Arrastei meu prisioneiro até um cômodo ao lado do banheiro imundo onde estávamos. O novo lugar parecia estar ainda mais sujo que o anterior, as paredes quebradas e cheias de pichações indecifráveis. Era estranho imaginar que aquele local havia sido um quarto quando esse lugar ainda era habitável.
- Conheça seu novo quarto. - Digo enquanto solto Bruno no chão e mecho em minha mochila procurando os materiais.
Usei as algemas para substituir os cadarços em seus pulsos e com as correntes prendi suas pernas firmemente à uma grade na janela que ainda parecia ser forte o suficiente para aguentar os puxões que Bruno continuava a dar em suas tentativas inuteis de se soltar.
Desamarrei a mordaça pela parte de trás de sua cabeça tomando cuidado para não encostar em nenhuma parte molhada da faixa. Se eu tivesse planejado um pouco sobre o que faria jamais teria escolhido alguém que tenho tanto nojo, mas a oportunidade havia sido boa demais para que eu fosse capaz de ignorar.
- Olha, desculpa ter te chamado de aberração. - A voz de Bruno soava cada vez mais embargada enquanto ele continua falando desenfreadamente. - Você não precisa fazer isso, ok? Vou falar para todos que você foi o melhor com quem já fiquei. Te torno popular se você quiser.
Não consegui conter o riso diante daquela tentativa patética de me convencer utilizando propostas tão banais como aquelas. Eu faria um favor ao mundo ao tirar algo tão fútil e desprezível da face da Terra.
Continuei ouvindo-o choramingar enquanto esvaziava a mochila. Deixei apenas as roupas guardadas para que não sujassem naquele lugar abandonado à décadas.
Pequei um canivete borboleta preto de minha coleção e sentei no skate posicionado em frente a cabeça de Bruno. Não sei quanto tempo fiquei assistindo as lágrimas rolarem de seus olhos mais cheios de medo a cada manobra que eu fazia com o canivete mais próximo de seu rosto. Apreciar o pavor aumentando naquele verme era algo tão prazeroso que quase me esqueci que precisava decidir o que faria com ele.Levantei-me esticando meu corpo enquanto me espreguiçava de forma exagerada e demorada. Guardei o canivete, peguei um cigarro em meu bolso e o acendi tragando e soltando a fumaça lentamente saboreando um leve gosto de menta escondido entre a nicotina e as outras substâncias da fumaça.
Sem que Bruno tivesse algum tempo para prever meus movimentos e, embora fosse inútil e impossível, tentar se proteger de alguma forma, iniciei uma série de chutes em seu abdômen e em suas pernas, sempre evitando acertar sua cabeça para não deixá-lo inconsciente tão cedo. Eu queria que ele assistisse tudo o que eu faria.
- Por favor... - A voz de Bruno estava baixa e sôfrega enquanto ele cuspia sangue entre as poucas palavras que conseguia formular de forma compreensível. - Socorro...
Fiz uma pequena pausa para recuperar o fôlego enquanto gotas quentes de suor escorriam pelo meu rosto. Jamais deveria ter feito isso no verão. Mais uma vez minha falta de preparo mostrava suas consequências.
Peguei uma lata de refrigerante que ainda estava gelada e bebi metade de seu conteúdo de uma única vez. Coloquei a lata próximo ao skate e me sentei sobre o mesmo enquanto saboreava outro cigarro, dessa vez apreciando a visão do filete de sangue que saía da boca de Bruno para se juntar a uma pequena poça rubra que se formara próximo ao seu rosto.
- Por que você está fazendo isso, Gabbe? - Ao contrário do que imaginei, ele nao chorava de forma desesperada mais. - Prometo que não conto para ninguém que foi você. Vou falar que foi um grupo qualquer de homofóbicos. Só me deixa ir embora, por favor.
Soltei uma breve gargalhada ao ouvir palavras tão ridículas saindo de sua boca e dei mais uma longa tragada em meu cigarro.
- Meu nome é Gabriel.
Bati as cinzas do cigarro na poça de sangue e, lentamente, aproximei a brasa ainda acesa de seu olho enquanto este ficava cada vez mais arregalado de pavor. Em momento algum Bruno parou com sua ladainha enquanto implorava por piedade. Como se toda aquela falação tivesse funcionado de alguma forma, tive um breve momento de "misericórdia" e desisti da idéia de cega-lo. Apaguei o cigarro em seu pescoço, próximo de sua jugular, forçando o pequeno objeto contra sua pele como se quisesse fazer o filtro entrar em seu corpo. Assisti-lo se debater e gritar de dor era indescritivelmente mais prazeroso do que qualquer vídeo que eu já tenha conseguido achar na internet.
Quando não havia mais brasa no cigarro, joguei a bituca para longe e passei o dedo sobre o ferimento recente para retirar as cinzas que cobriam o belo circulo avermelhado que acabara de ser criado. O mais leve toque de meu dedo sobre sua pele ferida era o suficiente para fazê-lo soltar um leve gemido de dor e ter um pequeno espasmo.
Senti-me um pouco envergonhado ao perceber que fiquei excitado com toda essa cena. Minha vergonha não era por ter ficado naquele estado ao ouvir sua dor. Era comum eu ficar assim ao assistir vídeos onde coisas semelhantes eram executadas. Meu incômodo e o real motivo de minha vergonha era saber que aquela criatura imunda fora responsável por me deixar em tal estado.
Tentando me distrair do estado deplorável em que me encontrava, voltei minha atenção para o cabelo descolorido que sempre odiei. Lembro-me de cada vez que o vi jogando aquele cabelo em tentativas ridículas de parecer mais atraente para alguém e de todas as vezes que fez escândalos porquê alguém tocara em seus fios amarelados.
Sem hesitação retirei o canivete do bolso e o aproximei de sua testa, fiz apenas uma pequena pausa para apreciar seu olhar de pânico mais uma vez.
- Não faz ideia de quanto tempo tenho esperado para fazer isso.
Comecei a puxar diversas mechas aleatórias e corta-las rente ao couro cabeludo. Os pequenos filetes de sangue que apareciam tingindo os fios de vermelho mostravam as vezes em que a lâmina afiada encostava na pele frágil fazendo-o soltar novos gemidos de dor a cada novo corte causado. Ver seu cabelo caindo no chão imundo daquele cativeiro me enchia de prazer tornando meus cortes mais rápidos e descuidados enquanto eu buscava ainda mais por aquela satisfação.
Quando terminei de cortar os fios observei aquele pequeno montante de cabelos no chão e o couro cabeludo de Bruno raspado de forma mal feita com diversos cortes ainda sangrando.
Humilha-lo daquela forma me encheu de ânimo e satisfação. Atingi um prazer tão grande em vê-lo daquela forma que minha intenção inicial de me livrar de minha ereção acabou se voltando contra mim ao me fazer ejacular em minhas roupas. Senti-me brevemente envergonhado pelo ocorrido, mas eu me encontrava tão eufórico naquele momento que não dei atenção para aquilo e pensei somente em como eu poderia atingir aquele sentimento de novo.
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Gabriel
TerrorGabriel era um garoto com a vida mais normal e padrão possível de se ter. Seus pais sempre o mimaram e foram amáveis com o garoto educando-o para que crescesse uma boa pessoa. E isso era o que todos pensavam que ele era. No interior de Gabriel havia...