Silence

Parte 11

Estudos

Jonas

Esta manhã recebi um telefonema, e fui instruído a estudar com Alicia Amato, pois ela me ensinará tudo o quê preciso saber antes de ser iniciado na ordem que, comanda este hospital e, aparentemente outros órgãos públicos e privados.
Naturalmente tentei me opor. Alicia é uma paciente, e como tal não tem autonomia para me dá aula de alguma coisa. Só que para o meu desgosto, apenas ouvi a voz rir do outro lado, antes de desligar na minha cara, de modo tão grosseiro que, entendi o quanto minha opinião é irrelevante.
Droga não vai haver outro modo. Digo a mim mesmo quando dá 19:15 e vou até a cantina para encontrar a morena que, me vê de relance, e nem mesmo esconde o incômodo que sente por ter que trabalhar comigo.

_Acredite, estou tão feliz com isso quanto você. Então o quanto antes acabarmos, melhor.

_Ótimo. Abra na página 179 onde se localizam os símbolos do nosso sistema.

_Certo.

Digo ao folhear o manuscrito, e percebo que, algo além da minha doce companhia, a chateia.

_Está tudo bem?

_Não. Mas deixa quieto. Achou a página?

_Sim.

_Certo. Onde encontrar a presença desta rosa com o olho no centro, nossa ordem está presente...

Ela inicia a explicação, e eu a ouço com atenção. Mas após alguns minutos de interação, sou pego por aquela velha atração que me faz perceber, o quanto a mesma é bela e, como seus olhos castanhos brilham, ao falar sobre os sinais que devo aprender a reconhecer.

Arcontes

Alicia

Já faz alguns minutos desde que encerramos o assunto sobre os sinais. Mas Jonas continua a mesa, pois seus comentários como "Ah sim a teoria dos astranautas. Os Aliens que foram adorados como deuses." e "Na minha infância e, até os 14 anos acreditei em algo assim por causa da minha mãe" me levaram a perceber que um dia ele teve fé no mesmo em que acredito agora, e isto me deixou curiosa para saber, o quê o levou a achar que nada mais existia.
Inicialmente deduzi que se tratava da morte da mãe, pois a perda de um ente querido serve para fortificar ou destruir a fé de alguém, só que embora tenha achado bastante perspicaz da minha parte, o médico refutou o argumento, explicando que o fato apenas intensificou sua descrença. Mas antes já havia começado a duvidar da existência
do ser Todo Poderoso.
"Acho que a ciência foi quem me motivou a ver o mundo como realmente era, pois quando saí daquele mundo de espiritualidade da minha mãe, pude ver que aquele mundo mágico que me descrevera, existia apenas em sua cabeça." Ele explicou, e isto me deixou com uma carranca que, o fez sorrir antes de tentar se explicar.

_E agora acha que o mesmo vale para mim?

_Eu achava. Mas admito que a experiência no astral me fez pensar mais sobre o assunto...

_É. Não era assim que eu tinha planejado. Meus planos eram nos atacarmos até a morte, e depois te levar até uma das minhas missões.

_Até uma das suas missões?

_Sim, embora você pense que sou apenas uma burguesinha mimada que recebe tudo em troca de nada, também tenho atividades a realizar.