Cʜᴀᴘᴛᴇʀ 1

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Chaeyoung estava em mais uma de suas fugas. Sentia o vento bater contra seu rosto enquanto corria em alta velocidade. Ouvia a sirene atrás de você e sentia a adrenalina correr pelas suas veias, se sentia livre. E gostava de sentir isso.

A mulher não sabia muito bem o porquê de estarem atrás dela, mas tinha em mente que talvez era por conta do porte de drogas que tinha consigo.

Mas, não ligando muito para o motivo, continuou sua corrida. Ela entrou em um beco e desviou para um ponto mais afastado da cidade. Seguiu em frente e avistou uma vila com algumas casas. A mulher desceu da moto e deixou jogada no chão, perto de algumas árvores, logo correu para as casas à vista.

A morena olhou ao redor, viu algumas crianças brincando e alguns pais olhando e conversando. Ignorou isso e foi até uma casa com a porta aberta, assim que viu a policial aparecer procurando-a. A garota entrou na casa e se escondeu atrás de uma parede, só não sabia que tinha gente ali.

A dona da casa pareceu se assustar ao ver aquela estranha ali. Ficou encarando-a, até que enfim Chaeyoung percebeu que não estava sozinha. Deu um sorriso amarelo e pensou em uma boa explicação para que a mulher em sua frente ajudasse.

— Eu preciso me esconder... Não fala nada, por favor!! Eu vou explicar tudo — praticamente implorou ao perceber que a policial estava se aproximando da casa, olhando pela janela.

A dona da casa ainda encarava aquela estranha, confusa. Olhou para a porta e avistou uma morena fardada parar na entrada. A mulher carregava uma pistola na mão e olhava tudo ao redor.

— A senhora por acaso viu uma mulher de cabelos castanhos escuros, quase pretos, por aqui? Ela deve ser um pouco mais alta que eu e estava correndo aqui. Está vestida toda de preto.

— Ahn... Não, eu não vi nada. Está acontecendo alguma coisa?

— Certeza que não a viu? — perguntou olhando para dentro da casa.

— Sim. É algum tipo de perigo? É raro ver policiais por aqui.

— É... Um perigo grande, se eu estiver certa. Bom, caso a veja, ligue para a delegacia imediatamente. — A moradora assentiu e então a policial Jeong saiu.

— Eu não sou um perigo — Chaeyoung falou rindo, achando aquilo icônico. — Obrigada... Por ajudar.

— Ok... O que está acontecendo aqui? Eu simplesmente ajudei uma estranha a fugir da polícia, não é algo que acontece todos os dias, sabe? Tem como me explicar?

— Tá, vamos lá... Eu não sei o porquê ela estava atrás de mim. Me chamo Son Chaeyoung... — se apresentou. — Eu não fiz nada de errado e eu realmente não sei o motivo de estarem atrás de mim.

— E por que fugiu se não está devendo nada? — perguntou acusativa.

— Porque eu gosto. — Sorriu breve. — Gosto de sentir essa adrenalina. Normalmente eles vêm atrás de mim por conta de estar correndo pelas ruas em alta velocidade — falou sorrindo orgulhosa. — Mas nada grave.

— Entendi. — Piscou algumas vezes.

— Obrigada, de novo. Eu vou sair da sua casa, porque eu simplesmente entrei — falava enquanto ia para a porta, sem tirar os olhos da moradora —, me desculpe por isso e... — Parou no lugar ao ver a policial voltando.

Ela entrou de novo e voltou para o mesmo esconderijo. A dona da casa olhou aquilo e achou graça. Acenou para a policial que passou, ela devolveu o aceno e continuou andando.

— Ok, fique aqui — mandou, indo fechar a porta e as cortinas.

— Qual seu nome? — perguntou um pouco tímida. A intenção não era entrar na casa de alguém e continuar lá por muito tempo e muito menos interagir com a pessoa.

— Me chamo Mina. — Son assentiu. — Okay... Chaeyoung, né? — Assentiu de novo. — Eu acho que estão atrás de você, isso significa que você não vai sair ilesa disso. — A mas baixa fez uma careta, não tinha pensado nisso.

