III

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Y o u W/ J u n g w o o | C o f f e e
S h o p.

1 9 H 1 2 M

— Eu me chamo Jungwoo, muito prazer!

Ok, ele era lindo. Mas, eu realmente não estou pronta para sair fazendo amizades ou seja lá o que isso poderia ser, então, apenas sorrio minimamente e viro para encarar a janela. Talvez ele pense que eu sou antipática ou doida, até porque eu permiti que ele sentasse aqui para depois agir dessa forma. Porém de toda maneira desse jeito vai ser mais fácil mantê-lo longe.

— Eu te vi hoje mais cedo, — tá bom, isso merece minha atenção — lá na ópera. Você é bailarina certo?

Eu manti meus olhos fixo nele enquanto ele esperava uma resposta. Merda, agora se iniciaria uma conversa!

— Sim... Sim. — Disse um pouco confusa e sem nenhuma vontade.

— O ensaio foi incrível. — Ele riu.

— Sim. — Eu definitivamente não sei como agir nessa situação.

Ele se virou de volta para a janela mas por algum motivo eu continuei com meu olhar preso a ele. Na verdade eu queria saber o que ele estava fazendo na ópera, mas essa questão talvez levantasse mais outras questões e então se iniciaria outro diálogo. Ele parecia ser uma boa pessoa de verdade, mas eu ainda tenho muito medo e eu tenho motivos para isso.

Em meio á esses pensamentos sinto meu celular vibrar no bolso e o pego para ver quem seria. É o Kun.

"Você já chegou? Me avisa quando estiver em casa e não esquece de quê temos que falar sobre aquele assunto!

Dorme bem, te amo 🤍"

Por um momento eu havia esquecido esse assunto e a chegada estranha daquela carta.

Quando eu ia responder o Kun a voz do Jungwoo me chamou atenção.

— Oh, está chovendo.

Ele disse e deu um longo suspiro. Um que deixava explícito que ele com certeza não odiava dias chuvosos, ao contrário de mim. Na verdade eu nunca entendi porque as pessoas gostam tanto de dias chuvosos. Desde pequena eu sempre odiei dias de chuva e depois de adulta, quando o meu pior pesadelo aconteceu em um dia assim, eu passei a odiá-los ainda mais.

F l a s h b a c k  O n.

8  A n o s  A t r á s | A n t i g a C a s a.

2 0 H 0 3 M

Eu havia acabado de chegar em casa após um longo dia. Eu estudava o dia inteiro e depois da aula eu fazia as aulas de ballet encondido com o dinheiro e ajuda da minha avó materna. Meus pais não sabiam e eu nunca poderia contar para eles pois eu sabia muito bem quais seriam as consequências disso.

Desde mais nova eu aprendi a me virar sozinha pois, durante toda minha vida até hoje eu nunca pude contar com os meus pais. Eu não sei se eu nasci de uma gravidez totalmente indesejada, ou se depois do meu nascimento eles decidiram que eu era um erro, mas eu nunca senti o amor de um pai e uma mãe. Meu pai era alcoólatra e quando chegava bêbado e irritado descontava em mim me batendo até que eu mal conseguisse respirar. Minha mãe nunca impediu que ele fizesse coisas assim e também sempre me tratou com indiferença e como se tivesse ódio constante de mim. Minha avó materna tentava me ajudar como ela podia mesmo após minha mãe cortar laços com ela e ameaça-la dizendo para nunca mais chegar perto dela ou de sua família, mas tinha coisas que nem ela poderia fazer por mim.

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⏰ Última atualização: Jul 19 ⏰

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Simple Love ✦ You and JungwooOnde histórias criam vida. Descubra agora