Brooklyn Baby - Capitulo Unico

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Sim Dk, eu terminei o plot de Paris, depois de 1 ano 🥳

[...]

Dei leves batidas no meu vestido antes de ultrapassar as cortinas vermelhas do palco. Já faz 1 mês que eu estava morando em Paris junto com o meu noivo, e desde então, conheci diversas pessoas e contatos até chegar aqui. Eu estava prestes a fazer a minha primeira apresentação como cantora profissional, em um bar de turistas Americanos chique.

Eu não era maluca de cantar em francês para os nativos, todas as vezes que eu tentava falar com eles com o meu péssimo francês e pedir para falar em inglês, eles arregalavam os seus olhos e faziam uma cara feia para mim. E obviamente porque a única música que eu sabia a letra sem ser em inglês ou japonês, era Mangia che te fa bene que eu pronunciava como Manja que te fabene quando pequena. Aliás, a música nem em francês era, era italiano!

Arrumei a minha jaqueta preta de couro enquanto lembrava todos os exercícios que a minha professora de canto tinha passado.  Após ultrapassar a cortina vermelha, eu andei lentamente até a cadeira que iria me proporcionar a vista de cima do palco. 

Naquele momento, eu senti as mágicas borboletas dentro da minha barriga e comecei a mexer nos meus dedos por conta do nervosismo. Me sentei na cadeira e pude observar que algumas pessoas puderam notar a minha presença no palco, e durante alguns segundos, eu entrei em desespero tentando achar Denki entre meio das mesas. 

E lá estava ele, de terno e com uma pequena câmera em suas mãos me gravando enquanto dizia somente com o movimento de sua boca “Kyoka! Kyoka!”. 

Soltei uma risada baixa e me acomodei depois de perceber que o microfone estava sendo ligado. 

Engoli a seco e logo fiquei corada ao perceber que todos estavam olhando para mim. A bateria tocou e a guitarra iniciou as suas primeiras notas, e me senti obrigada a começar a cantar. 

—  They say I’m too young to love you — As palavras automaticamente saíram da minha boca — I don’t know what i need — Me arrepiei ao notar que minha voz afinou e segurei o microfone pelo cabo — Well my boyfriend’s in a band, He play guitar while I sing Lou Reed.

— And my jazz collection 's rare — Virei minha cabeça e vi a linda moça ao meu lado me acompanhando enquanto eu cantava. Sua voz era fina e suave, parecia ter anos de experiência — I can play most anything — Ela brincava com os seus braços e sempre os passava pelo o seu tronco, dando um ar de sensualidade. Alguns ergueram as taças ao ver a bela moça passando suas mãos pelo corpo, turistas safados.

— I’m a Brooklyn baby — Engoli a seco e tomei um pouco mais de coragem para libertar a minha voz um pouco mais — I’m a Brooklyn baby — Sorri ao encarar novamente Kaminari, ele estava encantado e com um sorriso de ponta a ponta estampado no seu rosto. 

— Yeah, my boyfriend’s pretty cool — Tomei um susto loga quando vi que ela tinha encurtado a música para o final, mas logo lembrei sobre que nos bares e restaurantes, isso era bem comum, que na verdade deveria ser um crime. 

— But he’s not as cool as me, ‘Cause a Brooklyn baby.

—  I’m a Brooklyn baby — Ela piscou para mim enquanto passava a sua boca no microfone. 

Uma multidão de palmas se instalou na plateia e vi meu noivo se levantando e fazendo aqueles assobios de colocar os dois dedos na boca. Ela me abraçou enquanto eu me encolhia nos meus braços e ria sem parar de nervoso com a mão na boca. Céus, que vergonha 

[...]

No tempo em que a noite passava, eu me sentia melhor para cantar e acabava me expressando mais e mais ainda. O estilo americano era muito variado, então basicamente depois deu ter cantado músicas melancólicas e pensativas, como as de Mitski ou as da Lana, outras pessoas vinham cantar ABBA ou até mesmo  Avril Lavigne, obviamente para o público mais velho. Eu ria com essas contradições e percebi que isso era o que tornava aquele bar chique americano tão especial. 

— I’m liquid smooth, come touch me too — Já eram quase 3 horas da manhã, e eu rodopiava o palco incorporando as músicas que eu cantava — I’m at my highest peak, I’m ripe. About to fall, capture me — Superei rapidamente e não pude conter o meu sorriso de novo. Talvez essa é uma das únicas coisas que eu gosto neles, eles sempre batem palma para qualquer tipo de cantor e quase nunca o público americano vaia, pelo menos nas minhas apresentações, que no caso essa foi a primeira.  

— Obrigada a todos! Tenham uma boa noite! —  Eu disse no microfone quase delirando de tanto sono, mas a adrenalina ainda percorria o meu corpo. Desci as escadas que tinha no canto do palco para o chão e corri para abraçar o meu noivo.

— Ai meu deus, que orgulho meu pai! — Kaminari beijou o meu pescoço semi-nu — Eu gravei tudo sabia? 

— Eu vi! — Soltei uma risada —  Acho que o meu nervosismo em atrapalhou um pouco —  Eu disse com as minhas mãos cruzadas 

— Você foi ótima! Para de bobeira — Ele agarrou minha cintura e demos um beijo demorado — Eu também percebi que você está delirando de sono — Denki envolveu o seu braço com a minha cabeça e saímos do bar dando adeus para todos.

— Ei — Alguém me chamou a atenção —  Você foi ótima, por sinal, pode me chamar de Yao —  Era a moça bonita que estava cantando comigo. Yao ergueu a sua mão e eu a cumprimentei.

— Prazer Yao! Pode me chamar de Yoka, esse daqui é meu noivo. 

— Que fofos! Você é um homem de sorte — Yao tirou o cigarro de sua boca  — Essa mocinha tem potencial, você só tem que saber usar e treinar — Ela disse um sorriso de canto 

— Muito Obrigada! — Eu agradeci.

— Que nada, tenham uma boa noite — Yao se despediu de mim e eu acenei para ela. Por mais que ela aparenta ser um pouco mais velha, com peito grandes e cintura fina, espero que sejamos grandes amigas. 

Sorri ao pensar nas possibilidades que poderia ter se tivesse Yao ao meu lado. Pelo pouco que convivi, já sei o quão inteligente e gentil ela é. 

Talvez algum dia eu me torne parecida com ela, ou até mesmo como ela. 

[..]

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