Tankhun - Pequenas Histórias #KhunTemBig

4 - Big desabafa com os pais...

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                               Big não é um homem comum. Começou a vida como filho de empresários e todos esperavam que ele seguisse os passos dos pais. Mas na adolescência ele se apaixonou por música. E o estudo se tornou o mais importante para sua vida e anos e anos de conservatório e preparo fizeram dele um maestro de prestígio. 

                              Já regeu grandes orquestras, como ilustre convidado e alguns artistas pagam fortunas por seu trabalho. Mas tudo o que os pais vêem agora é um nenezão chorando porque o namorado não ama só ele.

                          — O que posso fazer, papai?

                         — Aceita. Eu acho que seu namorado está certo. Você e o Tem se odeiam só porque não se assumem.

                         — Não sei porque ainda falo com vocês dois!

                         — Não seria porque somos seus únicos pais?

                          — Você tem preconceito com poliamor?

                         — Converse com seus amigos, meu lindo. Conheça pessoas que vivem amores diferentes dos monogâmicos. — Conrad incentiva.

                        — Tente ao menos ser amigo de Tem, já que aceitou que Tankhun o namore.

                        — Estou esperando papai Humm dizer que sempre falou sobre Tem e eu.

                         Conrad riu. Realmente o marido sempre dizia isso do filho deles.

                          Os dois homens abraçaram o rapaz. Big se sente amado por esses dois homens que sempre respeitaram suas escolhas, mesmo que no fundo os pais tenham querido que ele seguisse seus passos.

                        Big sabe que só se tornou o homem que é pelo apoio que sempre recebeu dos pais. Ser filho desse deles era uma responsabilidade. A veia artística ele herdou da mãe, de quem vivia longe desde sempre, mas que o recebia com seu amor, quando se encontravam e, a responsabilidade e respeito recebeu dos pais. 

                      Mesmo não convencional, sua família é seu suporte. E seus pais seu porto seguro. Por isso ele está agora deitado entre os dois, conversando sobre a situação que o namorado dos sonhos criou.

                      Dizer que tudo bem, ainda sentindo o calor e o sabor daquele corpo adorado era uma coisa. Aceitar agora era outra bem mais difícil de encarar.

                    — Papai pode falar o que sempre pensou? — Humm falou, acariciando o rosto do filho.

                    — Claro, paizinho. — Big beija o pai também com carinho. Sabe que seja o que for e por mais que possa doer, seus pais não vão destruí-lo com palavras ou atos. São maravilhosos"

                      — Analise friamente, Bee. Quando a empresa do pai de Tem quase quebrou, o que você fez?

                        — Fui lá com papai ver o que realmente houve porque sabia que Tem jamais cometeria o erro apresentado pela auditoria.

                       — Isso. Quando ele desapareceu no mar, surfando e você estava na capital. O que fez?

                       — Vim ajudar nas buscas.

                       — Sim. Alugou um avião e veio correndo.

                         — Era um helicóptero, pai Humm.

                       — Não quebre o fio, Bee.

                       — Quando chegou aqui, o que fez?

                       — Forcei procurarem ele até a noite.

                      — Sim. E ninguém com juízo lhe obedeceu. Você quase nos mata indo procurar ele sozinho nas cavernas do lado abandonado da ilha. Foi uma noite assustadora para nós dois aqui. Aquela tempestade varrendo a praia e agitando o mar como se o mundo fosse acabar... Mesmo assim você não esmoreceu!

                      — Sim! E o encontrei.

                       — Sim. E saiu com ele no colo, berrando que estava vivo e xingando por não terem lhe ouvido no primeiro dia.

                         — Quando ele se apaixonou por Vegas, o que você fez?

                           Big riu.

                          — Dei em cima do Vegas e fiz o Tem acreditar que o baixinho parrudo tinha ficado comigo. Vegas me odiou por anos! Quase estraguei nossa amizade com essa idiotice

                         — E você fez o mesmo com Simon, Ann, Tawan. Tay e todos os outros, não foi?

                          Big riu sem graça. Antes isso era muito legal de fazer essas coisas, divertido até!. Mas olhando como adulto, era irresponsável e até criminoso. Ele que odeia assediadores, já assediou e muito Tem moral e emocionalmente. tinha que assumir essa vergonha! 

                             — Isso era assédio moral! Pior que nem posso culpar vocês dois porque sempre me repreenderam. Desculpe-me não os ouvir.

                            — Você percebe que em todas as ocasiões você ajudou. Mas nos namoros você sempre atrapalhou ele?

                                — Sim... Mas isso não quer dizer nada. Eu não podia destruí-lo academicamente e nem como empresário ou aceitar deixar ele morrer ferido. Agora namoro é coisa boba...

                                 Os pais riram desacorçoados.

                                 Conrad parou de rir do filho.

                                — Você reparou que ele também nunca atrapalhou seu estudo ou trabalho. Curte suas postagens. Compra seus ingressos. Vai em qualquer show de qualquer estilo musical e compra ingressos para doar em lives e nas empresas da família dele. Mas quando você arrumava namorado ele destruía tudo, criando milhares de mal-entendidos? Lembra disso ?

                                — Sim... Ele sempre conseguiu me irritar com essas coisas...

                               Pensando bem, ou os pais estavam entrando na paranóia de Tankhun ou ele era a fim daquele idiota do Tem mesmo!

                              — Vou internar vocês três no hospício.

                                Conrad e Humm riram. Entenderam que ele estava começando a pensar no assunto ... Os pais sempre sabem como os filhos pensam e no caso de Conrad e Humm, ele sabiam que o filho ia fazer algumas besteiras antes de pensar se era certo ou não suas desconfianças.  Se houver amor, eles se resolverão...