O nosso Inccubus favorito entra no refeitório já olhando de longe o seu futuro adversário, que estava terminando o serviço com o pobre Phone Freak. Enquanto ele se aproximava do Carcereiro e bolava uma forma de chamar sua atenção, o próprio foi mais rápido e já tinha notado a presença do meliante no Refeitório, e finalmente, um dos carcereiros restantes estava cara a cara com um prisoneiro classe alta.
L: "Monstro da Luxúria". . . era esse o seu alter-ego nas ruas né ? – O carceceiro olha o prisoneiro de cima a baixo, ou seja, ele tava pouco se fodendo se ele era um monstro ou não.
A: Sim, os noticiários me chamavam assim, mas a gente não tá nas ruas correto ? – Ele coloca as mãos no bolso e continua olhando para o "baixinho".
L: Corretíssimo, vai me dizer que você veio resgatar esse pirralho aqui. – Lawrence pisa na cabeça do Phone, se referindo a ele.
A: Resgatar ? Mas nem fodendo ! Eu tenho meus motivos para estar aqui. – Aluísio desvia o olhar por um momento e olha para a cantina mais adiante, aquele lugar era seu objetivo.
L: Uau, como você é misterioso Aluísio, desembucha logo o que 'cê quer aqui. – O tipo de homem que Lawrence é, é aquele tipo que odeia piadas ou enrolação.
A: E vai fazer o quê ? Me forçar a dizer ? Você daria um belo piadista Lawrence. – Aluísio tira sarro do carcereiro e passa do lado dele, querendo seguir pra cantina.
L: Isso não é uma piada seu Inccubus de merda. – Lawrence segura no braço do seu adversário, ele não irá deixar um convencido como esse escapar.
O clima fica pesado com ambos se olhando, não tem aquele termo "Um olhar diz mais que mil palavras" ? Então, o olhar dos dois estavam dizendo a mesma coisa:
"Ah como eu quero matar esse desgraçado !"
O primeiro movimento veio de Aluísio, que partiu dando um soco com tudo no rosto no Lawrence, achando que assim, ele poderia sair voando e largar seu braço. Mas parece que o carcereiro foi mais esperto, ele esquivou do soco se abaixando e puxou uma flashbang do uniforme, o Inccubus demorou para descobrir qual tipo de granada era essa, e teve mais certeza quando o pino foi retirado e ela estourou na frente de seus olhos:
A: A-AHHH ! S-Seu filho da puta desgraçado ! – A visão do Aluísio agora ficou toda fodida, pra qualquer direção que ele olhava, estava tudo branco.
L: Ah o que foi ? O "Monstro da Luxúria" nunca viu uma flashbang antes ? – O carcereiro sabia que isso nunca falhava, ele dá alguns passos pra trás e saca um fuzil de assalto do uniforme.
Estava claro que o Lawrence não seguia as regras de um mano-a-mano convencional, se ele tivesse que usar artifícios para imobilizar ou apagar o prisioneiro, ele iria fazer,e era exatamente o que ele estava fazendo com o Aluísio. Após puxar o ferrolho do fuzil modelo AK-47, o carcereiro começa a descarregar o pente pra cima do desnorteado.
A: AHHHHH !! MERDA !! – Mesmo ele sendo um monstro incrivelmente forte, ele não era nada comparado a uma arma de fogo usando toda a sua potência, seu corpo era alvejado de tiros que penetravam fundo em seu corpo.
L: Hahaha ! Parece que você não tá se sentindo tão pika assim Aluísio, eu posso até não saber lutar e nem ser como você, mas eu tenho armas ! – O primeiro pente acaba e ele usa esse momento para insultar mais o Aluísio e para colocar mais um pente na arma.
O Inccubus todo furado parecendo um queijo-suiço percebe a pausa que o carcereiro deu para recarregar e usou aqueles preciosos segundos para avançar com tudo na sua direção, que nem um boi fervendo de raiva, mas o Aluísio era quase isso, só faltava os chifres. Mas voltando a ação, mesmo o prisioneiro tentando usar esse ataque para esmagar o carcereiro, ele era esperto e desviou para o lado, apenas o observando bater com tudo na parede.
