Prólogo

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        Olhei ao redor e não reconheci o lugar onde estava. Parecia uma floresta, com muitas árvores e verde demais.

Levantei do chão e senti alguns ossos estalarem, o que me causou uma pequena onda de dor e depois de alívio. Olhei para meu próprio corpo e fiquei ainda mais confuso ao ver as roupas que estava vestindo, parecia aquelas roupas que vemos em filmes antigos ou em...contos de fadas. Não lembro do que aconteceu. Como cheguei aqui? Onde estou?

Respirei fundo tentando manter a calma que aparentemente já havia sido evaporada do meu corpo e da minha alma. Toquei nos bolsos da minha roupa para tentar achar algum celular ou alguma coisa que me ajudasse a me localizar ou me comunicar com alguém, mas não achei nada, não tinha nada em meus bolsos. O que só me fez ficar mais apavorado ainda.

Para onde eu tinha que ir? Eu deveria gritar por ajuda? Eu deveria ficar aqui parado sem fazer nada até alguém me achar? O que eu deveria fazer estando em um lugar que eu nunca estive antes em toda minha vida?

Franzi o cenho ao ver o caminho de terra a minha frente, ganhar uma cor amarela, que terra não teria, normalmente. Logo a frente, a alguns poucos metros, em letras vermelhas e bem desenhadas, está escrito: Siga. E pequenas pegadas apareceram no chão seguindo em frente pelo caminho estranho. Eu até que poderia seguir, mas poderia ser perigoso e arriscado demais, não seria sábio segui-lo. Mas quando na minha vida eu fui sábio e fiz a coisa certa? Pois é, nunca. Por isso comecei a seguir o caminho, com o rabo na não, mas segui.

Depois de ver um arbusto rosa e cantando, eu concluí que não estava mais na vida real ou em qualquer lugar normal do mundo, o que me fez pensar...onde eu poderia estar, que é um lugar totalmente estranho e maluco que tem caminhos que mudam sozinhos e arbustos estranhos? Isso mesmo leitor, o país das maravilhas. E essa nem é a pergunta certa a se fazer, o certo seria: QUE CARALHOS EU ESTOU FAZENDO AQUI!?

Já estava prestes a surtar quando escuto meu nome ser chamado e olho para todos os cantos possíveis, mas não vejo ninguém. Parei de andar e tentei ouvir melhor.

- HARRYYYYY....

Então comecei a gritar junto com quem quer que seja que esteja gritando. Essa pessoa teria que me ouvir gritar já que estou ouvindo ela e se ela está gritando meu nome é porque me conhece. Derepente tudo começou a balançar, como um terremoto e ao longe do caminho estranho, vi a silhueta de uma pessoa e de vista parecia ser feminina, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, tudo ficou preto e eu me senti flutuando.

****

    Acordei em um salto, literalmente já que eu me encontrava caindo em uma queda totalmente livre. Comecei a verdadeiramente me desesperar e comecei a gritar também, o grito era tão forte que eu não sei como minha garganta não se rasgou. A cada segundo eu me aproximava mais e mais do chão e eu não podia fazer nada além de olhar o chão chegando e gritar, gritar o mais alto que eu conseguisse porque talvez assim alguém poderia ouvir meu super grito e então tentariam me salvar da morte subita, mas claramente não foi isso que aconteceu, quando é que Harry Potter tem sorte na vida? Pois é, nunca.

     Quando finalmente eu colidi com o chão, não senti o impacto esperado, na verdade eu cai metros e metros, e mesmo assim estou vivo, porque o chão virou um tipo de espuma ou de colchão que amorteceu completamente o impacto e foi como cair em cima de uma espuma gigante e super macia. 

       Meu Deus, o que ta acontecendo nessa merda?

        Certo, calma Harry, vamos pensar. Isso...o que poderia ter acontecido? Vamos recapítular.

        Estavamos em Historybrook, houve o baile de comemoração pela liberdade de todos. Reencontramos nossos pais biológicos e eles se lembraram de tudo sobre suas vidas  "passadas", tive uma leve "briga" com os meus pais (claro que briguei com eles, eu não poderia só ficar lá dançando e festejando enquanto tivesse muita coisa a dizer e muitas perguntas para serem respondidas. Eu não poderia só esquecer tudo que passamos por causa de todos eles e eu também não poderia esquecer dos que perdemos no processo para encontrar essas pessoas que nos abandonaram. Não seria justo e não foi justo), todos que estavam lá viram a briga e então eu sai do salão e fui seguido por Draco, começamos a brigar e então gritamos e quase saimos no soco, ele me xingou de varias e varias coisas e no final quando eu quase estava indo embora a pirralha apareceu no meu caminho e para piorar tudo eu descontei minha frustração nela e fui super rude fazendo ela chorar e me chamar de várias e várias coisas que vendo agora eu mereci ser chamado. Corri sem rumo pela floresta e dei de cara com meu irmão gêmeo maluco da cabeça, mas não brigamos como eu pensei que iriamos brigar, só conversamos como pessoas normais, como...irmãos.

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