— Fudeu, né — murmurou e Mina riu de novo. — Desculpa!

— Fique por aqui até tudo se acalmar — falou indo para a cozinha. — Tem um quarto vazio, pode ficar lá, se quiser.

— Você é doida — resmungou, olhando o que Mina fazia.

— Não me faça mudar de ideia. — Apontou para a mulher que fez sinal de rendição com os braços. — Toma. — Entregou um copo d'água.

— Obrigada. — Devolveu, já vazio, e se sentou no sofá.

— Mamãe!! — Chaeyoung se assustou ao ver uma garotinha pequena correndo até Mina.

— Você tem uma filha?? — perguntou alto, totalmente em choque.

— Parece que sim, não? — Mina respondeu debochada, enquanto pegava a menor no colo. — Oi, meu amor?

— Eu acordei. — Sorriu sapeca. Son soltou um risinho ao ouvir. — Tô com fome.

— Vou fazer algo para você comer.

— Quem é? — perguntou ao notar Chaeyoung ali.

— É... Hum... — pensou um pouco. — Uma amiga da mamãe.

Óbvio que não iria falar a verdade para a filha. Jamais iria dizer que, na verdade, era uma completa estranha que estava fugindo da polícia e ela simplesmente decidiu ajudá-la.

— Oi — a pequena cumprimentou com um aceno, dando um sorrisinho tímido.

— Oi, pequena. — Sorriu.

Chaeyoung sempre foi apaixonada por crianças, mas fazia tempo que não tinha contato com uma. Agora vendo um serzinho daquele tamanho correndo pela casa e chamando a mãe a deixou feliz, sem motivo algum.

— Vamos brincar? — A mulher mal piscou e a garotinha estava em sua frente, com alguns brinquedos em mão.

Mina olhava rindo em silêncio. Chaeyoung a olhou, a mãe deu de ombros, como quem dizia que não iria fazer nada a respeito. Acabou que ela sentou no chão e aceitou brincar com a criança, enquanto isso, Mina preparava alguma coisa para sua filha comer.

— Qual seu nome? — Chaeyoung perguntou, tentando puxar um assunto com a menor.

— Sana! — respondeu animada. — E o seu, tia?

— Chaeyoung. Seu nome é muito bonito. — A menor sorriu timidamente. — Tem quantos aninhos?

— 3. — Fez com os dedos e Chae sorriu.

— Entendi. — Pegou um brinquedo.

Em alguns minutos ela a chamou e então a criança deixou sua nova companhia de brincadeiras sozinha e foi comer.

— Esse aqui será seu quarto enquanto você ficar aqui — Mina falou, encostando no batente da porta.

— Prometo que eu não sou um perigo pra vocês — Chaeyoung afirmou, sorrindo um pouco.

— Você não tem nem tamanho pra isso — falou rindo e a menor fechou a cara. — Tem algumas peças de roupa ali, caso precise. Vou fazer Sana dormir, pode ficar à vontade.

— Obrigada — murmurou entrando no cômodo.

Enquanto Chaeyoung pensava no porquê Mina ter sido tão legal, ajudado ela e ainda ter dado uma moradia temporária, Mina pensava na mesma coisa. Por que tinha sido tão legal e ter ajudado e dado uma moradia para a garota de olhos castanhos. Mas ela sabia que ela não tinha perigo algum, e também não sabia como sabia disso.

No final das contas, as duas dormiram tranquilamente, assim como Sana, que dormiu agarrada em seu ursinho de pelúcia.

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Oioi, bão??

Não estranhem (estranhem sim) a rapidez que isso flui, até porque foi um sonho meu, então não entendi, mas o importante é que eu escrevi pra compartilhar pra vocês KKKKKKKKKKK

Oq acharam?? 😔

Não esqueçam do voto! E qualquer erro só avisar hehe

Até mais <3

From Strangers To Lovers - MichaengOnde histórias criam vida. Descubra agora