Capítulo Único

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O alfa olhava para o ser minúsculo fixamente, mal piscando os olhos com medo de perder alguma coisa.

- Ele é tão pequeno. – Falou, olhando para o pequeno bebê que dormia pacificamente no berço, com sua chupetinha amarela na boca. – Olha o tamanho dessas mãozinhas, são tão gordinhas. – Diz, virando a cabeça para o lado ao sentir o cheiro do seu ômega no quarto. – Oi bebê.

- Oi alfa. O que está fazendo aqui? – Perguntou, abraçando o alfa por trás, esfregando sua bochecha nas costas dele. – Estava procurando por você. – Diz, inclinando a cabeça para o lado, vendo seu filhotinho dormindo todo encolhido no berço.

- Eu só vim dar uma olhadinha nele e acabei me perdendo no tempo. – Falou, sorrindo pequeno. – Eu estava admirando o quanto ele se parece com você.

- Ele é uma mistura perfeita nossa, né? – Pergunta, saindo das costas do alfa, ficando ao lado dele. – Olha, ele tem sua pintinha, seus olhos grandinhos.

- Ele tem suas bochechas, os dedos pequenos e gordinhos. Ele até puxou o seu tamanho. – Falou, rindo baixinho quando seu ômega o deu um tapinha no peito. – Tão pequenininho.

- Não começa, alfa! – Repreendeu, bufando baixinho. – Eu não sou tão baixo assim. – Resmunga, olhando para seu filhote. – Seu pai é um bobo, neném.

- Não fique bravo, amor. Eu só disse uma verdade, ué. – Falou, abraçando seu ômega pela cintura. O alfa cheirou o pescoço branquinho, dando uma leve mordidinha no local sentindo o ômega arrepiar. – Eu amo você, ômega.

- Eu também amo você, alfa. – Falou, sorrindo bobamente. – Mas não me chama de baixinho!

- Tudo bem, eu não chama você assim... Baixinho. – Falou, se afastando do ômega com rapidez, antes que levasse outro tapa. – Quase!

- Alfa abusado! – Chiou, cruzando os braços batendo o pé no chão. – Você pode vir aqui, mocinho! – Mandou, apontando com o dedinho gordinho o lugar a sua frente, olhando para o alfa com raiva, seus lábios franzidos em uma linha.

- Eu não, você vai me bater. – Falou, negando com a cabeça dando alguns passos para trás. – Não sou nem doido de ir aí.

- Eu não vou, besta. Pode vir aqui agora. – Manda, colocando as mãos na cintura. – Vem logo alfa. – Manhou, fazendo beicinho.

Mesmo correndo risco de levar um tapa, o alfa se aproximou rapidamente do seu ômega, o puxando para si.

O ômega abraçou a cintura do alfa, afundando seu rosto no peito dele, sentindo o cheirinho gostoso do seu alfa. Ele até ronronou dengoso, esfregando o rosto ali.

- Me sinto cansado... – Sussurrou, bocejando inclinando seu corpo para frente, ficando completamente apoiado no corpo do alfa. – Colo.

O alfa arregalou os olhos, se dando que não era para seu ômega estar ali, mas descansando no ninho. O alfa se abaixou, pegando o outro no colo.

- Vou levar você se volta para o ninho. – Falou, dando uma última olhadinha para o filhote, que nem ao menos se mexeu mesmo com toda a movimentação no quarto. – Até daqui a pouco, filhote.

- Tchauzinho filhote. – Falou, acenando com a mão, mesmo que o filhote não fosse ver. O ômega bocejou, afundando o rosto no pescoço do alfa, se aninhando no corpo forte. – Quero dormir.

- Então durma, querido. Eu fico de olho no filhote. – Falou, saindo do quartinho do neném, indo para o quarto ao lado.

- Você me acorda? – Pergunta, descendo do colo do alfa, indo se deitar no ninho.

- Se for preciso sim, ao contrário disso, não. – Falou, puxando a coberta cobrindo o corpinho do seu ômega, aromatizando o quarto. – Vai descansar, bebê. – Diz, se deitando ao lado do ômega, o abraçando pela cintura.

- Alfa. – Manhou, fazendo biquinho. – É para você me acordar!

- Bebê, se eu ver que não vou dar conta de cuidar do nosso filhote sozinho, eu prometo que acordou você. Mas, ao contrário disso, eu não nem vou mexer com você. Eu vou saber me virar, ok? – Falou calmo, acariciando a cintura do ômega, soltando seu cheiro no quarto para deixar o ômega mais calmo já que ele estava ficando agitado. – Eu não vou acordar você sem necessidade, você precisa descansar também. Você mal dormiu ontem porque estava preocupado com o filhote.

- Eu só quero ser um bom pai ômega, alfa. – Confessou baixinho, brincando com os botões da blusa que o alfa vestia. – Eu tenho medo de não ser o suficiente para ele. – Diz em tom choroso.

- Ômega, você é mais que o suficiente. Você é o melhor pai ômega que nosso filhote poderia ter, e mesmo que não falando, ele sente o mesmo que eu. – Falou, puxando o ômega para um abraço. – Não se cobre tanto assim, bebê. A obrigação de cuidar do nosso filhotinho é nossa, e não só sua.

- Eu sei, mas... – Foi interrompido por um selar nos seus lábios.

- Mas nada, ômega. – Falou, dando o assunto por encerrado. – Você é tão bom para nós, amor. – Diz, acariciando a cabeça do ômega, dando alguns selares na bochecha gordinha.

O ômega ronronou baixinho, colando seu corpo com o do alfa, sentindo a quentura do outro fazendo seu corpo amolecer. O ômega suspirou satisfeito, fechando seus olhinhos enquanto sentia seu alfa acariciar seu rosto com as pontas dos dedos.

- Bons sonhos, amor. – Sussurrou baixo, dando um último selar na bochecha do ômega, o ouvindo ressonar em seu ouvido.

[...]

Percebi que meus diálogos estão se tornando melhores. Parecem mais verdadeiros, do que algo falso, sem vida.

Vocês também acham isso? Ou eu preciso melhorar mais?

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