pela alegria e doçura do pequeno coelho.

Chegando na escola, contou o que havia acontecido na clareira para a professora em quem mais confiava, e a mesma disse que Luna tinha muita imaginação e não acreditava na garota. Ela contou para seus pais e o mesmo fato ocorreu, mas Luna insistiu e quis mostrar para seus pais que não era sua imaginação, então os levou até a clareira.

Chegando lá, não havia mais nenhum anel de rochas, nem coelho, apenas algumas pedras como ruínas. Ela tentou chegar perto para que voltasse a ser um anel de pedras, mas nada aconteceu. Cutucou e mexeu nas pedras, mas mesmo assim nada. Ela realmente achou que estava só imaginando coisas.

Os anos foram passando e Luna se excluiu bastante das outras pessoas, tanto de seus pais quanto de seus colegas da escola, pois os outros sempre achavam que ela não falava a verdade e que ficava só inventando histórias.

O ano era 2022, Luna estava com 15 anos de idade e esperava ansiosa pelas férias de verão. Já era metade de julho e ainda não havia chegado as férias. Ela sempre gostou muito das férias de verão, pois teria mais tempo para fazer o que mais gostava: escrever histórias e desenhar.

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