Capítulo 42
Pedro
Eu realmente não entendo... até um dia desse eu vi Emma embarcando no avião para ir embora. Como ela poderia estar aqui? Isso não faz sentido! Será que estou me sentindo tão culpado pelo o que fiz com ela que estou ouvindo a sua voz como uma alucinação? Isso faria mais sentido, mas...
Por que ela estaria gritando para soltarem ela? Puta que pariu! Essa dúvida está me corroendo!
"Pedro... está me ouvindo?"
Ouço Lucas questionar na ligação, com a voz de quem está preocupado, porém estou apreensivo e nervoso demais para lhe responder, por isso apenas desligo, pondo o celular no bolso enquanto seguro a arma com força, caminhando até o carro em que ouço a sua voz..
E ela parece estar chorando! Mas que porra está acontecendo? Eu devo estar ficando louco...
E eu estava me aproximando lentamente, apreensivo enquanto buscava uma explicação lógica para o que estava acontecendo até que ouvi um baque vindo de um carro, como se alguém tivesse se batido na porta e logo em seguida o seu grito. Isso foi o suficiente para me fazer correr, pois independente de ser ela ou não, não posso ficar parado ouvindo algo assim.
E quando eu dei a volta no carro, me deparando com a porta do motorista aberta, o meu sangue gelou instantaneamente com a imagem que flagrei, junto com as batidas do meu coração que por alguns segundos, eu senti que haviam parado.
— SEU MALDITO FILHO DA PUTA! — Grito, sentindo o ódio correr pelas minhas veias enquanto tiro o arrombado de cima da minha garota.
Ela estava se contorcendo debaixo dele! Ela estava gritando aos prantos, mandando ele parar, mas o filho da puta do chefe dela estava tocando em seu corpo como se não se importasse.
E isso me fez ter um acesso de raiva tão intenso, que nem vi ou pensei, apenas joguei o arrombado no chão, acertando socos em sua cara sem ter consciência de quando deveria parar. Apenas queria matar e fazer ele sofrer por uma eternidade.
— Nunca. Mais. Toque. Nela, SEU ARROMBADO FILHO DA PUTA!
Continuei lhe acertando socos, sentindo o sangue escorrer pela minha mão enquanto o maldito do Jeffrey continuava a gemer de dor debaixo de mim.
Ele luta para me tirar de cima dele... mas seu rosto sangrando em minhas mãos não lhe dão muita alternativa.
— PEDRO! PARA, POR FAVOR. VOCÊ VAI MATAR ELE!
Estou cego! Cego de ódio! Quero matar esse imbecil, mas... a voz de Emma desesperada é como uma facada em meu coração, e a dor é tão grande que eu busco trazer ar para os meus pulmões, tentando não pensar na maldita cena que eu acabei de flagrar.
— Por favor... não vale a pena. — Mais uma vez Emma implora, e é quando eu olho para baixo, cessando os socos e fazendo Jeffrey buscar por ar, se contorcendo de dor.
Não... isso vale a pena! Vou matar cada desgraçado que pôr as mãos indevidamente em você, principalmente aqueles que você não queria que lhe tocasse... mas não quero que veja o que eu pretendo fazer com o seu chefe.
Também não posso ser precipitado e matar ele no soco quando quero vingança.
— Desgraçado! — Cuspo em sua cara, me levantando com dificuldade por conta da adrenalina que ainda corre pelas minhas veias.
Evito olhar para Emma, me virando de costas para a mesma enquanto tento me acalmar. Não quero descontar a minha raiva nela, mas estou descontrolado além da conta... estou sentindo um desejo imenso e quase insuportável de matar alguém... quero matar esse maldito agora mesmo!
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RENDIDA - PARTE 2 - CRIMINOSOS EM SÉRIE (Concluída)
Romantizm"Eu acho que vou sentir sua falta para sempre, como as estrelas sentem a falta do sol nos céus da manhã." Sem rumo e destruída; foi assim que me vi após fugir do único homem que fazia o meu coração palpitar, pois além disso, ele também era o motivo...