O Surto
Jonas
As palavras de Adriel não saiam
da minha cabeça, pois tudo o quê ele falou no final daquele vídeo, me trazia uma sensação de familiaridade, já que ele agia exatamente como a minha mãe, antes dela se mutilar até a morte. Será que ela não estava louca e sim se envolveu com eles? É o quê me pergunto enquanto a caneta bate freneticamente contra o papel do relatório de um paciente.Ela sempre disse que os seres
divinos eram bons e que devíamos confiar neles. Mas nos seus últimos meses de vida, passou a mudar a narrativa e reclamar de uma perseguição por parte do mundo oculto que, se tornara intensa ao ponto dela manifestar surtos
contínuos sobre seres que, estavam a espreita, esperando a hora e o lugar para tirá-la da minha vida.O problema é que, isto
desencadeou o meu ceticismo.
Já que passei a estudar sobre os males psicológicos quando ela foi internada, e assim vi que, nada do quê me falava era real. O meu pai não era um deus, e sim um homem. Eu não nada mais que um humano, e tudo o quê me foi dito sobre o meu destino na terra, não passava de uma fantasia que ela construiu, para tornar sua vida menos
sombria.Pra piorar os médicos gravaram
os seus ataques, para me provar que não estavam lhe machucando, e quando a vi gritar para o nada, tive
a certeza de que de fato precisava de ajuda, e que alimentar seus devaneios
apenas a fazia piorar. Sendo assim
me vi obrigado a esquecer das minhas crenças, e me dei a missão de fazê-la encarar seus medos, para voltar
ao normal.Agora só me resta o arrependimento, e perguntas que apenas uma pessoa pode responder, e espero mesmo que apesar das nossas diferenças ela seja sincera e me ajude a descobrir se, minha mãe tinha alguma ligação
com a mesma seita que, destruiu
a vida do padre boca suja e
a sua.De novo esperei até as 19:15. Quando todos saiam, e para não levantar suspeitas assisti a outra palestra ao vivo de Balthazar Mendes até o momento de fingir que perdi a hora. Tudo estava escuro nos corredores, e logo ela viria até o bebedouro. A aguardei. Afinal depois da nossa última conversa, talvez não tivesse problemas em me responder á algumas perguntas. Contudo a senhorita Amato não apareceu. Será que havia resolvido ir dormir cedo?
Me desanimei e optei por ir embora. Só que enquanto caminhava em rumo a recepção a vi passar perseguindo a própria sombra. Estava tendo um surto psicótico? Onde Armando tinha se metido nestas horas? E por quê ninguém estava lhe vigiando? Poderia ser perigoso andar por aí sem saber onde se localiza, por isso a segui em rumo a cozinha. Para o caso de quê pegasse em algum em algum objeto cortante ou tentasse subir no telhado sem perceber.
_Você me obrigou a está aqui, é melhor ir direto ao assunto.
Ouvi e me agachei. Alicia estava acompanhada pelo misterioso benfeitor? Não tinha ideia, porém me escondi embaixo das mesas para me aproximar e descobrir.
_Certo. Que planos você tem para mim? Por quê me fazer matar aquelas pessoas inocentes. Só me faz pensar que está bancando o Illuminati e precisa de uma assassina.
Tapo minha boca ao ouvir a confissão de Alicia. Ela matou mesmo algumas pessoas, e tem consciência disso que tipo de monstro é para falar de algo tão assustador com calmaria?
_Não é tão simples.
_Simples?! Benfeitor eu não queria mais machucar ninguém inocente! Já não basta matar todos os que fazem mal?! Quanto mais sangue tenho que derramar para que se sinta feliz?!O quê exatamente você planeja?! E
não ouse dizer meu
nome!
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Silence
RomanceHá uma sociedade por trás de tudo que comanda e modela o mundo para atender aos seus propósitos. Muito fala-se a respeito, porém pouco se sabe para de fato julgar. Todavia enquanto a maioria apenas especula sobre a glória e o perigo, Alicia Amato e...