O Elevador

Capitulo Único

    Massageou sua nuca, estava cansado para dizer o mínimo, já fazia semanas que Bruninho estava trabalhando tanto para o inicio da Play 9, como para o canal do próprio Felipe neto, claro só estava completando o quadro de funcionários no canal oficial de seu chefe e o dinheiro extra era com certeza era muito bem vindo.

    Mas a rotina dupla estava esgotando suas energias, e desde que esta rotina começou ele simplesmente não tinha tempo para mais nada, não via seus amigos, não bebia, não fumava, não ia a encontros, ele realmente estava focado no trabalho, dedicando tudo de si.

   Claro que apesar do cansaço, Bruninho realmente estava orgulhoso de si mesmo, era um emprego muito recompensador, tanto na questão financeira como pelo reconhecimento que recebia, o que fortalecia sua vontade de se dedicar cada vez mais.

    Porém tinha um problema, um problema que Bruninho já avia tentado resolver várias vezes, e este era um problema que estava acabando com sua sanidade pouco a pouco, e quanto mais o tempo passava, mais o moreno ia perdendo a cabeça.

   Tinha tentado resolver isto de várias maneiras, mas quanto mais tentava solucionar isto pior ficava, o que realmente o irritava. Bruninho era uma pessoa paciente e despreocupada a maior parte do tempo, sem contar que raramente em sua vida cismava com algo, ou nesse caso alguém.

    E a sua dor de cabeça tinha um nome: Samanta Lima, já conhecia a morena a muito tempo, porém foi apenas quando começou a participar ativamente do canal de Felipe, que realmente se aproximou da morena, o que se soubesse das consequências na época com certeza não teria feito.

    Tudo começou com pequenas e inocentes brincadeiras apenas para irritar a mulher, o que ele tinha que admitir ser hilário, tanto pela falta de paciência da menor como pelas suas reações genuínas, Samanta parecia querer estrangula-lo o tempo todo, o que rendia várias gargalhadas de todos que presenciavão a cena, e as brincadeiras de ambos já tinham virado rotina na vida de todos.

     Consequentemente se tornaram grandes amigos, o que até aí estava tudo ótimo, o problema realmente começou quando Bruninho começou a reparar na mulher  e pouco a pouco Samanta foi invadindo seus pensamentos, tão lentamente que o moreno só tinha se dado conta quando já era tarde de mais, quando se deu por si a vegana já tinha invadido seus sonhos mais eróticos e isto somado com uma rotina extremamente restrita ao trabalho, tinha resultado a alguém fissurado na morena.

    E para ser honesto não se lembrava como as coisas tinham chegado aquele ponto, sempre soube o quanto a morena era bonita, obviamente não era cego, e Samanta chamava a atenção de qualquer um, mas antes que se desse conta, Bruninho se viu enfeitiçado pela morena, suas pernas travavam quando ela chegava muito perto, seu coração acelerava e suas mão formigavam em anseio para sentir a pele macia da morena entre seus dedos.

   Perdera as contas de quantas vezes avia se aliviado pensando na menor, imaginava seu sabor, seu cheiro, seus gemidos próximo a sua orelha, queria sentir-se entre as pernas bronzeadas, queria saborear seu interior de maneira intensa, desejava beijar cada parte da morena. E quanto mais o tempo passava, mais os seus desejos por por ela cresciam.

    Levantou-se de sua mesa ao terminar de guardar suas coisas, olhou pela janela constatando em fim o quão tarde estava, suspirou já sabendo que era a única pessoa na Netolab, não era a primeira vez que era o último a sair. Deixou a sala apagando a luz, caminhou calmante pelo corredor escuro sem preocupações, conhecia muito bem o caminho, ao chegar no elevador entrou, apertou o botão do subsolo onde ficava a garagem.

    -Ei espera.-

   Se surpreendeu com um grito ao longe, e embora estranha-se que ainda tivesse alguém ali naquele horário segurou a porta do elevador. Levou mais algum tempo até que a figura disforme se tornasse reconhecível, já que a única luz que avia no local era a que vinha do elevador, engoliu o seco ao se deparar com Samanta surgindo no ambiente.