L : Pffft ! Hahahaha ! Você tá tentando usar seu cérebro por acaso Aluísio ?! – Ver tamanha idiotice por parte do Inccubus só fazia o Lawrencer rir, rir da desgraça alheia.
A: POR TODOS OS SETES ANÉIS DO INFERNO ! QUANDO EU CONSEGUIR VER TUDO NORMAL DE NOVO, EU JURO QUE VOU TE MATAR !! – De bônus, o coco do Aluísio ficou preso na parede.
Parecia até coisa de desenho animado, o personagem burro e violento estava sendo zombado pelo inteligente e fraco, aquela situação durou mais alguns segundos, até finalmente o Aluísio soltar sua cabeça e dar várias piscadas consecutivas, e parece que isso fez os efeitos da flashbang passar. Agora com a visão recuperada, o Inccubus iria equilibrar a luta e jogar ao seu favor, certo ? É o que vamos ver.
Mesmo sabendo que seu adversário era esperto e poderia ter uma carta na manga para virar o jogo, Aluísio continua no ofensivo e avança que nem um boi novamente e ao chegar próximo o suficiente, começa a onda de socos pra cima de Lawrence. Não era muito difícil para o carcereiro desviar daqueles golpes, eles poderiam ser poderosos mas seguiam um padrão, e assim, ele foi desviando de soco em soco, e é claro que isso enfurecia ainda mais o prisioneiro.
A: PARA QUIETO SEU RESTO DE ABORDO DE SUCCUBUS !!! – O Inccubus salivava de ódio aumentando a velocidade dos seus socos, achando que algum iria o acertar.
L: Heh. . . você nunca irá me acertar se continuar atacando assim completamente descontrolado, eu já enfrentei brutamontes como você, todos seguem o mesmo padrão quando estão irados. – Ele diz enquanto desviada dos golpes que ficavam mais rápidos, talvez assim o Aluísio conseguisse parar pra raciocinar.
A: NÃO ME DIGA O QUE FAZER !! EU VOU ACABAR COM VOCÊ AGORA !! – Ele apenas ignora tudo que o Lawrence disse e continua a sequência de porrada.
Como dito anteriormente, o carcereiro era um homem que não gostava de enrolação, e ver o Aluísio insistindo na mesma técnica era como uma "enrolação" aos seus olhos, então ele decidiu colocar um ponto final disso numa vez por todas. Ele começa sacando uma faca e perfurando ela na ponta da mão direita do Inccubus, o fazendo parar e soltar um grito de dor.
A: M-MALDITO ! Além de me encher de bala, quer me cortar também ?! – Ele olha para a lâmina entre sua mão e puxa o cabo querendo a tirar de lá.
L: Faz um favor pra mim e vai dormir filho da puta. – De forma bem fria, ele puxa uma seringa e perfura a agulha no pescoço do prisioneiro, aplicando um líquido em seu corpo.
A: O-O quê. . . O que foi que você injetou em- – Antes mesmo de terminar sua frase de indagação, ele cai de joelhos ao sentir seu corpo pesado e seus olhos cansados.
L: Haha. . . boa noite princesa. – A última coisa que o Aluísio ver antes de desmaiar é a cara do Lawrence, aquela cara tirando sarro dele uma última vez.
E após desmaiar, tudo fica escuro.
...
???: Sério que você perdeu ?
Logo depois de ouvir uma voz lhe dando esporro, o Inccubus acorda e estava num cenário diferente, ele estava sentado em uma tora de árvore e na sua frente tinha uma fogueira acesa, semelhante aqueles locais de encontro de acampamentos de verão. E olhando a sua volta só tinha a escuridão e o vazio, a única iluminação daquele lugar era a fogueira e de brinde, tinha alguém sentado em outra tora, na frente do nosso protagonista.
A: Hã ? Quem é. . . – Quando o Aluísio encara a única pessoa ali, ele toma um susto, como se já conhecesse ela antes.
???: Ah Aluísio, não se faça de besta, você sabe bem quem sou eu. – Aquele ser vestia um sobre-tudo marrom e várias ataduras em volta do rosto, não dando para ver sua real aparência, além dele ter um par de chifres rosa com a ponta preta.
A: É, acho que eu sei quem você é. . . – Aluísio coloca a mão no rosto e solta um suspiro cansado.
