Esta foi a conclusão que obteve o senhor, que após chegar em sua residência, anexada a biblioteca, percebeu uma pasta entre os livros, que carregava informações adicionais sobre o caso de 1977.
Foi rapidamente ao hotel onde Edson se encontrava. Adentrando nesse, falou:
- Descobri o provável paradeiro da criatura. Existe a possibilidade de sua esposa estar lá.
- Além disso, agora já sei como podemos matar esse monstro.
- O quê? Como têm essas informações agora? - Questiona Edson.
Inicia-se então uma conversa entre ambos, e nela o senhor da biblioteca explica sobre o esforço que Souza fez para conseguir entregar a pasta que trazia o conteúdo. Nesta mesma conversa Edson fica sabendo sobre uma cabana próxima ao porto. Segundo as informações obtidas, as pessoas raptadas eram levantas até o local.
Foi revelado também a provável forma de matar aquela coisa: seria necessário perfurar o órgão que ela houvesse roubado de alguém. Neste caso, a língua.
Outro ponto levantado foi que, para a surpresa e agonia deles, a criatura não era a única de sua espécie. Era apenas uma designada a ficar naquela região e roubar órgãos para seus semelhantes, que outrora atracavam no porto com um navio para pegar sua parte da colheita.
Porém, com o fechamento do porto, os demais deixaram de parar naquela região. A criatura ficou ali isolada.
Ao apossar-se de novos órgãos para si, substituindo os que já estivessem parando de funcionar, a criatura conseguia prolongar sua vida de maneira indefinida. Do contrário, ela acabaria por morrer.
- Vamos então, está esperando o quê? - Diz o senhor.
- Se os outros monstros não vêm mais para essa região atrás de órgãos para eles, não faz sentido minha esposa ter sido mantida viva pela criatura. - Diz Edson angustiado.
- Nunca saberemos se não formos atrás dela, não é mesmo?
- Sim, mas não poderei suportar a dor se descobrir que meu amor de fato está morta.
- Ora, vamos. Só saberemos chegando lá.
- É verdade. - Diz Edson segurando o choro.
- Esse é o espírito, meu jovem. Vou ligar para o Souza vir conosco.
- Boa tarde, é da delegacia? Quero falar com o policial Souza. Ele ficou de me ajudar numa tarefa lá na biblioteca.
- Boa tarde, cidadão. Sinto-lhe informar, mas o policial em questão veio a falecer depois de atentar contra sua própria vida. Sugiro que vá atrás de outra pessoa pra te ajudar na tarefa. Hoje só atenderemos casos urgentes. Passar bem. - Fala o atendente, ao passo que finaliza a ligação.
- Ele morreu. - Diz o senhor para Edson, tentando segurar as lágrimas. - Disseram que foi suicídio, mas isso não tem lógica nenhuma. De certo o delegado está por trás disso.
- Caralho, agora essa! - Exclama Edson.
- Ele nos deu informações valiosíssimas. Vamos honrar seu legado e acabar de vez com essa história. - fala o senhor, que conseguiu disfarçar o quão abatido estava.
- Vamos. Agora também é por Souza e os outros dois policiais mortos. - Responde Edson.
Entram no carro e vão mais uma vez para aquele lugar.
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Não Diga Um A
Misterio / SuspensoQuando um estranho bate à porta, certamente você fica um pouco receoso em atendê-lo, e com razão, afinal, não se deve confiar em pessoas nunca vistas. E se esse, além de desconhecido, for mudo e comunicar-se através de sinais irreconhecíveis? CUIDAD...