Jess
— Você conseguiu. - Falei orgulhosa.
— Não, nós conseguimos. Sem ti isso não teria sido possível. - Jason me segurou pelos ombros.
— Não sei o que eu faria sem ti. - Disse me puxando para um abraço, que claro, foi retribuído na mesma intensidade.
— Magina, não foi nada de mais.
Indaguei modestamente, como se o que eu tivesse feito dentro daquela sala de reuniões não tivesse sido algo para tanto... Na real, teríamos sido comidos vivos.
— Vou levar - te para jantar e desta vez não aceito desculpas.
Fiz mensão em negar o convite, mas Jason foi mais rápido em segurar minha mão e puxar - me para fora da empresa do agora nosso sócio.
Bom... a essa altura devem estar a perguntar - se qual é a minha relação com Jason, eu conto.
Além de trabalhar como chefe de designer paisagista na empresa de sua família, eu sou também seu braço direito na empresa e claro sua melhor amiga. Na verdade... cá entre nós, tenho uma quedinha por ele, mas ele não faz a mínima ideia disso, e é melhor que continue assim. Seria esquisito se ele descobrisse, sem falar da Natacha que é como uma amiga para mim e a namorada do Jason. Eles dois já estão juntos há um ano e alguns meses, formam um casal perfeito, digno de inveja. Mas isso é já outra história que irão conhecer mais pra frente, agora vamos ao que interessa.(...)
Fomos à um restaurante chinês, na verdade eu nunca havia ido à aquele restaurante, tratava - se de uma surpresa de sua parte. O restaurante era todo de vidro no cimo de uma torre, que proporcionava uma vista incrível da cidade aos clientes.
— Espero que goste desse lugar. - Falou assim que descemos do carro.
— Tá brincando? É incrível. - Indaguei olhando fixo para o topo da torre na nossa frente.
— Vamos?
Obedeci ao seu comando e segui - o até o interior do edifício. Chegando lá pedimos o clássico sushi que com certeza era o melhor que eu já havia comido em toda a minha vida.
Batemos papo de todo o tipo, uma conversa levava a outra, era assim sempre que estávamos juntos.— E aí ele disse que... - Ele estava falando quando foi interrompido pelo som do seu telemóvel.
— Preciso atender, é o meu pai. - Falou segurando o telemóvel. Concordei com a cabeça e assim ele atendeu.
Após terminar a ligação ficamos só mais alguns minutos e em seguida voltamos para a empresa.
Jason estava tão feliz que toda a sua alegria transparecia e o mais legal de tudo é que era contagiante. Jasson era assim, conseguia contagiar à todo muito com suas emoções, fossem elas positivas ou negativas, ele era tão transparente em relação à tudo, menos ao que na minha opinião era o mais importante, o amor. Era um pouco difícil até para mim como sua melhor amiga saber quando ele realmente estava apaixonado, mesmo tendo uma namorada. Apesar dele repetir e demonstrar várias vezes que a amava, algo nele mostrava que o que ele sentia por ela, ainda não era o suficiente para ser chamado de amor.
Bom... voltando novamente ao que interessa, Jason se pronunciou assim que chegamos na empresa:
— Meus amigos! Meus caros amigos! Hoje vocês terão o privilégio de sair mais cedo. Podem tirar um tempo para vocês. - Seu sorriso era de orelha - a - orelha.
— Então, quer dizer que conseguimos as assinaturas para o projecto? - Perguntou um dos funcionários.
— Conseguimos. - Disse Jason explodindo de alegria.
Todo mundo aplaudiu contente. Todos eles, assim como eu éramos muito gratos por ter um chefe tão legal quanto ele.
Seguimos para o andar de cima por meio de um elevador. Enquanto subiamos cantavamos " It wont metter" do The Weeknd, cá entre nós, Jason e eu fazíamos uma dubla perfeita de cover. Pareciamos crianças brincando de The Voice.
Quando por fim as portas se abriram caímos na gargalhada, mas fomos obrigados a manter uma postura séria após nos depararmos com o senhor Gabriel, seu pai que estava aguardando respostas à respeito da reunião, mas que já recebera mesmo antes de nós termos chegado ao prédio.— Os meus parabéns, filho. Você conseguiu convencer aqueles cabeças - duras a assinar. - Disse orgulhoso.
— Não fui eu, papai, foi a Jess. Se não fosse por ela, com certeza eu voltaria de mãos vazias. - Disse piscando para mim.
Correspondi com um sorriso.
Gabriel olhou para mim com uma sobrancelha erguida como se estivesse duvidando das palavras do próprio filho, e em seguida disse.
— Que bom que temos funcionários competentes.
Jason revirou os olhos como sinal de desaprovação.
— Vamos à minha sala, precisamos conversar sobre alguns assuntos. - Indagou Gabriel me olhando torto.
— Nos vemos depois.
Jason disse para mim saíndo com o pai logo em seguida.
Como puderam perceber, Gabriel não vai com a minha cara, na verdade, ele e sua esposa nunca gostaram de mim, seria uma bênção para eles se eu sumisse da vida do filho.Dirigi - me à minha sala para tratar do meu trabalho.
(...)
— Pronto. - Afirmei após ter terminado de desenhar uma planta de um restaurante.
Encostei minha coluna na cadeira, proporcionando à mim mesma um pouco de alívio, por ter ficado inclinada para fente em uma posição desconfortável por muito tempo, isso era tudo o que eu precisava e merecia. Fechei os olhos por alguns segundos. Estava pronta prestes a ignorar o mundo ao meu redor, quando alguém bateu de leve à porta semi - aberta da minha sala. A mulher de pele e olhos negros estava na minha frente. Natacha, o amor do Jason.
— Oi. - Indagou num tom simpático. — Será que posso entrar?
— Claro, sinta - se à vontade. - Retribui com simpatia.
A mulher sentou - se em uma das poltronas em frente a minha mesa, cruzou as pernas e pousou suas mãos delicadamente sobre elas, devo admitir que ela era muito elegante.
— Sabe onde está o Jason? Fui à sala dele e não o encontrei. - Pronunciou -se.
— Ah, sim. Ele está conversando com o senhor Gabriel em sua sala.
— Já estou vendo que vai demorar um pouco.
Natacha pareceu pensar por alguns segundos, até voltar a dizer:
— Aceita um café?
— Claro, porquê não?! - Concordei com um sorriso.
Peguei minha bolça e saímos. Fomos até ao andar que antecede ao que estávamos, pois lá havia uma cafetaria para o pessoal da empresa.
— Fiquei sabendo que conseguiram as assinaturas. Os meus parabéns! - Disse dando um gole em seu café.
— Obrigada. - Também dei um gole do meu. — Poderia dizer que foi nada de mais, mas na real, foi bem difícil convence - los a assinar.
— Eu não entendo nada de negócios. - Falou fazendo meio que uma careta. — Acredito seriamente que vocês deram o vosso melhor, por isso conseguiram. - Completou.
Conversamos sobre assuntos diversos por mais pouco tempo, até ela checar a hora no seu relógio de pulso e decidir ir ver o Jason. Fiquei ainda sentada à mesa e só voltei à minha sala quando terminei o meu café.
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Olá, mis amoree!
O que acharam fo primeiro capítulo?
Espero muito que tenham gostado.É isso, bjss e até o próximo capítulo.😘😘
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Desejo Profundo
RomansAutora: Domingas Pedro Na busca pela verdade sobre o assassinato de sua mãe e o desaparecimento de seu pai e irmão, Jess percebe que o destino ainda não está disposto a trazer - lhe dias fáceis, mas seu amor pelo grande amigo a faz duvidar se realme...