Capítulo Único

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Existe um mundo.

Esse mundo é muito diferente do nosso.

As vidas dos habitantes desse mundo é diferente do cotidiano que vivemos no nosso dia a dia.

Esse mundo é conhecido como Avrora.

Nesse mundo, existia magia. Haviam magos, druidas, alquimistas, fadas, e muitos outros seres mágicos.

A magia desse mundo era usada livremente para o bem de todos. Claro, nem todos a usavam para propósitos bons, mas eles eram a minoria.

- Hey Chise! Quer ver a magia nova que eu aprendi? - Diz um garoto pequeno de cabelos pretos e olhos azuis, usava um manto azul claro e um chapéu escuro com uma longa ponta em cima.

- Ah? Eu adoraria, Hakkun! - A garota um pouco mais velha de cabelos marrons e olhos rosas, vestindo roupas similares de cores avermelhadas, com exceção do chapeu, sorri para ele.

- É Haru! Eu já te disse! Meu nome é Haru! - Ele diz bravo.

- Sim, sim, Hakkun, você não vai me mostrar a magia não? -

- Ah! É mesmo... - O garoto tira um livro do manto e o abre, revelando letras ilegíveis para quem não soubesse magia, e uma varinha, que estava sendo usada como marca-pagina. Logo ele retira a varinha do livro e a aponta para uma pedra por perto, logo lendo o encantamento no livro. - "Ó Céus, me mostrem o poder daquilo que ilumina a tudo e todos, aquilo que decide o dia e a noite, e me empreste seu poder", Fireball! -

Uma pequena bola de fogo aparece na ponta da varinha após o encantamento do garoto, logo sendo lançada na pedra, a chamuscando.

- Uau Hakkun! Você já consegue usar magia com uma varinha! Incrível! - A garota sorri docemente para o garoto.

- A-ah? Você acha que eu sou incrível? - Ele fica com o rosto avermelhado.

- Sim! Você é incrível, Hakkun. - Ela abraça o garoto.

- E-ei?! Por que você tá me abraçando? -

- É porque você é fofinho, Hakkun. -

- Hã?! -

Nesse mundo, há três categorias de magia. Livre, que não precisa de encantamentos, nem objetos, mas é geralmente mais fraca; Por objeto, que, obviamente, usa objetos como meio de conjuração; E encantamentos, círculos mágicos com fortes poderes que podem ser usados no chão, e em casos raros, no corpo.

Existem, no entanto, certas magias que usam os três métodos de uma vez, mas não são muitos os que podem usá-las.

Apesar de existir magia nesse mundo, nem todos conseguem usá-la. Essas pessoas geralmente tendem a aprender artes marciais ou a fazerem atividades que são fisicamente intensivas em compensação. Claro que um bom número de usuários de magia também fazem o mesmo.

Magos, Guerreiros, todo tipo de pessoa existe nesse lindo mundo. Esse tipo de pessoa é chamada de Aventureiro. Muitas dessas pessoas se juntam em grupos e exploram as paisagens que poucos podem avistar.

Muitos almejam se tornarem aventureiros. Haru, um pequeno mago, e sua amiga de infância Chise, também desejam descobrirem e solucionarem os segredos desse mundo. Mas, como são crianças, não podem fazê-lo.

Por isso, os dois treinam juntos para estarem preparados para quando estiverem na idade. Haru tem uma grande afinidade com magia, já Chise, não consegue usar nada mágico. Ela, porém, é boa em se mover e agir silenciosamente. Um mago e uma ladina, uma boa dupla.

- Vejamos... - Haru andava para fora de sua casa, indo até seu quintal. - Acho que vou tentar a Fireball de novo... -

Mas, antes que o garoto pudesse dizer algo mais, ele sente alguém pulando encima dele.

- Buu! Há! Te peguei, Hakkun! - A garota, que antes não aparentava estar ali, havia derrubado o garoto, e agora tinha capturado ele.

- Chi-Chise!! - O garoto exclama. - Po-poderia sair de cima de mim? - Ele estava com o rosto um pouco enrubescido.

- Só se você prometer que vai tentar aprender a Detect. - Ela ri docemente.

- T-tá, eu vou aprender isso, só sai de cima de mim, por favor. -

- Okay, Hakkun. - Ela rapidamente se levanta, levando o garoto pra cima também.

- Mas, antes de eu aprender o Detect, eu quero aprender o Fireball. -

- Ah, por favor! Por acaso você quer que eu fique pulando em você de surpresa toda vez? - Com a pergunta, o garoto fica vermelho novamente. - Hufufu~. Não sabia que você era tão romântico assim, Hakkun~. -

- Fica quieta Chise... - Ele tenta esconder o rosto no seu manto azul.

- Não adianta esconder Hakkun, eu consigo ver suas bochechas vermelhas a Quilômetros de distância. - Ela logo o abraça. - Não se preocupe, o Detect é uma magia livre que poderá te salvar muitas vezes no futuro. -

- Não fala assim, Chise, parece que eu vou me meter em encrenca direto no futuro... -

- Bem, se você já é assim agora, quem pode imaginar no futuro? -

- Deixa de ser boba. Eu vou ser mais maturo quando eu crescer! -

- Há! Duvido. Você vai sempre ser o fofucho causador de encrenca da cidade, Haru. -

- F-fofucho?! -

- Sim, até minha mãe tem a mesma opinião. -

- Eu não sou fofo! -

- É sim. Hakkun, o mago fofo. - Ela cantarola.

- Para de criar títulos estranhos pra mim, Chise! -

- Nunca. -

- Tá, já que vai ser assim.... Chise, a ladina... - Ele tenta pensar em algo. - Há! Já sei! Chise, a ladina mole! -

- Ei! Aonde eu sou mole? -

- Suas bochechas. Elas são bem maleáveis. -

- Você realmente não sabe dar apelidos... -

E eles ficaram discutindo assim por algumas horas. Até que chegou noite.

- Nossa, já tá tão escuro... - Chise diz, olhando pra cima.

- Ah! Eu nem consegui treinar minha magia... -

- Você sempre tem o amanhã, Hakkun. -

- Eu sei, mas eu quero aprender logo, não quero ficar jogando tudo pro amanhã. É Possível eu esquecer amanhã também... -

- Você é tão engraçado, Haru. Eu vou pra casa. Boa noite! -

- Boa noite, Chise, descanse bem. -

O garoto volta para sua residência, encerrando assim mais um dia de sua vida.

Apesar de magia e todos os tipos de pessoas existirem, uma vida calma e pacata sempre pode existir.

-Fim.-

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