L(Lioasiu): Você sabe ? Estou surpreso que você ainda não se esqueceu de mim. – O ser de olhos rosa diz com deboche.
A: Aonde eu tô ? – O Inccubus volta a olhar em volta, conseguindo ver correntes e algemas gigantes ao longe, fixadas no chão e conectadas ao céu.
L: Sua mente está tão diferente assim ? Ou deve ser porquê você nem sequer a usa ? Difícil dizer. . . – Mais um pra fila pra zombar do Aluísio.
A: Não fode, eu quero sair daqui, eu ainda não acabei com a raça daquele guardinha nojento ! – Só de lembrar que foi desacordado pelo Lawrence, já deixa ele pistola.
L: Até quando você vai continuar fazendo isso ? Não sei se notou, mas essa sua técnica é falha.
A: Eu não tenho que te dar explicação nenhuma tá ? Só. . . faz aparecer uma porta mágica pra eu sair daqui o mais rápido possível. – Novamente, o cabeça-dura estava indo pela emoção, e isso deixa o tal "Lioasiu" bem pistola.
L: Sabe como é frustrante ficar preso aqui dentro e te ver fazendo um monte de cagada ?! "Não fode"? Não me fode você Aluísio ! – O Lioasiu levanta full pistola, transformando a chama vermelha da fogueira e roxa, e a deixando maior.
A: Ah ! Agora vai me dizer que você ficou putinho ? Olha aqui, eu vou continuar no controle até eu morrer você gostando ou não ! – Aluísio levanta também pra responder a fúria do enfaixado.
Após uma longa trocação de xingamentos. . .
Os dois pareciam duas crianças emburradas, ambos estavam sentados um virado de costas para o outro, com os braços cruzados e com uma bela cara de bunda:
L: Um dia Aluísio, você vai precisar de mim, e quando esse dia chegar, eu vou falar pra você em quão buraco enfiar a cabeça. – Lioasiu olha de lado para Aluísio e faz um círculo com os dedos.
A: "Ain nossa ! Nossa se eu precisasse de você !" Eu tenho músculos rapá ! – Aluísio debocha afinando a voz e depois faz um muque pra esfregar sua força na cara do enfaixado.
L: "Ah eu tenho músculos, blá blá blá. . ." Seus músculos são tão efetivos que você nem conseguiu acabar com um cara de 1,73m ! – Lioasiu imita o Aluísio e troca ofensas de novo, realmente são duas crianças brigando.
A: AH MAS QUE INFERNO ! Dá pra me tirar logo daqui ?! – Aluísio explode de novo, ele não queria ficar nem mais 1 segundo naquele lugar.
L: Tá bom, tá bom ! Mas lembra do que eu te disse. . . você vai precisar de mim uma hora ou outra. – Lioasiu faz um pilar de fogo roxo se formar na frente de Aluísio e ele se abre, essa era a saída.
A: Vai tomar no cu também. – O Inccubus passa pela porta de fogo e manda um dedo do meio pro enfaixado.
Agora que tudo estava calmo e o Lioasiu estava vazio, uma música clássica começa a tocar de não-sei-aonde e o próprio se levanta, começando a dançar conforme a música.
De volta a realidade, Aluísio já é acordado com estilo, tomando um belo chute na cara e acordando no puro susto:
A: PARA COM ESSA PORRA AÍ MERMÃO ! – O Inccubus levanta com tudo e grita com quem tava o chutando.
M: Finalmente 'cê acordou cearense, tava boa a sonequinha ? – Era o Monarch que teve a ótima ideia de acordar o Aluísio na base do chute.
A: Ah. . . é apenas você. – Ele ficou mais calmo ao ver que era só o lobo surtado.M: Sentiu saudade amore ?
A: Vai se foder, agora me diz aonde tá aquele puto do Lawrence. – É, esse Inccubus aqui guarda rancor.
M: Não precisa se preocupar com ele não pit, o pai aqui já deu um jeito nele.
A: O que você fez ? – Aluísio agora olha para Monarch surpreso, ele queria saber o que o lobão ali fez pra ganhar o X1 com o carcereiro.
M: Meia-noite te conto, agora a gente precisa seguir com a Fase 2, o contrabando já tá na mão e agora só precisamos meter o delta daqui. – O lobo-guará diz após pegar uma das caixas do contrabando no chão.
