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Eu não consigo me esquecer...

Do dia que isto tudo começou.

Eu estava em meu quarto dormindo, como qualquer outro adolescente de 16 anos estaria em uma manhã de sábado, quando minha mãe bate em minha porta e diz.

- Acorde Malia

Ela sorriu pra mim naquela manhã, tão doce, com sua roupa suja de trigo, e seus cabelos curtos avermelhados.

- Bom dia mãe

Levanto toda descabelada como sempre, ela senta ao meu lado na cama e diz as mesmas palavras, aquela frase que conforta meu coração até hoje.

- Minha filha, você está tão linda, mesmo descabelada, você sempre será o meu bebê.

Me deu um longo abraço, um abraço diferente, um afeto diferente, nunca pensei que seria o último...

- Levante, eu fiz panquecas, coma enquanto ainda estão quentes

E apenas sorriu

- Já estou indo mãe

Fui de encontro a ela, sentei ao seu lado e comi as panquecas com canela, sempre amei canela

- Minha filha, Eu vou ao centro da cidade fazer algumas compras, gostaria de ir?

{Por que? Por que? POR QUE DIABOS, eu tinha mesmo que estudar para as provas? Este seria o meu último dia normal, as merdas das faculdades não existiriam mais, escolha ir, ESCOLHA IR}.

-Eu queria mãe, mas tenho que estudar para as provas finais lembra?

{Sua burra, BURRA}

-Tudo bem filha, então eu já vou indo.

Passou a mão em sua roupa que estava meio manchada de trigo.

- Está bem mãe, vá com cuidado

Quando ela estava na porta, com sua bolsa marrom pendurada em seu ombro direito, disse.

- Filha, (sorriu) Eu te amo

Fechou a porta e saiu.

{Malia, por que você só não a impediu?}

Eu, como estava muito cansada voltei a dormir, quando eram umas 12:00, Acordei com um barulho muito alto, muito alto mesmo, como se alguém estivesse gritando. Olhei da janela do meu quarto, e vi muitas pessoas correndo para lá e para cá, perdidas desamparadas. Até que

- O que está acontecendo?

PAAAA

Uma visão, horrenda, um homem choca a sua cabeça contra o vidro da janela do meu quarto, ele tinha olhos cinzas, quase todos brancos, sua pele... Sem vida, ele parecia não sentir dor arranhando seu rosto com suas unhas, e batendo com sua cabeça contra o batente da janela.

Eu cai horrorizada no chão, gritando minha mãe, corri para sala e comecei a chorar, minha mãe não estava em casa, peguei o controle da televisão em minhas mãos trêmulas e liguei a TV no canal de notícias, e as primeiras palavras que escutei foram.

NOTICIÁRIO_
APOCALIPSE ZUMBI, Não temos grandes informações, mas não saiam de casa, repetimos não saiam de casa, está acontecendo uma ordem de pessoas "loucas" que parecem ter sido infectados por um vírus, os seus olhos são completamente brancos e cegos, sua pele verde escura, mas não se deixe enganar, sua audição é capaz de identificar passos a longa distância. SHIIIIIIIIIIIII, Está a vendo uma interferência SHIIIIIIIIIII, Não saia de casa, não seja arranhado, nem mo SHIIIIIIIIIII MORDIDO.

{E assim, foram as últimas palavras que eu escutei sobre a invasão}.

Comecei a chorar, desesperadamente, a única coisa em que eu pensava era, onde estava minha mãe.

Logo depois ouvi barulho de chaves

Corri até a porta e vi que era minha mãe.

- MÃE, graças a Deus, onde você estava? Você está bem ?

Minha mãe ofegante diz

- Filha, está uma loucura lá fora, tentei chegar perto do trabalho da sua irmã, mas não consegui todos estava correndo desses monstros, desses zumbis.

-Z-Zumbis ?

- Filha a mamãe está bem ok, estou aqui.

-Como pode estar tão calma? O noticiário diz que não podemos ser modidos nem arranhados.

- Eu sei filha

Diz ela pondo seu braço atrás das suas costas.

-Eu preciso que fiquei com isso filha.

Entregou em minhas mãos uma espécie de caderno, cheia de anotações.

-A mamãe precisa ir agora

Com lágrimas nos olhos ela disse

- IR? COMO ASSIM IR, PARA ONDE? EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ SAIR, NÃO COM AQUELAS COISAS LÁ FORA.

-Eu preciso ir filha...

Desabou a chorar e me abraçou forte

- O que a mamãe sempre falou ? Hum

- E-Eu te amo mais que tudo

Ela me mostrou o seu braço, e nele tinha uma mordia funda e que já estava preta.

-M-Mamae, por favor não faz isso fica aqui comigo!

- Por eu te amar eu preciso ir, tranque tudo, não abra a porta pra ninguém, nem mesmo pra mim, fique aqui o quanto puder, não confie em ninguém e nunca, nunca pare de lutar. Eu te amo minha filha.

Me abraçou forte, mais forte do que nunca, e me empurrou para longe da porta.

- MÃEEEEEEEEEEEE

Corri para a janela da cozinha, e ela estava lá no meio da rua me dando tchau, com aquele sorriso, aquele sorriso no rosto...

Comecei a chorar, eu não podia sair, ela mandou eu ficar aqui. Eu não sabia oque fazer além de chorar, pensei em sair e me juntar a ela e esperar a morte.

Quando ia abrir a porta, lembrei do seu caderno, aquele que tinha me dado.

Com lágrimas nos olhos e já não sentindo mais minha pernas, abri a primeira página do caderno.

- Malia, se você está lendo isso, é por que eu morri...

*Notas*

Oi, espero que tenham gostado, está é minha primeira história com a tag horror, então sejam gentis kkk, deixem seu comentário e me ajudem a melhorar. Tchau




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⏰ Última atualização: Jul 16, 2022 ⏰

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