fiz de você uma parte de mim.

e que assim seja.

mark não era lá o mais romântico dos namorados que donghyuck já teve. nem tão carismático e muito menos o mais assertivo deles. mas donghyuck o amava, o que há de tão complicado nisso?

no acaso, os olhos do canadense vibravam cores e sensações. donghyuck extasiou-se com o que via, então puxou mark com aquele jeitinho singelo mas sensual que o lee possuía e ditou todo o resto:

- você é surreal. - sussurrou, assim como fez quando se viram pela primeira vez em uma festa qualquer. mark riu calmo e encarou o namorado. donghyuck apostaria toda a sua poupança - mesmo que não houvesse mais que dois tostões guardados - só para com que pudesse preservar e reviver esse momento por um bom tempo.

estavam deitados na cama de solteiro do mais velho. era desconfortável para mark, que se encolhia para que os dois coubessem ma cama, mas fingia não ligar muito, afinal, estava rente à donghyuck, que tocava gentilmente sua pele.

eles não se rendiam ao seus quereres e protestavam, silenciosamente, contra a vontade de encontrar os lábios um do outro. encaravam-se e procuravam sintonizar suas respirações quando as mãos meio afoitas do coreano percorriam o corpo de mark.

- quero te dedilhar por inteiro. - comentou donghyuck, roçando seus dedos na nuca do outro. - quero que seja meu mais do que nunca.

- mais ainda? - sorriu de forma simplória, recebendo um aceno como confirmação. o lee mais novo sabia como ser dengoso. - sou tão seu que há uma parte imensa de mim em você. maior do que você imagina.

e mark o dedilhou até chegar no peito magro do namorado e fez vários círculos, como se indicasse onde exatamente ele está. talvez estivesse lá mesmo, pois donghyuck sentiu a região tocada esquentar como o inferno.

- então agora não tem mais volta, mark lee, já fiz de você dedicatória, endereço, casa... - mordeu seu lábio inferior, tentando omitir o sorriso bobo que insistia em surgir na conversa. - lar.