Capítulo 2

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     "Romantizam o desemprego
A sociedade vive com medo
De viver nesse enredo
Governo, veneno
Matando os que vem do gueto
Sem punição, ainda falam que isso é uma lição
Pra quem vive no mundo de aflição
Escola sem noção
Professores sem amor
Ensinam na base do grito ou do terror
Quem precisa de juízo são esses monstros sem pudor
Dinheiro é pra quem é rico
Igualdade?
Tá bom meu senhor"

     "Aqui se mata por política e os cara mete o pé
Querem calar nossa voz mas não somos Migué
Polícia encostando do lado querendo acabar com minha fé
Axé
Aqui ninguém vai ficar calado
Somos guerreiros de fé
Lutamos juntos e misturados, vamos ficar de pé."

     "Gasolina a 7 reais
Pago pra ir trabalhar rapaz,
No país com os maiores carnavais,
O salário mínimo não paga nem o básico de uma vida digna mais.

Quem me dera eu Fosse Pedro Álvares Cabral,
Teria inventado um mapa para as ilhas orientais,
Deixaria os índios em paz,
E não criaria guerras nesse mundo de paz."

     "Se tu nao entende o conceito
Te respeito
Canto aquilo que tenho no peito

Não sou Felipe Ret
Mas cmg elas dão match
Na pior das hipóteses
É uma foda e depois some."

     "Ontem enquanto dormia sentia a leve brisa e o frescos.
Queria sair durante a noite só pra te ver, te achar e me perder de novo dentro de você
Já não sentia mais nada enquanto deixava de me perceber e receber
Entende algo do que tento te dizer?
Não é questão de ser ou não ser,
Enquanto sua razão é o que você deixa de entender o coração começara a sofrer.

Em quantos desenhos vou ter que te reescrever e perceber que não consigo mais me entender?
Se está aqui agora então venha me ver.
Por que se está querendo me matar isso então você não vai ver.
Estou ao ponto de me reconhecer.
Me deixar livre e me permitir viver
E quando eu me for vocês vão ver
Que eu ainda posso ser tudo o que eu queria ser.
Algumas coisas e pessoas vão duvidar de mim, e de vocês,
Mas é aí que temos que nos manter fortes e lutar para sobreviver.
Nesse mundo de ninguém.

Enquanto ele escrevia e lia algumas coisas que se anotava em sua caderneta,
Ela brincava e se amava debaixo do chuveiro,
Era incrível como se misturavam os cheiros
E em meio a seus pequenos devaneios
Teria também seu lado forte e corajoso de sentimentos.
Ela não era um romance, mas era um bom momento.
E mesmo quando se despedia quando o sol nascia, era renascimento.

Sou só ideias
Nem sempre penso que são sérias
Mas a essa enquete eu te pergunto qual matéria?
A negra ou a escura, que se vê e se escuta
E dentro da labuta trabalha como puta
Vem me dizendo então
Que não sou compaixão?
Quando eu precisei sei quem me estendeu a mão
Assim como aceitei que deveria ajudar, irmão.
Sou humano e fraco e cego,
Por isso não levei a sério.
Mas pode me chamar de louco
Se eu quiser poderei ser ainda mais um pouco.
Saber que sou só eu quem posso me ajudar de novo.
Nem sempre sentei para ver o quanto sou um tanto antipático,
Não sei
Eu sei me derreter e me deixar viver sem temer,
Mas ao quanto passo descompassado e enigmático que me refez?
Eu sei que sou mais forte que esses outros que tentam ser,
Sei que sou mais forte do que deveria ser.
Mas onde vou por ti?
Ou por que deveria ir?"

     Crise:

      "Eu sinto meu coração disparando
A minha respiração ficou pesada
Eu continuo chorando
Mesmo quando dou risada.
Estou escutando novamente
Vozes na minha mente
Elas gritam e me deixam perturbado
Tento me manter ocupado.
Eu consegui sair da cama
Meu quarto com cheiro de lavando
Consegui sair de casa
Minha vitória nessa estrada."

Pensamentos soltos de um cão de ruaOnde histórias criam vida. Descubra agora