18 - 𝐈𝐝𝐢𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐞 𝐩𝐫𝐞́-𝐟𝐞𝐬𝐭𝐚𝐬

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THOMAS VOLTOU a ligar na noite seguinte, e na noite depois dela. Conversamos ao telefone duas vezes antes de nos encontrarmos de novo, durante umas quatro ou cinco horas de cada vez. Quando conversávamos, eu me deitava em uma das espreguiçadeiras da varanda e ficava contemplando a lua com os dedos dos pés apontando para o céu. Ria tanto que Jeremiah gritava da janela para eu falar mais baixo. Conversávamos sobre tudo, e eu adorava os papos, mas passava o tempo todo imaginando quando ele ia marcar o próximo encontro.

Ele não marcou.

Então tomei a iniciativa e convidei Thomas para vir jogar videogame e talvez nadar um pouco. Sentia-me uma mulher liberada, ligando assim para ele e convidando-o para vir à minha casa, como se fosse o tipo de coisa que eu fazia o tempo inteiro, quando na verdade estava fazendo isso só porque ninguém ia estar em casa. Não queria que Jeremiah nem Conrad, nem mesmo a minha mãe e as meninas o vissem ainda. Por enquanto, ele era só meu.

"Eu nado muito bem, então não fique com raiva se gente disputar uma corrida e eu vou ganhar de você " falei ao telefone.

Ele riu e disse:

"Estilo livre?"

"Qualquer estilo."

"Por que gosta tanto de vencer?"

Eu não tinha como responder àquela pergunta, a não ser dizendo que vencer era bom, afinal, quem é que não gostava? Convivendo com Steven e passando os verões com Jeremiah e Conrad, era sempre importante vencer, e duplamente importante, porque eu era menina e nunca esperavam que eu vencesse nada. A vitória é mil vezes melhor quando a gente é o azarão.

Thomas veio até a nossa casa e o vi chegando de carro da janela do meu quarto. Seu carro era amarelo, velho e todo amassado. Parecia exatamente o tipo de carro que ele dirigiria.

Ele tocou a campainha, e desci as escadas voando para abrir a porta.

"Oi" falei. "Gostei do casaco"

"Obrigado" disse ele, sorrindo para mim. Era ainda mais alto do que eu lembrava que era.

"Sabe, estava pensando se podia ficar com ele" disse, deixando-o entrar e fechando a porta, eu realmente gostei do casaco  "Mas não quero de graça. Vamos disputar uma corrida, esse eu ganhar, fico com ele."

"Mas se a gente apostar, não pode ficar com raiva se eu ganhar" disse ele, erguendo uma das sobrancelhas para mim. "É meu casaco predileto, e se eu vencer, levo ele de volta."

𝐒𝐔𝐍𝐒𝐇𝐈𝐍𝐄 - 𝐂𝐎𝐍𝐑𝐀𝐃 𝐅./𝐉𝐄𝐑𝐄𝐌𝐈𝐀𝐇 𝐅Onde histórias criam vida. Descubra agora