Ficar sentado naquele quarto escuro foi uma decisão idiota, preciso admitir. Fiquei sozinho com meus pensamentos por tempo demais e isso nunca acaba bem. Ainda não fiz nada comigo mesmo, não tenho como fazer algo, minha mochila está no quarto do Louis e eu não pretendo sair daqui para encara-lo depois da nossa "conversa".
Não estou mais chorando, não tenho mais forças para fazer isso. Honestamente, eu estava me sentindo estúpido demais para derramar uma lágrima com toda essa situação.
Chegava a ser irônico. Sempre fiz questão de deixar diversas pistas para que Louis me ajudasse. Nunca escondi nada dele. Mas, no momento em que ele me confrontou sobre tudo, eu não tive coragem de ter uma conversa... E agora estou aqui, sentado no chão de um quarto escuro e gelado, tentando ao máximo não me deixar ser dominado por todos os erros que já cometi durante a minha vida.
Sinto vontade de morrer.
Queria me aliviar enquanto minha mente se calava lentamente. Queria sentir a dor me consumir completamente. Queria sentir o sangue escorrendo por meus pulsos e pernas, dessa forma eu teria tudo o que mereço.
Queria ficar sozinho com as únicas coisas que não me julgam, minhas lâminas.
Só tinha um obstáculo: pegar minha mochila que estava no quarto de Louis.
— Hazz... Você 'tá bem? — escuto a voz rouca de Louis, provavelmente estava chorando. — Eu sei que você pediu um tempo, mas não sei se vou conseguir dormir sem você...
Sei que ele estava lutando para deixar sua voz firme e isso me quebrou, me senti extremamente culpado por isso, mas foi ele que começou com essa merda toda, não devia agir como se fosse a vítima. Louis consegue dormir sem mim, fez isso durante todos os dias que estava viajando.
— Vai embora, Louis. — o respondo com um tom de voz sério, me senti mal por isso, mas tentei não pensar muito.
Louis parece ter essa capacidade de sempre aparecer nas horas erradas, ele nunca me deixa ter uma recaída ou chorar em paz, isso me irrita bastante. Me irrita saber que ele se importa.
— Você pode abrir a porta, por favor? Eu só quero te ajudar.
Escuto sua voz falhar, foi fácil perceber que ele estava se segurando para não cair no choro, ele parecia tão mal quanto eu e isso me entristeceu. Eu o deixei daquela forma e merecia me punir por isso.
— Não vou fazer isso, me desculpe.
— Hazz, Você não fica bem sozinho.
— Como pode ter tanta certeza disso, hm? Eu sempre estive sozinho a maior parte da minha vida, Louis, agora não vai ser diferente. — me aproximo um pouco da porta, estava lutando comigo mesmo para não abri-la. — Se você quer tanto saber se eu 'tô bem, aqui vai a resposta: sim, eu estou maravilhosamente bem! Ficar sentado no chão de um quarto enquanto eu reflito sobre a minha vida, já eram os meus planos para hoje, não precisa se preocupar.
— Por que ficar sentado no chão sozinho quando eu poderia estar aí com você? Me deixa entrar, por favor, a gente não precisa conversar, eu só quero ficar com você.
Abro a porta.
Ele sorri.
Seu rosto está inchado e seus olhos vermelhos, ele estava chorando muito, por mais que agora seu rosto esteja sem nenhuma lágrima.
Eu fecho os olhos e respiro fundo antes de voltar a olhá-lo.
— Quero minha mochila. Ela está no seu quarto, vou ficar aqui essa noite. — vejo seu sorriso desaparecer. — Me desculpa, Lou.
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La di die [larry stylinson]
Fanfiction"Meu choro já não era silencioso ao final da carta. Minhas mãos tremiam muito mais enquanto eu guardava o papel em minha mochila e meus pensamentos estavam muito barulhentos, sentia como se todo o peso do mundo estivesse caindo sobre mim, eu não agu...