AMOR PROIBIDO

1

Maitê.

- amiga, não dá - falei voltando pra sala de aula

- nossa, por favorr - fez bico choramingando

- você sabe onde é essa festa? em uma favela, cara. fora que la tem traficantes que comandam, imagine meus irmãos descobrem? ou eles mesmo ficam sabendo que minha família toda tem políciais? eu morro - ri de nervoso e ela ergueu a sobrancelha

- eles nem vão saber, fora que quero ver um boy novo que conheci no insta

- ai, ta bom. - me ajeitei na cadeira - sair daqui vamos na minha casa, se arrumamos lá e amanhã tu vai embora, avisa logo sua mãe - falei

- obrigadaaaa - me abraçou e eu sorri

..

- faz um delineado em mim aqui, rápido que o uber ta chegando - julyana falou se sentando e me entregando o delineado ja pronta e eu tb.

- oi meus amores - meu irmão disse me abraçando forte e dando outro na ju

- oi, vidoca - sorri pra ele - não me buscou hoje na aula - fiz bico

- aconteceu uns imprevisto na delegacia hoje, muita investigação nova, sobre as festas proibidas que tão tendo naquele morro - falou e eu olhei pra julyana arregalando os olhos sem ele ver - vão pra onde arrumadas assim? - se deitou na minha cama e eu terminei de fazer a make da ju e só restava esperar o carro

- vou sair né, festa de um amigo da escola. - peguei minha bolsa - cadê o kaio ? - perguntei sobre meu outro irmão

- delegacia ainda - falou olhando pro nada - muito serviço, ja volto pra la também. vou te mandar um pix, meu amor, caso precise. to indo la, se cuida e qualquer coisa me liga. - falou saindo e quando ele sumiu da nossa vista eu respirei fundo

- cara se ele souber to muito fudida - falei e nois caminhou pra porta da minha casa vendo o uber já

- relaxa - ela disse entrando dentro do carro e eu balancei a cabeça negando e sorri de lado

..

tinha muita gente nessa festa, o bom que era uma boate fechada e toda no ar condicionado.

levei o copo de bebida na boca vendo um cara se aproximar da julyana falando algo no ouvido dela que logo sorriu. ele me cumprimentou e eu só sorri fraco e tentei disfarcar minha cara vendo o fuzil nas costas dele

- amiga, ele chamou a gente pro camarote, vamos? aqui em baixo ta muito apertado - falou arrumando o cabelo pro lado e eu balancei a cabeça negando

- com ele? - falei olhando ele distraído conversando em um rádio e ela fez bico fazendo um sim com a cabeça e eu revirei o olho - ai ta bom, oque tu me pede sorrindo que eu faço chorando - eu ri pegando na mão dela e caminhamos seguindo o moço la, que com certeza era o gato dela

chegamos la e ele liberou a entrada e tinha menos gente que lá em baixo, óbvio, acho que aqui fica o chefe de tudo isso, que meu irmão disse antes. ai deus. me sentei em um sofá um pouco afastado, ja cansada do meu salto e logo julyana foi dançar com o homem que trouxe nois.

me levantei pra chamar a ju pra irmos embora e senti o impacto de um corpo topando no meu me fazendo quase cair. e eu olhei com odio procurando a pessoa e me deparei com um homem alto e bem vestido, muito lindo. oque ele faz aqui meu deus, nem combina com esse lugar. sai dos meus pensamentos com aquele cara alto chamando minha atenção

- presta atenção, cara. - falou com a cara fechada

- me desculpa, mais foi você que peitou em mim - falei me ajeitando vendo que julyana sumiu da minha vista

ele sorriu irônico

- não importa se foi eu, aliás quem é você mesmo? oque ta fazendo aqui em cima? com a autorização de quem?  - falou ja sem paciência

- fala direito comigo, ta achando oque? - disse empurrando ele com minhas mãos.