"Eu quero morrer." Ka Er esbravejou para o dispositivo em suas mãos. A tela acendeu, detectando uma pesquisa.
[ 'Resultados para: "Eu quero morrer." 3295 encontrados. Ligue para auxílio à vida.' ]
Ele bufou, clicando no primeiro site e ligando para o número sugerido.
Conversar com pessoas aleatórias que o impediam de cometer atrocidades era quase um passatempo nesse ponto.
"Alô, auxílio à vida, como posso ajudar?" A voz do outro lado da linha soou.
Ka Er respirou fundo antes de dizer, "Sou eu, de novo."
Um silêncio perdurou, até que viesse uma resposta branda, "É a quinta vez nessa semana, já pensou em um psiquiatra?". Aquilo não era mentira, ele realmente se encontrava ligando para o mesmo número frequentemente. Não esperava mais uma ajuda à um bom tempo, era quase como um sonho platônico de que algum dia o resultado seria diferente.
Ka Er desligou a celular.
Uma mensagem, propaganda mais precisamente, apareceu em sua tela.
[ Cansado de uma vida miserável? Bom em videogames? Viva de verdade em um mundo fictício! ]
Apesar de parecer específico demais, ele não viu coincidência alguma. Sem pensar muito, clicou no link que jazia abaixo do letreiro, esperando para se iludir com alguma mensagem de spam que levaria e quarenta e cinco matérias apenas para um final de "daqui a 1000 anos isso será possível!"
Para a sua surpresa, a tela ficou escura.
Ka Er jogou o celular de lado na cama, imaginando que era um vírus. Ele tinha muito dinheiro, mas ainda era cansativo trocar de celular todo mês por conta de erros simples.
De canto de olho, ele assistiu símbolos pequenos brotando lentamente na tela. Um endereço.
Veja só, ele mal saía de casa e não tinha o costume de dirigir, apesar dos carros chiques em sua garagem, herança de uma familia milionária. Acontece que, o endereço era desconhecido, até mesmo para o Google. Parecia apenas um terreno baldio escondido e não tinha informações ou coordenadas exatas, tal como imagens.
Após um único minuto, a tela desapareceu.
Ka Er memorizou a rota, não que ele fosse se arriscar, afinal aquilo era suspeito, assustador, imprevisível e.... perfeito!
Ele foi até o lavabo e se trocou, pegando um molho de chaves no balcão e amarrando uma proteção de elástico no peitoral antes de pular da sacada para aterrisar em frente a garagem. Um pouco estruxulo, mas, com uma memória de peixe, ele dificilmente aceitaria descer cinco andares com elevador, um "risco de esquecer para onde iria".
Na verdade, aquilo era apenas uma desculpa para ter a sensasão de pular de um prédio algumas vezes na vida.
A porta do carro foi elevada um vez que o sensor de proximidade identificou as chaves.
"Certo..." Ka Er analisou com cuidado, tentando se lembrar de seu treinamento na auto-escola. Em pouco, o carro se pôs em movimento e o GPS calculou a rota mais simples para o destino.
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.Em cerca vinte minutos, sendo o local relativamente longe e a estrada estando superlotada, seu desembarque foi em em uma estadia de porte médio, sem portão ou muro, em meio ao matagal acizentado e rente ao chão.
Em frente, um homem com uma feição sorridente e rugas que indicava seus quarenta anos, esperava na porta, "Seja bem vindo...", ele fez uma pausa e leu algo no smartwatch, "Ocularquip!"
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N.P.C! ( New Plan to Consider! )
Lãng mạnStatus: Em Andamento; Ka Er, um jovem milionário de 19 anos, decide apostar a própria vida em um jogo misterioso em troca de uma recompensa;