Capítulo 1

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Luffy queria paz, exatamente isso. Logo ele, um cara elétrico e inquieto, animado até em situações críticas. Mas isso veio após seu primeiro filho, que acabara de completar um ano e onze meses — pertinho de seus dois anos —, o pequeno Kotora. Mesmo sendo uma cópia perfeita de seu marido, ele tinha muita energia, tanta que cansava o próprio Monkey, e isso surpreendeu muitas pessoas que conheciam Luffy muito bem. Trafalgar também não facilitava o trabalho, mesmo que ajudasse bastante o moreno em questão de cuidar da casa, trabalhar, e olhar Kotora, Law era outro que irritava o pobre Monkey. Law é carinhoso, cuidadoso, amoroso e tudo de bom, mas quando queria ser chato ele sabia ser.

Agora Luffy estava descansando após ter arrumado o quarto do casal, sentado no sofá da sala e relaxando. Sorriu tranquilamente e fechou seus olhos, finalmente paz. Pena que seu sossego acabou ao escutar de longe um choro infantil, seu olfato materno não falhava, provavelmente era o de Kotora e algo havia acontecido, o pequeno não chorava sem motivos. Logo entrou pela porta principal e apareceu escorado na parede da entrada da sala Trafalgar, que carregava com si no colo uma pequena cópia sua. Kotora tinha lágrimas não derramadas, e um biquinho choroso nos lábios, seu nariz também escorria, logo o bebê estendeu os braços até Luffy, pedindo por colo.

— O que aconteceu? — o mugiwara perguntou quando Law entregou a criança nos braços do menor.

— Ele caiu. Fui prestar atenção nas baboseiras e brigas bobas de Ace-ya e Eustass-ya, acabei desviando o olhar por um segundo e ele foi correr... — suspirou e explicou, se sentando ao lado de seu amado — Eu falei para ele não correr.

— Ele é um bebê, Torao. Você que é o culpado! — exclamou olhando irritado para seu marido, e depois olhando para seu filho que ainda soluçava — Passou, Kotora... passou. — abraçou o pequeno.

— Não é culpa minha... talvez um pouco... — resmungou, mas logo foi contrariado.

— Mama, peito! — Kotora pediu, segurando na alça da camisa de Luffy.

O Monkey entortou a cara e franziu o cenho, mas levantou sua veste e deixou que o pequeno saciasse sua fome. Era normal ouvir essas frases no dia a dia, mas isso também irritava Luffy. O mal do mugiwara era ceder fácil demais ao seu pequeno, talvez fosse de família, já que Crocodile — mesmo negando — também permitiu que o citado de antes mamasse até seus três anos, apenas conseguindo tirá-lo na força do ódio.

— Tenho que parar de amamentar ele assim, meus peitos doem... e eles são pequenos, Kotora já tem dentes e isso machuca quando ele morde. — murmurou frustrado.

Law segurou o riso, e isso não passou despercebido pelo esposo.

— Do que está rindo, Torao?! Isso dói! — brigou com ele, pegando uma almofada ao seu lado e batendo na cabeça de Law.

— Calma, calma. — retirou o objeto macio das mãos de Luffy, tentando acalmar ele — Desculpe, não vou rir de novo... — comprimiu os lábios.

— Tá mentindo, né?

— Não, não...

— Imbecil.

Logo um resmungo de dor saiu de Luffy, Kotora havia lhe mordido forte.

— Hum, Lu-ya. — Law o chamou, ouvindo apenas um murmúrio como resposta — Você sabe o sabor do seu próprio leite? — indagou, encarando os olhinhos redondos fitarem os seus.

— Isso é uma pergunta séria, ou tá tirando uma com minha cara?

— É séria.

— Bom, eu não sei, nunca me perguntei isso... — tombou a cabeça levemente para trás, pensativo — Ah tanto faz, pergunte pro Kotora daqui a alguns anos.

O Mini Law e o LawOnde histórias criam vida. Descubra agora