Duas semanas depois.
Já é de manhã, consigo sentir o sol que entra pelas frestas da janela, sobre meu rosto, sinto o aroma de lírio aparecer suavemente, me despertando, tem sido assim todas as manhãs.
Ultimamente sinto como se meus dias não passassem, como se eu perdesse a noção do tempo. - Keisuke pensou, enquanto tinha seus olhos focados em Chifuyu, que dormia ao seu lado.
Sinto que estou preso em um mundo de ilusões, todos os meus dias parecerem não ter fim, ultimamente Chifuyu tem estado distante, estando preso a um novo mundo e uma nova realidade na qual eu não pertenço.
Nem sempre estivemos distantes um do outro, mas agora, estamos nós tornando estranhos pouco a pouco.
Nossas conversas diminuíram ainda mais nas últimas semanas, não conversamos sobre a noite que tivemos no bordel, é como se nunca tivesse acontecido, sinto como se Chifuyu evitasse a todo custo tocar nesse assunto.
Após o falecimento do seu pai, Chifuyu assumiu muitas responsabilidades, eu entendo isso, sei que ele é um pessoa ocupada e que tem milhares de obrigações, mas as vezes me pergunto se ele ainda me ama, é ridículo da minha parte pensar algo assim, mas é difícil acreditar que seja como era antes, sinto falta de ouvir o seu "eu te amo", esse sentimento me deixa em completa angústia.
- Você já está acordado? - Chifuyu perguntou, após despertar, tirando Keisuke de seus pensamentos.
- Sim, acordei faz pouco tempo. - Keisuke respondeu, encarando o menor, que estava sentado ao seu lado.
- Hoje terá uma festa em comemoração a nova parceira da empresa. - Chifuyu disse, evitando contato visual, e ficando em silêncio por alguns segundos, como se estivesse escolhendo boas palavras para continuar.
- Eu gostaria que você fosse, esse é um momento importante para mim no meu primeiro ano como Ceo da empresa. - Chifuyu falou, ainda evitando contato visual, e levantando-se da cama.
- Eu não vou. - Keisuke falou, surpreendendo Chifuyu.
- Me sinto deslocado nesses eventos, a maioria das pessoas são esnobes, e só ligam para status sócias. - Keisuke continuou a falar, e revirou os olhos, ele odiava comemorações da alta sociedade.
- Na realidade, minha presença em uma comemoração como esta não faz diferença, apenas sou o marido "zé ninguém" de Chifuyu Matsuno, Ceo da Yamaha uma das maiores empresas automotivas do Japão. - Keisuke falou irônico.
- Você não é apenas meu marido, muito menos é um zé ninguém, por que você sempre é tão relutante quando se trata do meu trabalho? Eu apenas queria que meu marido pudesse está presente em um momento importante para mim. - Chifuyu respondeu, descontente.
- Você sabe que é isso o que todos pensam de mim, então não me peça para ir em um lugar como este, onde não sou bem vindo, e que muito menos fazem questão da minha presença. - Keisuke finalizou, sendo incapaz de encarar Chifuyu.
- Tudo bem. - Chifuyu respondeu em poucas palavras, aparentemente chateado e bravo.
Keisuke permaneceu em silêncio, ainda deitado, já arrependido do que havia dito, porém se recusava a pedir desculpas pelo seu comportamento infantil, enquanto Chifuyu se arrumava também em silêncio, ele estava tão bravo que qualquer coisa que dissesse tornaria tudo pior, então permaneceu em silêncio, afinal a culpa de tudo isso também era sua, e ele sabia.
Escolhendo um dos seus melhores ternos, Chifuyu o vestiu, e saiu do quarto sem dizer uma única palavra.
- Passei dos limites. - Keisuke falou, sozinho em seu quarto, Chifuyu havia ido embora sem ao menos se despir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
De repente, pais. (Hiatus)
FanfictionO que poderia dar errado na tentativa de dois alfas em salvar seu relacionamento de anos ? Ou o que poderia dar errado na tentativa de um ômega em conseguir dinheiro trabalhando por uma noite em um bordel? Exatamente tudo poderia dar errado, Hanem...