Capítulo 22: MakeDamnSure

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“Você é tudo que eu quero porque você é tudo que eu não sou.”

-MakeDamnSure, Retomando o Domingo

Recostado no banco do passageiro do BMW, Ronan deixou a brisa cair sobre ele. Era aquele tipo de brisa úmida que soprava da água, rançosa e quente, e fazia suas roupas grudarem desconfortavelmente em seu corpo; o tipo de clima que tornava óbvio que Summer estava bem em cima deles. Ele já havia tirado o paletó e a camisa de botão, trocando-o por uma regata que encontrara no banco de trás, mas não parecia suficiente. Isso nunca aconteceu. Ele se despiria de sua pele se pudesse. Tire-o e deixe-o lá, deixe sua mente livre para vagar e vagar sem o peso de um corpo arrastando-o para baixo.

Ele ouviu os passos de Adam se aproximando do carro e então, “Ronan, não.”

Ele olhou para Adam com os olhos semicerrados, um sorriso brincando em seus lábios. “Adam, sim.” Ele deixou sua mão cair pela janela aberta, as chaves penduradas em seu dedo médio. “Vamos nos encontrar com Declan e Matthew no Hamlet's. Está estacionado perto da escola."

Adam franziu a testa. Ele não fez nenhum movimento para pegar as chaves, cruzou os braços sobre o peito e disse: “A última vez que dirigi seu carro, bati em alguém”.

“Você bateu em Kavinsky porque ele queria que você batesse nele.” Ronan sacudiu as chaves. Além de Adam, as grandes portas da garagem estavam abertas, exibindo uma coleção de carros antigos e novos em vários estados de desmembramento, levantados em macacos ou capôs ​​abertos para revelar nada dentro. Eles tinham trinta minutos e o relógio já estava correndo. — Vamos, Parrish. - Ele os sacudiu um pouco mais.

A determinação de Adam durou um total de quinze segundos em que ele olhou para Ronan, que encontrou seu olhar uniformemente, antes de pegar as chaves. Ronan observou enquanto ele passava pela frente do carro e entrava. — Nunca dirigi na cidade — disse Adam. Parecia uma ameaça. Ronan imaginou que era.

— Dois meses atrás, você nunca dirigiu — disse Ronan. “Estamos progredindo.” Ele se recostou no encosto de cabeça, fechando os olhos. “Avante, Jeeves.”

Adam deu um soco no braço dele e então ligou o carro. “Você está de ressaca?”

"Não", disse Ronan e ficou surpreso que fosse verdade. A maconha e o êxtase da noite anterior haviam se dissipado completamente, deixando-o desagradavelmente consciente de quão sóbrio estava. Sua cabeça pendeu para o lado curiosamente. — Você se incomodaria se eu fosse?

Os ombros de Adam encolheram. Ele parou na beira do estacionamento, olhando para a esquerda e para a direita e novamente para a esquerda, de volta para a direita. Nenhum carro estava vindo.

"Você se incomoda que eu beba?"

"Eu não me importo com o que você faz, Lynch.”

"Só quero dizer..." Ronan tentou procurar palavras para explicar o que ele queria dizer. “Tipo, seu pai bebe. É... porra, eu não sei. Está desencadeando, ou algo assim?”

Adam, incrivelmente, riu. Ele olhou para Ronan, um tipo de sorriso carinhoso em seus lábios, e então finalmente saiu para a estrada. “Meu pai não me bateu porque ele bebia. Na maioria das vezes, ele simplesmente fazia as duas coisas ao mesmo tempo. A cerveja não o tornou abusivo.”

Magnético - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora