Passos pesados e ligeiros ecoavam pelo vasto corredor
— Merda!
O som do corpo cansado batendo contra os armários tomavam conta do ambiente
— Não adianta fugir Katie!
Gritou
A garota entrou na primeira porta que viu em sua frente torcendo para ele não acha-la, mas sabia que era deveras inevitável
— Jack, ele está me seguindo...
Sussurrou ofegante
— Respira fundo Katie...
Falou para si
Ao estabilizar seu autocontrole, a garota começou a andar pela sala em que estava, na esperança de achar um esconderijo para refugiar-se
— Vamos Katie, apareça!
A voz estava distante, mas ainda sim causava-lhe calafrios
Percebendo que estava na sala de ciências alimentícias, a mesma lembrou-se de quando escondia-se no armário de suprimentos, quando sentia-se amedrontada, incapaz, ou qualquer outro sentimento que lhe assolasse
— Onde está a chave?
Sussurrou olhando superficialmente, até encontrar o molho sobre a mesa
Andou até o lugar de costume e entocou-se no mesmo fechando o armário por dentro, algo que havia aprendido a fazer com o passar dos anos
Do outro lado da sala estava ele, com uma arma em mãos e um sorriso psicótico em seu rosto ensanguentado
— All the other kids with the pumped up kicks You better run, better run Outrun my gun...
Cantarolou olhando a porta da sala em que seu alvo estava
Não estava despreparado, havia analisado sua presa muito bem, percebera tudo... Todos os surtos... Medos... Dores... E lugares... Sabia muito bem que a garota estaria lá, que seu corpo a levaria mesmo que de forma involuntária, afinal, ele a conhecia!
— Eu não queria que chegasse a esse ponto...
Afirmou passeando pela frente da porta, logo depois tatenado a maçaneta
— Eu te amava, sabia?
Abriu a porta devagar, fitando o armário em que ela estava
— Mas você foi uma infeliz!
Continuou caminhando até parar em frente ao marco zero, onde poria um fim a tudo aquilo e daria início a tudo isso
— Se aproximou de mim para ficar com meu irmão, para depois trair ele com o meu melhor amigo! Sua desgraçada!
Disparou cinco vezes na porta do armário enquanto sorria vendo o sangue escorrer pelo local
— Isso dói...
Sorriu ao perceber que havia matado a garota que amava, bambeou recuando dois passos e olhou-se no espelho em sua lateral
— Eu te odeio!
Gritou com o seu reflexo no espelho e num momento de ira, atirou contra sua cabeça, encerrando todo um ciclo vicioso de traição, ódio e amor, que na manhã seguinte todos teriam conhecimento.
𝚂𝚖𝚊𝚕𝚕𝚌𝚒𝚝𝚢
George, Randolfo, Leôncio e Donatello andavam de bicicleta rumando ao colégio, estavam animados, pois finalmente o jornal da escola reabriria as portas
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SMALLCITY
RandomNuma cidade pacata, nem tudo é o que parece... Uma série de suicídios e assassinato, podem trazer consigo vários e vários problemas, onde poucas coisas têm explicação e o impossível nunca foi inalcançável!