O Acordo de Milhões - Carrare

Susto

Oi gente, voltei e trouxe a playlist Carrare pra vocês, espero que curtam

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Paula pensou que poderia morrer com aquele beijo, elas já tinham dado selinho para as fotos antes, mas beijo, beijo, nunca! E Paula se arrependeu de não ter sido beijada por ela antes. 

Então, por falta de opção e de ar, elas se afastaram.

"Nossa, uau!"

Disse a Terrare recuperando o ar e meio eufórica.

"É, que coisa, você viu?"

Disse Carmem preocupada.

"Vi? Vi o que?"

"O paparazzi bem ali, eu notei a algum tempo ele olhando nós duas, deve estar tirando foto nossa para algum site de fofocas."

Falou, sinalizando o local que o paparazzi estava, que depois de conseguir o que queria, sumiu.

"Ah, e por isso você me beijou?"

Paula tentou conter a raiva aparente, pois ela não tinha motivos para se sentir magoada, burra e usada.

"É, imagina o que ele escreveria de nós, namoradas que nem se beijam, que não demonstram afeto?"

Enfatizou o namorada com aspas no ar.

"Tá, e por isso você me beijou?"

Paula disse brava, cruzando os braços, já não mais escondendo a raiva que sentia.

"É, igual você fez e faz comigo sempre."

Carmem agora disse parecendo se indignar, porém sem entender o xilique de Paula, já que ela fazia isso consigo sempre que podia.

"Pois é, fazia mesmo, mas eu nunca ia com a língua dentro da sua boca."

"Alto lá! Eu não beijei sozinha, Paulete."

Ambas se encontravam de joelhos, uma de frente para a outra, expressões desafiadoras.

"Eu já falei pra não me chamar de Paulete, sua Cascacu!"

"E eu não falei pra não me chamar de Cascacu? Pois bem!"

Aquele embate teria prosseguido, se não fosse pelo latido do cachorro e ele ter saído correndo pela vasta areia da praia em busca de uma bolinha de tênis, que por sinal, tinha um dono, um grande e belo staffordshire bull terrier que não exitou em avançar o pequeno Totó, Paula e Carmem correram atrás dele, mas não foram rápidas o suficiente, amedrontado, o bichinho correu em direção a calçada, e consequentemente a rua. Carmem tinha ficado estagnada na areia, pois estava apavorada, mas Paula saiu correndo para pegar o pet da Cascacu bem a tempo de salvar o bicho de um atropelamento, o motorista buzinou e gritou algo que elas nem entenderam na hora, o dono do bull terrier até tentou ajudá-las, porém era melhor evitar que seus animais ficassem perto.

"Ele tá bem?"

Carmem indagou com as mãos na cabeça e voz chorosa. Paula que segurava Totó eufórico o examinava, e constatou que que ele estava bem.

"Tá sim, fica calma, meu amor."

Pediu apoiando o bicho em um braço só, o outro braço envolvido nos ombros da mulher, buscando trazer algum conforto.

"Mesmo assim, quero levar ele ao veterinário."

Falou preocupada.

"Okay."