Civilizados

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Não foi fácil...

Ele poderia ter usado a filha contra o homem, mas quando ousou insistir e decidiu persegui-lo para apenas argumentar, tudo deu errado.

Thranduil tinha um forte orgulho e não gostava de se rebaixar a um simples pedido, ou sequer implorar por algo. Mas ele precisava, urgentemente necessitava daquele homem, mesmo que não aparentava ser o que diziam.

Mas as histórias e como todos o viam, tinha que ter uma parte da verdade, e de todos os assassinos a quem já cogitou em buscar, aparentavam ser suspeitos e suas aparências não ornavam com o patamar em que Thranduil se posicionava..., Bard ainda tinha imagem para o papel.

Mas voltando à cena em que o loiro acompanhou Bard após o café..., se tornou uma tormenta por que o homem sabia do maior segredo do assassino.

— Eu volto a pedir desculpas pelo ocorrido, senhor Bowman! Não foi minha intenção te insultar ou ofender, muito menos queria expor um familiar seu-

Thranduil foi interrompido quando o menor lhe puxou para um beco vazio entre dois casarões, seu corpo sendo jogado contra os fardos de fenos e o obrigando a sentar-se sobre um cubo deles, se assustando quando uma bota pisou entre suas pernas próximo demais de sua intimidade, o corpo do moreno se inclinando enquanto ele estava com um pequeno revólver apontado na lateral de sua face que expressava tamanha surpresa.

Thranduil reconheceu a arma e percebeu quando o homem a agarrou no momento em que foi empurrado para o beco.

— Foda-se suas desculpas de merda! Você agora sabe demais sobre mim e isso não me agrada.

— Não tenho intenção-

Se calou quando a trava da arma foi puxada, seus olhos indo do cano pequeno contra o maxilar até os olhos profundos do homem que se inclinou ameaçador, invadindo desnecessariamente seu espaço pessoal.

Thranduil ainda mantinha sua postura viril, mas aquela posição obviamente lhe desfavorecia, porém, estava totalmente curioso sobre a atitude agressiva do outro e principalmente o quão ágil era.

— Como dizia..., Sr. Bowman, não pretendo denuncia-lo, nunca colocaria a vida de uma criança em perigo e entendo o porquê disseram que você me compreenderia.

— Não, não..., eu não sei o que passa na sua cabeça, mas, não me importa mais nada que vier do senhor. E acredito que saiba o que acontece com quem conhece meus bens pessoais... até cogitei em te deixar vivo, mas você buscou a própria morte ao me seguir!

Bard se afastou para poder mirar no peito do loiro, esse que empalideceu com a decisão.

— Aguarde! Eu lhe disse, não irei falar nada sobre sua fi-

Thranduil engoliu suas palavras para soltar um grunhido surpreso quando o moreno pisou em sua intimidade, esmagando seu órgão enquanto voltava a se inclinar sobre si para murmurar.

— Não abra sua maldita boca para falar sobre isso! Eu estou sem paciência-

— Se acalme, Bard!

Uma terceira voz surgiu, calma e ao mesmo tempo divertida, e aparentemente ambos conheciam.

— O que você quer White?

— Maldito!

Ambos os homens falaram enquanto o terceiro de apresentáveis vestes formais e cabelos quase platinados a escorrer pelos ombros, se aproximou lentamente, olhando de Bard à Thranduil, abrindo mais seu sorriso enquanto arqueava o cenho.

— Que situação Thranduil...

— Vá se foder Haldir!

O loiro imobilizado grunhiu mais uma vez com o aperto em sua virilha, agarrando com ambas as mãos a panturrilha do moreno, tentando afastar a sola que lhe acariciava bruscamente, suas costas curvou enquanto os cabelos caiam sobre a face pouco avermelhada, dirigindo seu olhar irritado ao homem despreocupado acima que apenas lhe olhou desagradado, voltando a fitar o conhecido de ambos.

Far West - BarduilOnde histórias criam vida. Descubra agora