A Resistência: Legados

7- Dias ruins

    Acordar com uma pequena maquininha apitando e vibrando constantemente sobre seu pulso, mesmo com a suposta garantia de proteção, Não deixa de ser algo incômodo- Talvez até insuportável se lhe permite dizer- O relógio que Patrick os dera, tinha como uma de suas diversas funções, servir também como alarme.
Faz quatro dias que Max acorda exatamente as 7 horas dá manhã para treinar, treinamento esse, que ao seu ver não está tendo muitos avanços. Pelo o menos não para ele.  No primeiro dia teve o desprazer de começar os estudos supervisionados por Patrick, como disse diversas vezes para Zack. Ele é um mostro incontrolável e exigente.
     Começaram os exercícios básicos de concentração, entretanto não tiveram muito sucesso. No primeiro Max tinha como objetivo parar varias bolas de tênis lançadas em sua direção, não conseguiu que mais de duas não o acertassem. Então está sendo acertado, constantemente por bolas de tênis, todos os dias. E se vocês acham isso leve, é porque não viram o tratamento de choque. Como eles não sabem os limites de seus poderes- talvez não saibam nem quais são exatamente- Patrick acha que a indução a dor pode o ajudar. E que bela ajuda ehm, ele não sabe quantas vezes o menino desejou que ele estivesse no seu lugar.

  Max passou a noite anterior em claro revirando na cama. Seu corpo doía como se eu tivesse sido atropelado por um caminhão e logo após rolado montanha a baixo. O que não é muito distante do que de fato aconteceu, na escalada em grupo que tiveram á tarde.

Ele se levantou da cama totalmente sem ânimo, se arrastando pelo cômodo. Hoje era um dos dias que faria de tudo para ficar na cama até tarde. Tomou uma rápida ducha e fez sua higiene matinal, colocando a roupa que usaria hoje. A regra sobre uniformes era bem tolerável na verdade, totalmente o oposto do imaginou. Quando o que você deve usar é confortável e customizado especialmente para você, fica fácil de se acostumar, na verdade ele nem considerava aquilo um uniforme. Estava mais para... roupas casais.
Agora usando uma blusa cinza de mangas longas, calça jeans e uma jaqueta com o logo da CEPEI estampada no peito.
O café é servido exatamente as 8h todos os dias e o pessoal do prédio é bem rigoroso com horários. Certa vez, alguém do grupo se atrasou para o treino, Talvez tenha sido Uriel ele vivi se atrasando para tudo, e ele teve que fazer 200 flexões, 200 focking flexões!, Max nunca conseguiria fazer 20, imagina 200. E pasmem, ele fez todas elas sem esforço.

Os outros parecem saber exatamente o que estão fazendo em seus treinamentos individuais, pelo que pôde presenciar, Lyla é ótima com armas, boa demais para alguém da idade dela, eu diria. Ela manuseia aquelas espadas como se não fossem nada, e acerta seus alvos com tamanha precisão que chega a ser sobre-humano. Ela a achara até que legal, foi bem simpática ele e Zack.
Uriel passava a maior parte de seu tempo, alheio as pessoas a sua volta, parece desinteressado em qualquer coisa que faz e Max não o via muito fora do horário de treinamento.

Quando saiu do quarto deu de cara com zack que também saia do dele.

— Bom dia!— diz Zack animadamente.

— bom dia— Max murmurei sem mudar a expressão— não sei como você pode ficar tão animado essa hora.

— eu gosto de começar bem um dia produtivo— alegou ele.

— você diz isso porque não tem que treinar quase o dia inteiro— resmungou.

   Zack agora é meio que um tipo aprendiz ou estagiário de Patrick. Passa a maior parte do seu tempo trabalhando em projetos, enfurnado no laboratório. As vezes até ajuda na monitoria dos treinamentos.

— eu também estou ocupado sabia— Zack diz cruzando os braços. — além disso, você sabe que eu tô mal pelo BIO.

— foi mal eu tinha esquecido que eles confiscaram o seu robô.