03 - Montanha Dafan

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Jiang Cheng estava caminhando pensativamente, analisando sobre seus cortes, a família Mo foi toda morta pelo suposto espírito e por alguma razão três de seus cortes desapareceram. Mas por que ainda havia um corte sem cicatrizar? Quem ele deveria matar?

Em seguida seus pensamentos perderam o foco, e ele pensou sobre seu filho, sobre os irmãos Wens, Xue Yang, o clã Jiang... Tudo martelava em sua cabeça de forma assustadora e dolorosa. Ele não podia fugir disso.

Jiang Cheng saiu de seus muitos devaneios ao escutar fracos latidos entoando em direção à uma floresta.

Ele nunca foi muito de gostar das pessoas, mas de animais ele gostava profundamente, especialmente cachorros. Em sua infância o Jiang possuía três, mas com muita dor no coração teve que se desfazer deles devido os traumas de seu irmão, apesar de ter se sentido muito mal naquela época, tempos depois ele entendeu que era o melhor a ser feito.

O Jiang se aproximou seguindo os latidos e encontrou um pequeno cão machucado. Ele se aproximou lentamente do cão e notou que não era um simples cachorro comum, era uma cadela espiritual. Mas o que estava fazendo ali? Onde estava seu dono? E que espécie de dono patético era aquele que deixou que a pobrezinha se machucasse daquela maneira?

A cadela acabou por ficar desacordada e Jiang Cheng se aproveitou para tentar cura-la. A energia espiritual do corpo de Mo Zixen era pouca, seu núcleo quase não tinha se desenvolvido, e sabe os deuses os motivos.

Depois de se esforçar muito e conseguir curar os ferimentos da cadela, ele pensou na possibilidade de deixá-la sozinha e seguir seu caminho. Mas, seu coração não conseguiu fazer tal coisa, talvez devesse esperar para ter certeza de que o dono retornaria. Talvez Jiang Cheng devesse reclamar com a falta de responsabilidade de quem quer que fosse.

Algumas horas se passaram e ninguém chegou para buscar a pobre cadela espiritual. Jiang Cheng acariciou os pêlos dela, e com muita dor no coração decidiu de deveria deixá-la, já que provavelmente ela já tinha dono, e ele não iria roubar um cão espiritual de outra pessoa.

Jiang Cheng ainda deu carinho por algum tempo, até que se levantou e caminhou deixando o animal para trás; não demorou para que em seguida ouvisse o som de pequenas patinhas o acompanhando.

— Onde está seu dono? Volte para trás! — Jiang Cheng ordenou para a pequena cadela cinza, que retrucou com um latido, mostrando sua pequena língua.

"A cor dos seus pêlos... me lembra muito Yang..."

Jiang Cheng balançou a cabeça negativamente esquecendo-se do seu antigo animal, e fez o possível para  que a cadela parasse de o seguir, mas infelizmente parecia que ela se fazia de tola e só queria o acompanhar  para todo lugar.

Depois de muito caminhar tendo a companhia da pequena cadela, Jiang Cheng sentiu sede e parou buscando água em um poço a beira da estrada. O Jiang estava odiando se sentir fraco, aquele corpo o incomodava muito, porque sentia fome e sede a todo momento.

Depois de beber bastante água e oferecer um pouco a sua nova companheira, um grupo de cultivadores, também estavam com sede, se aproximaram do poço, e o Jiang se afastou, detestava estar perto de muitas pessoas, ainda mais desconhecidos.

— A-Yan! — uma mulher gritou , tentando parar uma jovem dama começou dançar de maneira estranha e Jiang Cheng franziu o cenho, afinal a moça parecia uma lunática, mas logo atenção dele foi tomada ao ouvir uma conversa de dois cultivadores.

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