wine and golden shower ─ renmin.

𝑶𝒏𝒆

𝑵𝒐𝒕𝒂𝒔: Oiee, essa história foi inspirada na verdadeira história da Chapeuzinho Vermelho e é um pouco diferente da que nos contam. Digamos que é mais adulta, então os personagens são claramente maiores de idade.

Também está postada no spirit na minha conta @/renkitty!! <3

Boa leitura ♡

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Renjun andava despreocupado, traçava seu caminho em meio à floresta à procura da velha casa amarela onde sua avó morava. Levava consigo uma cesta, cheia de pães e tortas que sua mãe havia preparado.

Sua capa vermelha, um presente da avó, balançava junto das árvores com o forte vento. Com certeza a velha senhora ficaria feliz em vê-lo usando.

Enquanto caminhava, lembrava-se dos boatos que ouvira. Diziam que uma perigosa criatura, bastante sorrateira e astuta, andava pelas sombras da floresta. Contudo, Renjun não tinha medo de encontrá-la. Ele ansiava por isso.

Sempre fora sido um garoto destemido. Amava a sensação de perigo iminente, sentia seu interior arder em desejo. Por esse motivo, dispensava conselhos para que tomasse mais cuidado.

Não tinha medo do lobo mau, afinal.

Foi tirado de seus devaneios desejosos assim que viu aproximar-se cada vez mais da bendita casa amarela. Chegando perto o suficiente, pôde notar a porta destrancada. Adentrou desconfiado.

- Vovó? É o Renjun, trouxe algumas coisas que mamãe preparou para a senhora - exclamou assim que se viu dentro da pequena residência, tirando sua capa vermelha e a pendurando no cabideiro perto da porta.

- Olá, Renjun - disse uma voz rouca atrás de si, fazendo os pelos de sua nuca eriçarem.

Virou-se lentamente, cauteloso, mas não com medo. Em sua frente havia um belo rapaz, pouco mais alto que si, de cabelos negros como a noite.

Ele era bonito e tinha um corpo de dar inveja a qualquer um. De deixar qualquer um com desejo por si.

Observou que em sua cabeça havia um par de orelhas que não pareciam nada com orelhas humanas. Pareciam orelhas de lobo, assim como a cauda, um pouco abaixo de sua cintura em suas costas.

Renjun não conseguia acreditar no que seus olhos estavam vendo. Ninguém nunca havia lhe dito que seres assim, humanos e com características de animais, eram reais e não apenas histórias.

- Onde está minha avó? - perguntou logo após se dar conta de que não havia sinal de mais ninguém ali.

- Ela não está aqui - disse simplista.

- Como entrou aqui?

- A porta estava aberta quando cheguei - disse, mais uma vez simplista.

O Huang pensou por breves segundos. Seja lá quem fosse aquele garoto, estranhamente atraente, não parecia mentir.

- Qual o seu nome? - Estava curioso para com o estranho, isso era inegável.

- Você faz perguntas demais. Por que não tomamos uma taça de vinho?

Renjun o olhou desconfiado. Sabia que ele havia bisbilhotado a casa de sua avó, já que a mesma sempre tinha garrafas de vinho dentro dos armários de casa.