A: Hm. . . pelo menos a minha briga não foi em vão, vamos cair fora daqui então. – Aluísio pega as outras caixas e sente as dores dos tiros bater na porta, quase que o coitado cair por causa disso.
M: Ei man, 'cê realmente consegue carregar o resto ? – Monarch pergunta né, porque o cara tava parecendo uma peneira de tanto buraco que tinha no corpo.
A: Eu vou ficar bem. . . talvez depois de passar numa enfermaria. . . – Aluísio estava cansado por causa da perca de sangue, mas ele ainda aguenta uma corrida até a cela.
M: Se tu diz né. . . segue o bonde ! – Monarch vai primeiro e o Aluísio segue.
Antes que os dois atravessarem a porta do Refeitório, um baixinho passa por eles seguindo a direção oposta, os dois notam isso e acham estranho:
M: Ó doidão ! O que 'cê tá fazendo ? Eu já peguei o contrabando aqui, vamos pra minha cela que é mais seguro ! – Monarch grita para chamar atenção daquele prisoneiro, mas de nada adiantou.
A: Espera aí. . . porque ele tá indo pro muro ? Devemos parar ele ? – Aluísio olha para o Monarch esperando alguma coisa.
M: Deixa eu ver o que esse puto vai fazer. . . – Monarch fica em modo análise olhando só de longe o que iria acontecer.
Com certeza os dois ali deveriam ter parado ou impedido o pequeno prisioneiro do que iria acontecer, e o que acontece ? Nada demais, apenas que esse carinha puxa um detonador do bolso e aperta o botão vermelho, causando uma explosão enorme no muro do refeitório, a potência dessa explosão foi tanta que criou um rombo, ou como os prisoneiros gostam de dizer: Uma saída.
A: M-Mas o quê ?! D-De onde esse maluco tirou explosivos para. . . – O Inccubus tomou um susto e olhou para o Monarch, pela primeira vez, ele viu o lobão surtado se cagando de medo.
M: M-Merda. . . merda, merda, merda ! A gente tem que cair fora daqui agora ! – Monarch estava suando de medo e se virou pra sair dali o mais rápido possível, mas algo o impediu. . . de novo.
??: A SAÍDA TÁ ABERTA !!! – Um grito alto foi solto e vários prisoneiros passaram pelos dois azarados ali, a quantidade era tamanha que ambos praticamente foram atropelados pelos desesperados que queriam sair.
M: Q-Que desgraça ! Desde quando isso virou Aniversário do Guanabara ?! Vê se não se perde Aluísio ! – Monarch foi contra a multidão acumulada de gente querendo chegar na sua cela o quanto antes.
A: E-Ei ! Me espera aí porra ! – Aluísio fez a mesma coisa querendo acompanhar o ritmo do Monarch.
A dupla do barulho aí perderam um bom tempo para sair do acúmulo de gente, mas conseguiram chegar sem muitos problemas a cela do Monarch, que estava cheia de outros prisoneiros feridos e cansados, parece que o lobão deu uma ordem geral para todos se esconderem no seu cantinho.
M: Ok ok, mesmo parecendo que essa rebelião foi um total fiasco e teve mais baixas do nosso lado do que dos guardas, a gente conseguiu o contra-bando ! – O líder da rebelião estava no seu trono e pegou uma das caixas, se preparando para abrir.
A: Hm. . . – Aluísio cruza os braços e só queria ver o que tinha lá dentro.
M: Ae galera ! Pudim de chocolate pra todo mundo !! – Monarch joga a caixa pra cima e dela sai vários potes com pudim de chocolate.
A: O quê. . . tá me dizendo que era só. . . PUDIM DE CHOCOLATE ?! MONARCH EU VOU MATAR VOCÊ !! – Aluísio ficou incrédulo, e depois ficou full pistola, e depois pulou na direção do Monarch.
End Chapter : D
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A New Life for Us in a Prision
FanfictionAluísio Castiel é um Inccubus que foi preso em um Centro de Contenção de Indivíduos, mas conhecido como uma boa e velha Prisão e agora ele precisa tentar viver pacíficamente lá dentro...mas sabem como é, viver com loucos acaba nos tornando loucos...