Capítulo 4 - Em quem ele pensa quando...

87 19 24
                                    


                          O Hum Bar está cheio de amigos de Arm e dos irmãos. A festa que começou sem a presença física do aniversariante agora foi transferida para a segunda casa deles. Tem alguns estranhos, mas a maioria da lotação é dos amigos dos Theerapanyakul.

                             Arm demorou para subir ao palco, mas quando começou tocar, cantou todo um repertório de musicas nacionais e internacionais. Sua felicidade é tão grade tocando que Kinn sempre questiona o motivo de ele ter desistido da música e seguido a carreira administrativa,

                            Khun e Kim que estão sentados próximo  à Big, conversam em seus códigos. 

                          — Kinn fala como se ele não fosse o único a conhecer o que fere nosso outro caçulinha...Eu fico tão triste quando não o vejo sorrir, Kim. Dá uma tristeza. Acho que se mãe tivesse viva, ela já teria resolvido a vida dele...

                         — Não sei, Khun. Mãe tentou ajudar, mas só livrou ele da depressão. E depois, ela morreu tão perto da mudança dele que nem dá para  gente tentar ajudá-lo...

                           — Pol acha que a culpa é do Ken...

                           — Não estranharia, irmão. Até hoje não entendo Big andar com ele. Big é como um rei da luz, andando com um súdito do reino das trevas, sinto as garras de  Ken envolvendo a minha vida quando penso nele... Ken é o próprio demônio e ainda bem que Kinn não agencia a carreira dele.  Quanto mais penso nisso, mas tenho certeza que esse ser asqueroso feriu nosso irmãozinho.

                         Embora eles falam baixinho, Big ouve e pensa em Ken... Poucos minutos antes ele tinha mandado mensagem reclamando que o namorado tinha ido à festa de seu arqui-inimigo e o pianista apenas visualizou. Estava ali por Kinn e não por Arm.

                       Olhando agora Arm feliz, cantando com Chay, fez ele retornar ao início da tarde, quando entrou no quarto do guarda-costas e o viu se masturbando...

                      — Em quem ele pensava enquanto se aliviava? 

                     Houve uma época em que Big se aliviava pensando nele... Mas foi antes de tudo. E Big era só um jogadorzinho de basquete do Ensino Médio e não o homem maduro que é agora. As criancices ficaram para trás... 

                    Só que aquela ereção era considerável! Arm era um falso mignon. Um desperdício para um viadinho qualquer  que não saberia usar todo aquele potencial.

                    Nova mensagem de Ken, dizendo que está lá fora o esperando. Que morra esperando... Se ele sair e Ken encrespar, ele vai socar o outro por causa de suas frustrações. E ele não quer desfazer de Ken... É sexo certo e seguro, mesmo que com menor frequência que Big espera de um relacionamento.

                Um outro frequentador olha para Big guloso. Desde que Kim o convidou para sentar com eles, o homem o olha com ganas de comer o pianista. Fingindo não olhar, ele começa a verificar o material disponível, Ken e suas mensagens se repetem no celular silencioso deixado na mesa. Ele está merecendo uns chifres...

               Big levanta e pedem que cuidem de suas coisas. Kinn olha triste para o amigo. Mesmo no dia do aniversário de Arm ele vai fazer isso? O amigo sai  e é seguido pelo paquera estúpido que pensa que vai mesmo "papar" o Espigão. 

               Os olhos triste de Kinn segue o olhar de Arm e vê que o irmão engole em seco, antes de fazer o solo de "November rain". Porsche que estava na bancada. conversando com os amigos, volta para a mesa e segura a mão do marido. Eles sofrem enquanto ouvem Arm cantar sua "Guns N' Roses".

                No banheiro, ouvindo ainda a voz de Arm se derretendo em dor, Big, insensível ao que faz ao outro, maceta o estranho que tinha certeza que o levaria dali.

                 — Poxa, mister Big, eu que queria brincar de papai!

                 — Você com essa pose de cadelinha acha que ia me traçar? Está brincando! Se quer é isso e não quero ouvir sua voz, amo essa música e sua voz chata me atrapalha. 

                  Sim. Big gosta da mesma música. E gosta mais na voz melodiosa de Arm. Vai foder esse desconhecido desgraçado que ousou interferir em seus pensamento, mas é de boca fechada. Quer ter por som desse momento, a música de sua vida... 

                 Quando  o homem geme mais alto, interferindo em sua audição, Big quase o estrangula e o homem controla seu gemido por não ser fã desse tipo de sexo. Já vai ser difícil não poder contar que traçou Big Nodted, mas ao menos teve o prazer de conhecer seu pau e sua mão violenta.  Big montou o homem até o cansaço e viu Arm refazer a introdução e voltar ao início da música.  Tinha que lembrar de agradecer... Ás vezes ter o irmão do amigo por perto era até prazeroso... Uma foda musical, mesmo que não com quem ele queria... Big saiu de cima do cara, se livrou da camisinha, se limpou e o cara todo satisfeito, virou-se para ele, cheio de esperança:

                    — Sem beijo só a primeira vez, mister Big.

                    — Quem lhe disse que vai haver uma segunda? — Big se olhou no espelho e voltou para o salão. No caminho pediu um vinho.

                    Sentou-se ao lado de Kinn e Kim e sorriu duro, sem alegria. 

                    — Pena que a música acabou... — Kim, mesmo sem entender porque odiou o amigo naquele momento, foi para o palco cantar com o irmão. De alguma forma sabia que o irmão mais amado, precisava dele agora.

                     Arm sorriu...

                    — Estava querendo mesmo cantar contigo caçulinha dois... — Kim o abraçou com alegria e viu a o sorriso voltar ao rosto de seu protegido.

                    Kinn sorriu para o marido. Aparentemente o pior tinha passado.

                     — Amor, engraçado como Kim é mais novo que Arm, mas sempre o protege! Parece mesmo que estão ligados como caçulinhas que são. — Porsche ama a amizade entre os cunhados, mesmo que Arm sempre acabe se afastando, a família vive de o laçar de volta ao seu meio.

                  Big nunca entendeu essa relação, mas se para eles que são família isso funciona, ele ia sempre respeitar, mesmo que não suporte mais Arm.

                  De novo, feito loop, a pergunta volta:

                 — Em quem ele pensava quando... 

                 Viu os olhos de Kinn sobre ele e disfarçou ao perceber que ia fazer a pergunta em voz alta.

                 — Estou pensando em ir para casa... Estou cansado, meninos.
                 — Tudo bem. Vai com um de nossos carros, Espigão. depois eu levo Arm. 

                 Big saiu com raiva de seu descuido... Estava querendo tocar algo também, mas agora estragou tudo. 

                Maldita curiosidade que me consome! Se  fosse com Kinn, Kum ou até Pol, perguntaria até no Twitter, mas ele nem tinha Arm nas redes sociais. Ken tinha bloqueado...


O Fruto Proibido  1                                 #BigArmOnde histórias criam vida. Descubra agora