Desfecho pt 1

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Chegam ao porto.

No porta malas do carro, podia-se ver que carregavam uma lança, facas e também um revólver. Este era um tanto antigo, é verdade.

Edson suspira fundo.

- Vamos nessa, meu jovem. - Fala o senhor.

O rapaz acena com a cabeça, confirmando.

Então equipa-se com duas facas e também com a lança em mãos. Ao senhor, entrega uma outra faca com a lâmina mais longa, além do revólver. Acreditava que aquilo o deixaria mais protegido. Sabia que ele não precisava se arriscar para ajudá-lo. Que podia muito bem apenas tomar conta da sua biblioteca.

Agora caminhavam a fim de avistar o tal lugar. E para isso nem precisaram ir muito longe. Havia um morro com degraus feitos com o próprio barro, e lá em cima, apesar de já ter começado a escurecer, notavam a estrutura de uma cabana.

Edson começa a dar os primeiros passos na escada, ao tempo que o senhor diz:

- Espere! Vou buscar uma lanterna no carro. A noite está chegando, ela certamente nos será útil.

- Tudo bem, vou aguardá-lo aqui.

O senhor então vai até o veículo, que apesar de perto, era fora do campo de visão de Edson por conta de uma curva.

Passam-se uns instantes e nada dele voltar. Edson preocupado decide ir atrás do mesmo.

Desce as escadas e caminha em direção ao carro. Ao ultrapassar a curva consegue visualizar o senhor ainda procurando a lanterna.

Este percebe Edson chegando e fala:

- Minha vista já foi melhor, tenho que admitir.

- Venha, me ajude a procurar a lanterna.

- Certo. - Diz Edson.

Ambos vasculham o interior do carro, mas sem sorte, não encontram a tal lanterna.

Agora de fato a noite havia chegado. Teriam que enfrentar a criatura mesmo sem luz, fosse o caso.

Partem em direção ao morro e começam a subir até chegarem  a cabana. Esta estava totalmente escura por dentro. De modo que ficam muito apreensivos.

O senhor então tira um isqueiro do bolso, ao tempo que diz:

- Não diga para ninguém que me viu com isso, pois quem me conhece acha que larguei meu vício de fumar.

- Pode deixar. - É o que Edson fala, com uma cara de surpreso. Realmente o senhor não dava impressão de ser fumante.

A iluminação fornecida pelo isqueiro era muito fraca, mas serviu bem para verem o que tinha entorno da cabana. Dando uma volta pela mesma, notaram a presença de uma porta na frente e outra nos fundos, além de algumas janelas. Edson tenta procurar Júlia observando através das mesmas, porém o isqueiro, de longe, era ineficaz para a missão. Teria que adentrar na moradia.

- Vou entrar. - Fala para o senhor.

- Estamos aqui para isso, então vá, que eu te dou cobertura aqui fora. - Diz entregando o isqueiro para o marido da vítima.

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⏰ Última atualização: Nov 30, 2022 ⏰

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